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5 de março de 2007

Pergunta

Enquanto isso, o jornal mais vendido do país, o popular Bild, estampou na primeira página desta segunda-feira um editorial em que questiona o sacrifício da Alemanha pelos cortes de emissões carbônicas, enquanto os três maiores poluidores (EUA, Rússia e China) fazem pouco – ou nada – para combater o aquecimento. “Devemos nós, alemães, salvar o mundo sozinhos?”, quer saber o tablóide.

Por Redação ((o))eco
5 de março de 2007
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5 de março de 2007

Aqui e agora

A revista alemã Der Spiegel adiantou informações que estarão no segundo relatório do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) deste ano, a ser divulgado em abril. Citando uma versão ainda inacabada do relatório a que teve acesso, a reportagem diz que os cientistas apontarão as mudanças climáticas como um problema ainda mais sério do que se imaginava. Eles cruzaram dados de mais de 70 estudos internacionais dos últimos 20 anos sobre mudanças na circulação da água, nas zonas geladas e na fauna e flora do planeta. Concluíram que há grande semelhança entre as observações dos pesquisadores e as projeções dos modelos climáticos para as conseqüências do aquecimento causado pelo homem. Ou seja, o aquecimento não é mais coisa de um futuro longínquo, nem mesmo próximo. Ele está dando frutos agora e a coisa só tende a piorar. A revista ressalta que os cientistas ainda discutirão a versão final do texto – ele pode ser menos alarmante. Mas é inegável que as conclusões causarão ainda mais impacto nas discussões sobre o tema.

Por Redação ((o))eco
5 de março de 2007
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5 de março de 2007

Metas

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que no momento ocupa a presidência da União Européia, disse em entrevista a um jornal alemão que o continente deve tomar a liderança no combate ao aquecimento global. Prometeu passar o plano de ação mais concreto que já existiu no bloco em relação ao tema. A idéia é traçar metas individuais de redução das emissões dos gases estufa para cada país até 2020. Os alemães, por seu lado, devem propor reduções entre 60% e 80% até 2050. A notícia também está no site da revista Der Spiegel.

Por Redação ((o))eco
5 de março de 2007
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5 de março de 2007

Lucidez

O jornal britânico The Independent exagera um pouquinho na manchete desta segunda-feira: “A grande mentira do combustível verde”, mas traz uma reportagem extremamente lúcida. A frase se refere ao boom do etanol e os problemas ambientais que ele pode causar. Segundo a reportagem, o presidente norte-americano George W. Bush – que chega em visita ao Brasil na próxima quinta-feira para discutir o futuro do combustível – o apresenta como solução para os problemas do aquecimento global e da segurança energética. Mas esconde os efeitos colaterais das plantações. O repórter inglês, que curte o verão paulista, discute tanto o lado negativo da cana no Brasil – mesmo que apresente a experiência brasileira como um sucesso – quanto do milho, ainda mais problemático, nos Estados Unidos.

Por Redação ((o))eco
5 de março de 2007
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5 de março de 2007

O mal eterno

Ao contrário do que se tem dito há décadas, as reservas de petróleo do mundo ainda estão longe do fim. Ao menos é o que garantem a indústria petrolífera Chevron e alguns especialistas. Assim como outras empresas, a companhia está investindo na extração do petróleo pesado, geralmente abandonado no fundo dos poços mais antigos. Segundo reportagem do The New York Times, o avanço técnico é possível em momentos como agora, em que o preço do produto está alto. Estima-se que para cada barril de petróleo leve extraído, outros dois pesados sejam deixados de lado por conta da dificuldade na retirada. Um exemplo é o poço de Kern River, na Califórnia, descoberto em 1899. A Chevron conseguiu recuperá-lo com a injeção de vapor para dissolver o óleo. Há agora quem diga que a commodity não acabará nunca – a tecnologia dará sempre conta do recado. Bom para as petrolíferas, péssimo para quem está preocupado com o aquecimento global.

Por Redação ((o))eco
5 de março de 2007
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2 de março de 2007

Compensando Barra Grande

A Justiça de Santa Catarina determinou que dentro de 10 dias a Baesa -- companhia que, ao construir a hidrelétrica de Barra Grande no rio Pelotas alagou quase seis mil hectares de um dos últimos remanescentes de floresta nativa com araucárias – deposite em juízo a quantia de 21 milhões de reais. O dinheiro vai servir para a compra de uma área de 5.740 hectares com características ambientais semelhantes, conforme estabelece o Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre a empresa e o Ibama em 2005. Só não se sabe onde a Baesa vai arrumar outra floresta de araucária para proteger e compensar o estrago.

Por Redação ((o))eco
2 de março de 2007
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2 de março de 2007

Procura-se floresta com araucária

Segundo a empresa, o Ibama havia orientado a compra de uma área com floresta de araucária na região da Serra do Chapecó, próxima aos municípios catarinenses de Abelardo Luz, Passos Maia e Entrerios. Mas a Baesa enfrentou resistência por parte das prefeituras, que não querem que suas terras se transformem em unidades de conservação e avisaram que não vão colocar as áreas à venda. A empresa diz que vai esperar uma resposta do Ibama sobre a definição de um novo lugar.

Por Redação ((o))eco
2 de março de 2007
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2 de março de 2007

Jeitinho

A Baesa informou que, diante da dificuldade de escolher uma área com floresta de araucária para proteger, cogitou fragmentar os quase seis mil hectares. Mas frisou que isso ainda não foi acertado.

Por Redação ((o))eco
2 de março de 2007
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2 de março de 2007

Conservação dos feios

Proteger pandas é fácil. Todo mundo se comove com aqueles rostos peludos e tristonhos, implorando para serem salvos. Mas como se faz para proteger um bicho feio, tão feio, que os homens da vizinhança acreditam que ele é uma assombração maligna e fazem questão de exterminar cada exemplar que encontram pela frente? Esse é o caso do aye aye, da ilha de Madagascar, na África. O mamífero é uma espécie rara, que passou por um processo evolutivo singular - e está ameaçada. Vale a pena conferir a foto e o vídeo do bicho no slide show da revista Slate – só tire as crianças da sala.

Por Redação ((o))eco
2 de março de 2007
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2 de março de 2007

Acima de tudo, o din din

Duas das maiores companhias petrolíferas do mundo, a Shell e a BP, estão investindo pesado em energias alternativas. Principalmente em usinas eólicas. A Shell já é uma das cinco maiores geradoras de energia de ventos dos Estados Unidos e a BP planeja investimentos que podem resultar na produção do equivalente a um sexto de toda a energia do tipo feita hoje no país. Os executivos das duas dizem que a iniciativa pode render uma melhoria na sua imagem, mas esse não é o objetivo principal. Eles querem mesmo é ganhar dinheiro e diminuir a quantidade de carbono produzida pelas companhias, mesmo que seja só um pouquinho. A reportagem é do jornal The Boston Globe.

Por Redação ((o))eco
2 de março de 2007