Notícias
31 de março de 2008

O Brasil e o mito

Ainda que tenham sido exaustivamente debatidas, as controvérsias do biocombustível ganharam a capa desta semana na revista Time. Com a ilustração de um enorme milho – e sua espiga desfiando-se em notas de dólares – a publicação aborda o que chama de “o mito da energia limpa”, não esquecendo de alocar o Brasil como um dos protagonistas da história. Na reportagem, o país é classificado como um “exemplo vívido da dinâmica destrutiva dos biocombustíveis”. O texto explica aos estrangeiros a dinâmica da soja, que tem empurrado o gado brasileiro para as bandas amazônicas num “ritmo alarmante”.

Por Redação ((o))eco
31 de março de 2008
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31 de março de 2008

Regras para matar

Nas próximas semanas, cerca de 275 mil focas devem ser alvos de caçadores no Canadá. A nova temporada de caça do país, que começou no último sábado, pretende ser um pouco mais "humana" que as edições anteriores da matança. Pelas novas regras implementadas este ano, os caçadores estão obrigados a cortar as artérias dos animais antes de armazená-los. A medida foi tomada porque, até agora, muitas focas que estavam apenas inconscientes eram dadas como mortas, o que acarretava um sofrimento adicional a elas. Para os ambientalistas, as novas regras não produzem mudanças reais no modo como a prática é realizada. Segundo o jornal espanhol El Mundo, o número de abatimentos amplia em cinco mil exemplares a cota estabelecida em 2007.

Por Redação ((o))eco
31 de março de 2008
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31 de março de 2008

Banidos

Os membros da Organização Marítima Internacional, reunidos em um encontro em Londres até a próxima sexta-feira, vão esquentar a cabeça para resolver um problema envolvendo o frio continente da Antártida. Isso porque ativistas da Antartic and Southern Ocean Coalition encaminharam um documento ao grupo pedindo que navios que usam óleo pesado como combustível sejam banidos da região. A ONG ainda exige mais restrições no despejo de esgoto e resíduos das embarcações e que todos os navios por lá passantes sejam obrigados a estar equipados para enfrentar as condições congeladas das águas. O pedido está embasado no fato de que, em pouco mais de um ano, foram registrados seis incidentes na região, causando um grande risco ao ecossistema local, ainda formado por uma abundante vida selvagem. Segundo notícia da BBC, cerca de 38 mil turistas visitaram a região entre 2006 e 2007 e a maioria chegou ao continente de navio.

Por Redação ((o))eco
31 de março de 2008
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31 de março de 2008

Propostas

Completando dez anos em 2008, a Lei de Crimes Ambientais não fez mais que obrigar os criminosos da fauna e flora brasileiros a pagar uma cesta básica aqui e plantar umas mudinhas ali. Em entrevista ao O Globo, o secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, prometeu entregar ao presidente Lula uma listinha de mudanças necessárias na legislação. Ao afirmar que a lei não representou qualquer relevância no combate ao crime ambiental, Minc diz que o foco principal da proposta está no endurecimento das penas. Segundo ele, o desembolso de alguns trocados como punição está longe de ser eficiente. O ideal, na maioria dos casos, seria botar os culpados atrás das grades e obrigar os grandes poluidores a prestar serviços de compensação ambiental.

Por Redação ((o))eco
31 de março de 2008
Colunas
31 de março de 2008

CMN e Amazônia

A resolução do Conselho Monetário Nacional sobre crédito na Amazônia não é a panacéia contra a devastação. Mas tratar questões ambientais como questões econômicas já é um avanço.

Por Paulo Bessa
31 de março de 2008
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31 de março de 2008

Sinais de fumaça

O Eco flagrou, nesse fim de semana, dois caminhões carregados (foto) de carvão trafegando no trecho de terra da DF001, ao lado do Parque Nacional de Brasília (DF). Suas placas eram de Divinópolis e de Patos de Minas (MG). Nesta época do ano, é mais do que comum cruzar com pesadas cargas desse produto pelas estradas do Centro-Oeste. Muito Cerrado é destruído para se produzir carvão ilegal, que abastece do churrasquinho do fim de semana ao forno de lucrativas siderúrgicas.

Por Redação ((o))eco
31 de março de 2008
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31 de março de 2008

Monoculturas da mente

Como prometeram, as empresas de celulose partiram para o "contra-ataque" no Rio Grande do Sul, onde um pequeno pelotão de ambientalistas tenta colocar um pouco de ordem na farra das lavouras de eucaliptos. Essas indústrias já cooptaram governantes e mídia para difundir a idéia de que essas monoculturas são a única saída para o desenvolvimento econômico do Pampa. Nada contra plantar árvores exóticas, mas a atividade deve ser licenciada por órgãos competentes e respeitar o zoneamento ecológico-econômico em voga, voltado à preservação do que resta do bioma.

Por Redação ((o))eco
31 de março de 2008
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31 de março de 2008

Voz dissonante

Em meio à cortina de fumaça provocada pela desinformação quanto às reais implicações do plantio de eucaliptos no Pampa, poucas vozes se levantam para fomentar o debate. Mesmo assim, circulam longe da massa da população. Uma delas é do professor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) Althen Teixeira Filho. Segundo ele, há irregularidades no Estudo de Impacto Ambiental da Votorantim para o plantio de eucalipto no Rio Grande do Sul. As empresas de celulose já têm projetos para 167 mil hectares de eucaliptos no estado, mas querem pelo menos 300 mil hectares.

Por Redação ((o))eco
31 de março de 2008
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31 de março de 2008

Reserva ameaçada

Fiscais do Ibama em Pernambuco fecharam e desmontaram três madeireiras clandestinas e uma movelaria que extraiam ilegalmente espécies de mata atlântica da Reserva Biológica Pedra Talhada, na divisa com Alagoas. Dois caminhões que carregavam toras de sucupira também foram recuperados em depósitos clandestinos. As multas aplicadas superam dez mil reais.

Por Redação ((o))eco
31 de março de 2008
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31 de março de 2008

Ilha

Atualmente, os 3.757 hectares de Mata Atlântica dentro da unidade de conservação estão praticamente ilhados por canaviais e pastagens. E se tornaram os últimos remanescentes com madeiras nobres da região. Graças ao terreno acidentado as ameaçadas ainda não são maiores. As toras derrubadas costumam ser retiradas com carro de boi e pequenos tratores. Mesmo assim, estima-se que pelo menos 15% da área da reserva já tenham sido derrubados.

Por Redação ((o))eco
31 de março de 2008