Morreu neste 30 de dezembro um grande ambientalista: Antonio Brack. Peruano de Oxapampa, foi talvez o melhor ministro de meio ambiente que o mundo viu atuar. Pelo menos um dos melhores. Deixou mais de trinta livros, a grande maioria sobre espécies silvestres, suas origens e áreas de distribuição. Eu o li pela primeira vez na década de 70. Foi o livro “O Ambiente em que Vivemos”. Tive o privilégio de acompanhá-lo no Brasil desde Santarém, Manaus, Parque Nacional da Amazônia e nos Parques Nacionais das Emas, Itatiaia, Serra dos Órgãos e Brasília. Tudo que eu queria aprender perguntava para ele. No barco do extinto IBDF, na Amazônia, em 1976, eu lhe perguntei: — E o que vai acontecer com esta imensa floresta? Ele me respondeu: Será destruída.
Grande cientista. Grande professor. Grande escritor. Grande repórter. Não cabe nenhum outro adjetivo menor.
Adeus, meu grande amigo. Aquele que adorava ir em nossa casa para comer de minha comida e me fazia sentir a melhor das cozinheiras. Nunca mais farei um prato sem lembrar de você.
Adeus Brack.
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