Toda sexta-feira, um grupo de crianças e jovens se reúne em algum lugar do mundo para pressionar políticos e empresários de seus países a agirem contra as mudanças do clima. O movimento, liderado por uma jovem sueca de 16 anos, faz barulho e ganhou o planeta.
Já não era sem tempo.
Aqui no Brasil, a greve ocorre quase toda sexta em algumas cidades. No Rio de Janeiro, desde o dia 15 de março, data da primeira greve global pelo clima, os (ainda poucos) jovens foram duas vezes protestar em frente à Assembleia Legislativa (Alerj). Em abril, migraram o local de protestos para o Museu do Amanhã, um espaço dedicado à discussão sobre o impacto do homem no planeta e sobre o futuro em um mundo mais cheio e mais quente. Faz sentido.
O principal ponto do movimento iniciado por Greta Thunberg, que começou uma greve solitária em frente ao parlamento de Estocolmo, é a responsabilidade intergeracional, a responsabilidade da atual geração de adultos de entregar o planeta nas mesmas condições que recebeu da outra ou melhor para os jovens, que serão os grandes afetados pelas mudanças do clima. Agora, eles estão nas ruas pedindo para serem ouvidos.
Como movimento de jovens, grande parte da mobilização é feita e acompanhada pelas redes sociais. No Brasil, greve com grupos de até 20 jovens já é considerado um sucesso. Em Ponta Grossa, no Paraná, o movimento é tocado pela jovem Malu Kovalski, que vai protestar sozinha em frente à prefeitura. A Greta também começou assim, sozinha. Sete meses após iniciar a greve, um milhão de jovens foi para as ruas exigir para que os países parem de postergar as ações para mitigar os efeitos do clima.
Os políticos europeus já abriram espaço na agenda para ouvir o movimento Fridays for Future [Sextas pelo Futuro]. Do ponto de vista ambiental, faz sentido que países com políticas ambientais rígidas prestem atenção no que os jovens estão falando. Do ponto de vista prático, políticos sabem que os jovens de hoje são os eleitores de amanhã (e o amanhã está muito perto).
Para entender por que os jovens estão em greve pelo clima, nossa equipe conversou com Milena Batista, de 22 anos, estudante universitária de História (PUC) e Gestão Ambiental (EAD), e que quase toda sexta-feira participa do movimento, que não tem liderança definida, só inspirações.
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Não faz sentido protestar Museu. Os tomadores de decisões não estão lá. Comodismo brasileiro. No terceiro mundo, as crianças estão preocupadas com a falta de comida, de escola, com a violência social e doméstica. O nível intelectual de crianças do primeiro mundo é muito superior. Por isso elas conseguem pensar grande. Nossas crianças, escolarizadas por professores mal formados, não conseguem enxergar problemas globais. Por isso as manifestações no Brasil beiram o ridículo. E a mídia só cobre a tal reforma da previdência, como se ela fosse a solução para o Brasil. Uma das nossa líderes tem 22 anos… Greta começou a militar com 12. Pobre Brasil.
Parabéns para estes jovens . Eles estão atentos ao mundo real , diferente dos bolsominios que estão vivendo no mundo da lua …..plana .kkkkkkkk
Vejo muitas semelhanças deste artigo com outros colhendo opiniões de modelos, artistas e atrizes globais. Tudo um blá blá blá meio infantil e inútil.
Tanta coisa séria e interessante para se escrever, e isto…
Complicado: Greta deve se preocupar com a possibilidade de estar de burka em poucos anos e jovens brasileiros deveriam se importar com mais urgência com a corrupção instalada no Congresso como por exemmplo a PEC 61 ppermite a transferência direta de recursos federais para estados e municípios, por meio de emendas parlamentares individuais ao orçamento sem necessidades de convenios e prestação de contas para o TCU e Caixa Economica Federal e bem escrutinio do Transparencia Brasil.
Naõs e sabe também porque os jovens não se preocupam com a censura e ditadura de pensamento instalada pelo Ministro Toffoli que ameaça a liberdade de expressão no pais, assim a insegurança juridica instalada pelas decisões anticonstitucionais do próprio STF.
Ou seja, estes jovens vivem em um bolha politicamente correta e não conseguem estabelecer relações de causa e efeito, mesmo com os descalabros da politica ambiental nos ultimos 15 anos.