Salada Verde
29 de outubro de 2008

Amazônia perde meia Rio de Janeiro

Um total de 587 quilômetros quadrados de florestas na Amazônia sofreram corte raso ou "desmatamento progressivo" em setembro, conforme números divulgados há pouco pelo federal Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área é semelhante à metade da capital carioca. Os dados são oriundos do Sistema Deter, que observa derrubadas com mais de 25 hectares. A cobertura de nuves regional também prejudica uma avaliação mais fiel das perdas de vegetação. Da área apontada pelo governo, 216 Km2 ficam na conta do Mato Grosso e 127 Km2 na do Pará. Maranhão, Rondônia e Amazonas são responsáveis, respectivamente, por 97 Km2, 91,5 Km2 e 46 Km2. Os demais estados tiveram pouco ou nenhum desmatamento registrado no período. Confira aqui o boletim completo do Inpe.Veja mais reportagens e notasCampeões do corteCem mais, nem menosMenos 756 Km2 na Amazônia Pressão sobre a mata no Amazonas

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29 de outubro de 2008
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29 de outubro de 2008

Desertificação fora da agenda

E por falar em Caatinga, o bioma registra a maioria das regiões semi-áridas nacionais, sérias candidatas à desertificação se o desmatamento prosseguir e o clima ficar de mau humor. O Brasil era forte candidato a sedir a próxima conferência mundial sobre desertificação, mas desistiu da empreitada. Os motivos não são muito claros, mas um parecer do Ministério do Meio Ambiente, baseado em avaliações do Ministério das Relações Exteriores, cita que "Apesar de a Convenção de Combate à Desertificação possuir grande relação com a política internacional do Governo Federal de aproximação com os países da África, América Latina e com o tema de combate à fome, há que se avaliar se o MMA tem interesse e capacidade de lidar com eventual aumento da demanda desses países". E ainda, que a convenção é "considerada fraca, pobre e sem recursos adequados para apoiar os mais necessitados". Isso que o presidente Lula é pernambucano de Garanhuns.

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29 de outubro de 2008
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29 de outubro de 2008

Atraso no decreto atlântico

Regulamentação da Lei da Mata Atlântica está atrasada há mais de dois anos. Texto percorre escaninhos de cinco ministérios. Expectativa do MMA é de que seja publicado em novembro.

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29 de outubro de 2008
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29 de outubro de 2008

Caçada brutal

Na cadeia natural de alimentação, várias espécies desenvolveram técnicas bem particulares para caçar e se perpetuar. Algumas aves de rapina, por exemplo, agarram tartarugas e outros animais de casco e os lançam ao chão desde as alturas. Assim, sua carapaça se rompe, facilitando o acesso à carne. Enquanto isso, essa águia gigante norte-americana sabe que enfrentar um cabrito não é tarefa fácil. Por isso, ataca e lança sua vítima montanha abaixo. Após o abate, o corpo é carregado com mais facilidade. As imagens perdoam a narração.

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29 de outubro de 2008
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29 de outubro de 2008

História do império Maggi

A edição de setembro-outubro da revista Retrato do Brasil traz uma extensa reportagem que revela a história da família Maggi nos negócios de soja, na dominação dos mercados da commodity em Mato Grosso e no seu envolvimento na política. São 10 páginas, ilustradas com fotos antigas da família. A leitura vale a pena para entender a que preço os Maggi construíram seu império.

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29 de outubro de 2008
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29 de outubro de 2008

Fogo no Amolar, de novo

A Serra do Amolar, no Pantanal, voltou a queimar. Segundo as primeiras informações, um raio teria caído na área da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Penha, administrada pela Ecotrópica, no último domingo. A região ainda está bastante seca e sofre as consequências do incêndio que arrasou com 25 mil hectares entre 12 de setembro e 2 de outubro deste ano.

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29 de outubro de 2008
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29 de outubro de 2008

Placar do fogo

Falando em fogo, nem a aproximação de novembro está representando grandes alívios para outras áreas protegidas. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso ainda lidera o ranking das queimadas, com 1.096 focos, seguido pelo Pará e Minas Gerais. O país registra ao todo 4.358 focos de calor.

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29 de outubro de 2008
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29 de outubro de 2008

Alegação recusada

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) não aceitou os argumentos da Votorantim para que seja interrompido o processo penal que a empresa responde por poluir o ar com óxido de zinco e a água com gases danosos, entre 1986 e 2004 em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio. Os advogados alegam que o processo não é cabível nos termos atuais porque o delito começou antes da vigência da lei de crimes ambientais, instituida em 1998.

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29 de outubro de 2008
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29 de outubro de 2008

Bioma brasileirinho

A Caatinga é exclusivamente brasileira, não é registrada em nenhum país vizinho ou fora do Continente. Apesar disso, de ser lar de 28 milhões de pesssoas e de cobrir cerca de 850 mil quilômetros quadrados do Brasil (11% do território), o bioma é o menos estudado entre seus pares. No entanto, as pesquisas já feitas apontam mais de 900 tipos de plantas, quase 150 mamíferos e mais de 500 aves. Que fartura! Pois, hoje Ministério do Meio Ambiente e a ong The Nature Conservancy lançaram um mapa com as áreas protegidas e terras indígenas que hoje cobrem apenas 7% da região e apertaram as mãos prometendo mais estudos voltado à implementação de novas unidades de conservação. Segundo o ministro Carlos Minc, uma lista de prioridades para o bioma será enviada à Presidência da República. Quem quiser conferir o mapa de áreas protegidas e terras indígenas na Caatinga, basta clicar aqui (~4,7Mb/PDF).

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29 de outubro de 2008
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29 de outubro de 2008

Cavernas quase no ponto

O presidente do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Rômulo Mello,  disse hoje que a minuta do novo decreto que regulará a proteção e uso das cerca de cem mil cavernas brasileiras etá praticamente fechada entre ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia e Casa Civil. O debate governista se concentra na proteção às cavidades de relevância média, já que espeleólogos, biólogos e outros pesquisadores apontam o texto como ameaçador a oito entre dez lapas nacionais. A legislação anterior, de 1990, na teoria, bloqueava o acesso a toda e qualquer cavernas; na prática, essas formações era livremente destruídas país afora, pela agricultura, empreendimentos energéticos e mineração. "Havia movimento para simplesmente suspender a lei anterior. Se a nova minuta sair do jeito que foi acertada, será melhor do que antes. Pois o uso das cavernas estará vinculado ao licenciamento, com participação de todos os órgãos ambientais", disse Mello.

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29 de outubro de 2008