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É oficial: desmatamento cai 16% na Amazônia

Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, divulgou os dados em coletiva de imprensa e destacou trabalho da fiscalização na diminuição dos números

Daniele Bragança ·
17 de outubro de 2017 · 7 anos atrás
Detecção rápida de desmatamento serve para coibir a destruição da floresta. Foto: Vinícius Mendonça - Ascom/Ibama.
Detecção rápida de desmatamento ajuda a coibir a destruição da floresta. Foto: Vinícius Mendonça – Ascom/Ibama.

O desmatamento na Floresta Amazônica diminuiu 16% em 2017. As estimativas feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) foram divulgadas nesta terça-feira (17) pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, em coletiva de imprensa que contou com a presença do ministro Gilberto Kassab, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

A perda de floresta saiu de 7.893 quilômetros quadrados, em 2016, para 6.624 km², em 2017. É como se um pouco mais de quatro cidades de São Paulo tivessem sidos derrubadas entre agosto de 2016 a julho de 2017. No mesmo período do ano anterior, o país perdeu cinco cidades de São Paulo.

O ministro creditou a redução à intensificação do comando e controle na Amazônia. O Ministério recorreu ao Fundo Amazônia para conseguir recompor o orçamento de fiscalização do Ibama.

Coletiva com os ministros do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia. Foto: Gilberto Soares/MMA.
Coletiva com os ministros do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia. Foto: Gilberto Soares/MMA.

“Hoje podemos dizer com certeza que não houve um retrocesso ambiental no que diz respeito a política ambiental da Amazônia […]. O desmatamento aumenta por uma série complexa de motivos, mas ele diminui basicamente por uma ação: comando e controle […]. Comando e controle é poder de polícia. Quando fica constatado que está havendo um desmatamento, para lá se deslocam os fiscais do Ibama, do ICMBio, a Polícia Federal e às vezes até a polícia estadual e se dá o combate. Quando os desmatadores ilegais sabem que a presença do Estado brasileiro ela está bastante clara, eles diminuem as suas atividades. E é isso que está ocorrendo”, explicou o ministro.

Os números ainda não são os consolidados, que normalmente saem no primeiro semestre do ano seguinte, mas indicam o que o governo e o Imazon, que faz o monitoramento independente do desmatamento na Amazônia, já haviam apontado: a tendência da curva do desmatamento voltou a cair em 2017.

Ainda segundo as estimativas do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) de 2017, os estados com maior redução de desmatamento foram Tocantins (55%), Roraima (43%), Acre (34%) e Pará (19%). O Amapá, estado que recentemente esteve na mira da polêmica em torno da abertura (e depois recuo) da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) para exploração, liderou com folga o ranking de estado onde o desmatamento aumentou de 2016 para 2017: 82% de subida.

 

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  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

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Comentários 1

  1. Texto interessantíssimo que alia a queda no desmatamento a queda de preços do gado no mercado internacional. Realmente me parece muito duvidoso que haja uma queda no desmatamento, uma vez que o Temer venha proporcionando tantos ganhos a bancada ruralista, responsável por boa parte do desmatamento na Amazônia.
    https://theintercept.com/2017/10/20/governo-finge