Notícias
3 de outubro de 2006

Não é piada (ou é?)

Os governantes do regime militar brasileiro se reviram inquietos em suas tumbas com a mais nova proposta de ministros britânicos para combater o aquecimento global. São três palavrinhas que foram publicadas com a maior naturalidade no jornal Daily Telegraph: privatização da Amazônia. Literalmente. A idéia é comprar a floresta e transformá-la num trust internacional. Suas árvores seriam vendidas a grupos e indivíduos – como o multi-milionário sueco Johan Eliasch, que, segundo a reportagem, comprou no início do ano mais de 160 mil hectares da floresta por 8 milhões de libras. O secretário de meio ambiente da Grã-Bretanha (e autor do desatino), David Miliband, admite que o projeto pode causar “problemas de soberania” com o Brasil, dono da maior parte do território amazônico.

Por Redação ((o))eco
3 de outubro de 2006
Análises
3 de outubro de 2006

Quando o ambientalismo enfia o pé na jaca!

De Henrique de Castro Guerreiro Engenheiro Florestal do Parque Nacional da TijucaÉ bem procedente e oportuna a manifestação de uma pessoa já consagrada ante o público na sua boa atuação na preservação do meio ambiente e Parques Nacionais como o Pedro Menezes, que tem uma especial atenção com o Parque Nacional da Tijuca. Conhecedor de perto dos problemas específicos desta Unidade de Conservação, pode comparar o presente com os casos correlatos que vêm acontecendo pelo mundo, visto já quase não existir região que ainda não conheça a ocorrência de invasoras. Com a sua locação em Nairóbi, onde se encontram sediadas organizações internacionais relacionadas ao meio ambiente e vem representando o Brasil, já tem bastante bagagem para se manifestar sobre espécies invasoras, que é a 2a causa de extinção de espécies no Mundo e que já observou pessoalmente diversos destes casos em detalhes.Infelizmente, com o atraso tão característico do Brasil em relação à problemática do meio ambiente, não é de se espantar que com o desconhecimento do público haja manifestações como a citada, em que uma pessoa leiga, julgando estar plenamente certa, chega a fazer uma ação pública para impedir uma ação de manejo tecnicamente certa e prevista na legislação ambiental a ser realizada por quem compete fazê-la.

Por Redação ((o))eco
3 de outubro de 2006
Análises
3 de outubro de 2006

As crises atuais e o surgimento de novos caminhos II

De Suzana PáduaOlá Rômulo,Grata pelos elogios. Aqui vão as referências solicitadas (mando 2 da Isabel Carvalho, pois acho que valem a pena):CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. 1997. As transformações na cultura e o debate ecológico: desafios políticos para a educação ambiental. In: Educação Ambiental: caminhos trilhados no Brasil. PADUA, S. e TABANEZ, M. (orgs.). Brasília: IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas.CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. 2001. A Invenção Ecológica: Narrativas e Trajetórias da educação Ambiental no Brasil. Porto Alegre: Editora da universidade/UFRGS.DOWBOR, L. 1995. Descentralização e meio ambiente. In: Para pensar o desenvolvimento sustentável. BURSZTYN, M. (organizador). São Paulo: Brasiliense.ESCOBAR, Arturo. 1992. Reflections on ‘Development´. Futures. 24(5) 411-436.KLINK, Carlos. 2001. O Papel da Pesquisa Ecológica na Gestão Ambiental e Manejo dos Ecossistemas. In: A Difícil Sustentabilidade. BURSZTYN, M. (org.). Rio de Janeiro: Editora Garamond Ltda.SACHS, Ignacy. 1986. Espaços, tempos e estratégias do desenvolvimento. São Paulo: Vértice.Tudo de bom e até breve,

