James Barborak é professor da Universidade do Colorado e um especialista em áreas protegidas. Ele viveu 20 anos na Costa Rica, um país que, conta, conseguiu a façanha de reflorestar metade do seu território em uma geração.
Barborak conhece bem a situação da conservação ambiental na América Latina. Segundo ele, o Brasil é líder quando se fala de mecanismos de compensação ambiental, em formação de cientistas, produção acadêmica e na constituição de áreas privadas de conservação. Na conservação privada, diz ele, o Chile também se destaca. As áreas privadas são importantes para estender a o sistema de áreas protegidas públicas. Por fim, disse que os argentinos são o povo da região que mais ama seus parques, têm a mais antiga política de áreas protegidas e forma os melhores guarda-parques.
Segundo Barborak, o ponto fraco do Brasil é a distância entre a população e as unidades de conservação. “Frequentá-las regularmente é um conceito ainda desconhecido no país”, afirmou. Especialmente nas UCs urbanas, defende que é importante a visitação das pessoas comuns. Ao contrário do que se pensa, o dinheiro que elas gastarão não pagará mais do que uma pequena fração do custo de manutenção dos parques e outras UCs. É assim até nos Estados Unidos, onde milhões visitam parques como Yosemite e Yellowstone. A grande vantagem do uso público é produzir educação ambiental e, especialmente nas crianças, forjar o amor pela natureza.
Roberto Vizentin: prioridade será a regularização fundiária
Pedro Menezes: “Impedir o uso público dos parques é descumprir a lei”
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