Colunas
2 de maio de 2007

O bagre e as antas

O primeiro-ministro britânico Tony Blair terá que recuar dois passos na sua política energética porque tentou enganar a população. Pelo menos lá eles não culpam os peixes.

Por Rafael Corrêa
2 de maio de 2007
Notícias
2 de maio de 2007

Previsão

Cientistas do Instituto de Pesquisa Tropical Smithsonian, no Panamá, chegaram à conclusão de que é a chuva (e não a presença de luz ou nutrientes) o principal fator que determina a distribuição das árvores nas florestas tropicais. Isso, segundo os cientistas, quer dizer que com a confusão nas chuvas favorecida pelo aquecimento global – secas rigorosas, por exemplo, serão mais freqüentes – as florestas ficarão ainda mais vulneráveis do que se pensava. “Devemos esperar modificações dramáticas na distribuição de espécies, composição das comunidades, diversidade da floresta e funcionamento dos ecossistemas”, disse a pesquisadora Bettina Engelbrecht, que coordenou o estudo, à revista Scientific American.

Por Redação ((o))eco
2 de maio de 2007
Análises
2 de maio de 2007

Fotografia – Floresta branca ou Sem-floresta?

De Iomar MachadoCaro Adriano,o seu texto e as cristalinas imagens publicadas n'O Eco de 21.04.2007 me fizeram marejar os olhos. Baiano, sertanejo da micorregião de Irecê (vivendo há mais de vinte anos em Salvador), vi ali retratado quase todos os símbolos da dura e bela caatinga. Seu texto traduz a alma sertaneja. Só faltaram o juazeiro e o umbuzeiro. Com certeza, por falta de espaço na coluna.É uma pena que muitos brasileiros (creio que a maioria) nunca tiveram a chance de conhecer a beleza da caatinga. Seja na "seca" ou no "verde", quando o mesmo lugar parece estar a milhares de quilômetros de si mesmo. Mágica transformação por obra e graça de umas poucas chuvas. Muito obrigado pelo retrato desse belo lugar tão pouco valorizado.Atenciosamente

Por Redação ((o))eco
2 de maio de 2007
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2 de maio de 2007

Rodovia fantasma

As estradas ilegais na Amazônia foram assunto de uma reportagem da edição de sábado do jornal britânico The Guardian. Estima-se que elas se estendam por mais de 160 mil quilômetros de floresta protegida, abrindo caminho para sua destruição. O principal exemplo do texto é a rodovia Trans-Iriri, na Terra do Meio paraense, com 200 quilômetros de comprimento. Oficialmente, a estrada não existe, nem qualquer um dos comércios abertos à sua beira, como a (conveniente) loja de motosserras Geroan. São Félix do Xingu, de onde parte a rodovia, está há cinco anos no topo da lista dos municípios campeões de desmatamento. O texto foi traduzido pelo Estado de São Paulo.

Por Redação ((o))eco
2 de maio de 2007
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2 de maio de 2007

Quase mentira

Nota da Folha de São Paulo desta quarta-feira revela que nem o ex-secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, sabia dessa história de criar um instituto só para cuidar das unidades de conservação. Segundo ele, a idéia nunca foi discutida no ministério no período em que ele ocupou o segundo cargo mais importante da pasta (e isso seria... até a semana passada!). A afirmação passa longe de corroborar a fala de Marina Silva de que o ato faz parte de “uma estratégia amadurecida ao longo de quatro anos”. Langone acha que a divisão do Ibama criou uma “instabilidade desnecessária” num momento em que a questão dos licenciamentos ambientais de obras do PAC precisa ser resolvida.

Por Redação ((o))eco
2 de maio de 2007
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2 de maio de 2007

Pega no flagra

A solução para a falta de água nas plantações de arroz na região de Campanha (RS) parecia ter sido encontrada pela governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius, com a construção de barragens nos arroios de Jaguari e Taquarembó. Parecia. Há quem agora apareça para apontar sérios problemas na solução proposta. O engenheiro civil Eduardo Lanna afirma que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) liberou um estudo de impacto ambiental incompleto sobre as barragens, que não leva em conta que elas estão sendo construídas em solos pouco resistentes. Segundo a Agência Chasque, Lanna disse se tratar de um estudo de má-fé. Do ponto de vista técnico, afirma, não há nada que permita o licenciamento.

Por Redação ((o))eco
2 de maio de 2007
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2 de maio de 2007

Tentativa

Uma idéia aparentemente simples (mas que ainda não saiu do campo da ficção científica) está sendo vista por algumas pessoas como uma solução para conter o aquecimento global. Trata-se da “plantação” de planctons, microorganismos marinhos que, como as plantas, absorvem CO2 da atmosfera. É o mesmo princípio de plantar árvores para ajudar no equilíbrio da atmosfera. Mas , teoricamente, o trabalho é menor. Este mês o navio do projeto WeatherBird (cujos integrantes acreditam piamente nessa possibilidade) vai zarpar rumo às ilhas Galápagos e o Pacífico Sul para dissolver toneladas de ferro (mineral que estimula o surgimento dos plânctons) em uma área de 10 mil quilômetros quadrados de mar. A intenção é acelerar o crescimento dos organismos para saber quanto gás carbônico será ingerido por eles. A reportagem é do jornal The New York Times.

Por Redação ((o))eco
2 de maio de 2007
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2 de maio de 2007

Perseguição

A China anda criando empecilhos para o texto do terceiro relatório do IPCC que será divulgado nesta sexta, dia 4 de maio. Esta semana, em Bangcoc, na Tailândia, delegados dos países discutem com cientistas a elaboração da versão final do resumo. Os delegados chineses foram os que mais propuseram adendos à versão final. O país quer continuar sem metas de cortes de emissões, que podem ser estabelecidas após 2012, quando acaba a primeita etapa do Tratado de Kioto. O argumento do governo é de que os efeitos do aquecimento global ainda são muito imprecisos. Como se não bastasse, o jornal do partido comunista chinês The Global Times acusou os políticos do Ocidente de criarem um “Terrorismo Climático” para atrapalhar os planos de prosperidade do, em breve, maior emissor mundial de gases do efeito estufa. Notícia do Planet Ark.

Por Redação ((o))eco
2 de maio de 2007
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2 de maio de 2007

Descoberta

O Planalto de Ibiapaba, no Ceará – um trecho raro de Caatinga que mais se parece com campos de altitudes comuns no Sul e Sudeste –, está cotado para virar a mais nova província espeleológica do país. Uma expedição registrou mais oito cavidades na região, que pode esconder muitas outras ainda desconhecidas pelos cientistas. De acordo com o espeleólogo Celso Lira Ximenes, a principal importância dessas grutas é o abrigo que dão a diversas espécies de anfíbios, répteis, aves, invertebrados e pequenos mamíferos.

Por Redação ((o))eco
2 de maio de 2007