Por Redação ((o))eco
3 de outubro de 2006
Análises
3 de outubro de 2006

As crises atuais e o surgimento de novos caminhos

De Rômulo L. CascianoOlá, me chamo Rômulo e recebo a newsletter de "O Eco" há cerca de um mês e meio. Da última, li o texto "As crises atuais e o surgimento de novos caminhos" de Suzana Padua. Cheio de referências, gostaria de parabenizá-la e ter acesso à bibliografia por ela mencionada no texto.Obrigado pela atenção, no aguardo de uma resposta.Atenciosamente,

Por Redação ((o))eco
3 de outubro de 2006
Análises
3 de outubro de 2006

O que aconteceu com o movimento ambiental? II

De Rosa CartagenesSantarém, Pará Prezado Sr. Dourojeanni:Tendo-o em grande consideração como referência científica e ambiental, e constatando o silêncio à sua salutar provocação ao “ambientalismo social”, venho, singelamente, tecer reflexões a respeito. É perfeitamente são e justificável o travo de amargura e desesperança de seu ótimo (como sempre) artigo sobre o “ambientalismo enrolado”. É verdade pura, bem além do conceitual, que meias verdades e meias mentiras (e muitas mentiras completíssimas!) têm norteado discursos e imagens – na tal dimensão globalizada feita de palavras ocas e sedutora overdose visual – da vasta gama de setores “ambientalistas”(ou pseudo) que se excedem em desordenada exposição. É certo que ninguém consegue comprovar a sustentabilidade de propalados “manejos florestais” do ideário dos burocratas, centenas de instituições de especulação e agiotagem de recursos naturais lambuzaram-se de tinturas verdes, ninguém se arrisca a assumir publicamente que aquecimento global está diretamente relacionado ao desmatamento e outras tantas atividades suicidas do desenvolvimentismo histérico e espoliação visceral de estados nacionais e interesses multinacionais. É veríssimo que Carajás é uma vitrine de embuste que tenta ofuscar a dilapidação brutal de uma das áreas mais violentas e violentadas do Brasil, e que esse delírio de Aqüífero inesgotável é tão mítico como a “Terra sem Mal” dos Guarani. E ainda temos de aturar pretensos representantes de virtuais democracias fazendo palanque para intermináveis hidrelétricas, oportuníssimas hidrovias e sustentáveis BR’s, onde custos ambientais são cirurgicamente minimizados ou simplesmente ignorados.Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

Por Redação ((o))eco
3 de outubro de 2006
Notícias
2 de outubro de 2006

Livre

O tubarão da espécie Ginglymostoma cirratum, conhecida como lambaru ou cação-lixa, que foi mantido ilegalmente por quatro meses num aquário em um restaurante em Ipanema, será devolvido ao mar nesta terça-feira. O peixe está ameaçado de extinção e só conseguiu a liberdade porque o Instituto Aqualung denunciou o caso ao Ibama. Como a fêmea de quase um metro de comprimento foi parar no aquário, ninguém sabe. A história contada pelos funcionários do estabelecimento é de que o animal foi vendido por fornecedores de peixe ao restaurante, mas ninguém lembra exatamente quem. O Ibama se satisfez com a amnésia.

Por Redação ((o))eco
2 de outubro de 2006
Reportagens
2 de outubro de 2006

Regularização corrida

O DOF, novo sistema para controle de produtos florestais do Ibama, completa um mês, já identifica tentativas de fraudes e revela que a pressa foi inimiga da perfeição.

Por Andreia Fanzeres
2 de outubro de 2006
Notícias
2 de outubro de 2006

Reta final

As conversas entre o Ministério do Meio Ambiente e o setor privado sobre a cobrança da compensação ambiental estão próximas do fim. O governo espera as últimas contribuições dos empreendedores e quer, até dezembro, publicar portaria do Ibama com a metodologia da compensação. Embora não vá definir legalmente um teto para os valores cobrados, o mecanismo criado levará a uma média de valor máximo de 2,9% dos recursos do investimento. O valor mínimo, 0,5%, foi estabelecido por lei (Snuc 9.985;2000).

Por Redação ((o))eco
2 de outubro de 2006