Salada Verde
6 de abril de 2009

Não sou pró-carvão

Na edição desta semana da revista Época, a senadora Ideli Salvatti (PT/SC) nega (de novo) que seja lobista do carvão. Quando assumiu a presidência da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas no Senado, em março, também presidia a Frente Parlamentar em Defesa do Carvão Mineral. E carvão é um dos combustíveis que, quando queimado, libera gases que ampliam o aquecimento do planeta. “Não posso ter preconceito ao carvão. Em primeiro lugar quero colocar que o carvão existe e faz parte da nossa matriz energética. Inclusive não há, no Plano Decenal de Energia do Ministério de Minas e Energia, nenhuma intenção de eliminar esse combustível da nossa matriz energética. Por isso nossa tarefa é fazer com que o carvão tenha a utilização mais adequada. Meu Estado tem carvão, e ele é uma questão importante na economia de Santa Catarina. O carvão gera empregos em nosso Estado”, disse à revista.

Por Salada Verde
6 de abril de 2009
Salada Verde
6 de abril de 2009

Braços abertos à poluição

Salvatti está correta quando citou que o Plano Decenal de Energia do Ministério de Minas e Energia não pretende eliminar o carvão da matriz energética nacional. Quer, aliás, mandar ainda mais sujeira para a atmosfera. O Estado de S. Paulo comenta hoje que pelo menos 40 termelétricas movidas a óleo ou carvão estão projetadas para o Nordeste, região que mais deve sofrer com as mudanças climáticas. É o desenvolvimento sujo e sem criatividade patrocinado pelo governo.

Por Salada Verde
6 de abril de 2009
Salada Verde
6 de abril de 2009

Semana do (de)gelo

Na animação acima: ´Wilkins Ice Shelf' é ligada ao continente pelas Ilhas Chacot e Latady. O centro negro das imagens indica o derretimentoA semana está começando com muitas notícias preocupantes sobre o ritmo de derretimento das calotas polares do planeta. A Agência Espacial Européia divulgou imagem de satélite que mostrou o colapso de uma ponte de gelo que havia entre a península Antártica e a placa de Wilkings.  Esta geleira, localizada no lado oeste do continente, tem o tamanho da Jamaica e está reduzindo desde os 1990s. A avaliação de cientistas é de que a quebra da ponte pode ter sido o sinal do colapso, ou seja a placa vai se despregar do continente. Também nesta semana, estudo da Universidade de Washington (Leia Aqui) revela que o Ártico deverá ter verões sem gelo já nos próximos 30 anos, ritmo três vezes mais rápido que o esperado. 

Por Salada Verde
6 de abril de 2009
Fotografia
6 de abril de 2009

Cores escondidas na savana

Antes que a agropecuária, que a mineração, que as hidrelétricas e outras façanhas promovidas contra a biodiversidade consigam acabar com o Cerrado, vale correr para registrar suas belezas mais delicadas. Semelhantes a pequenos pingentes multicoloridos, essas diminutas flores começavam a desabrochar quando foram captadas pelo repórter Aldem Bourscheit, em matas a cerca de 200 quilômetros da capital federal. Ele usou sua Canon Powershot S3IS, em velocidade 1/125 segundos e diafragma em 3,5.

Por Redação ((o))eco
6 de abril de 2009
Salada Verde
4 de abril de 2009

Fora de sintonia com a conservação

Usando os dados que lhe convêm e ignorando a necessidade global de se recuperar e manter todas as florestas possíveis frente aos perigos concretos do aquecimento global, o presidente do Sindicato Rural de Joinville (SC), Jordi Castan, publica hoje um artigo no jornal A Notícia defendendo o polêmico “Código Ambiental” aprovado pela Assembléia Legislativa de seu estado. Chama o ecologismo e juvenil e romântico e atesta que o fato da maioria dos brasileiros residirem em cidades  seria motivo para um descolamento entre as realidades urbana e rural, como se a primeira jogasse na segunda a responsabilidade pela preservação. Assim, ele procura criar uma dicotomia conservacionista, como se todos, em qualquer região do país, não estivessem diretamente envolvidos com a necessidade de se cumprir a legislação e proteger o meio ambiente.Também usa dados oficiais estaduais questionáveis para mostrar que quase 42 % do território catarinense seria coberto por “floresta nativa” e afirmar que ninguém quer desmatar um metro a mais. Curiosamente, isso é justamente o que o “Código Ambiental” defendido por ele promete: mais devastação. E os números são bem superiores aos verificados pelo Inpe e SOS Mata Atlântica, que apontam menos de 24% do estado com matas nativas.   Santa Catarina e Paraná realmente abrigam os maiores remanescentes de Mata Atlântica, mas a desculpa velha de que a preservação inviabiliza pequenos produtores não cola mais. Cabe aos governos criar mecanismos para viabilizar a produção sem mais desmatamento e sem demagogia.

Por Salada Verde
4 de abril de 2009
Salada Verde
4 de abril de 2009

Catarinenses miram na Mata Atlântica

Não por acaso, os catarinenses parecem querer acabar também com o que resta de Mata Atlântica. A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou essa semana um projeto de lei do deputado federal Celso Maldaner (PMDB/SC) que permite ao “pequeno produtor rural” derrubar árvores primárias para uso próprio. Isso o Código Florestal Brasileiro permite, no entanto, a proposta também dá espaço, “em caráter excepcional”, ao corte de matas em recuperação, inclusive em campos de altitude. É a moda de se levantar questões sociais associadas à pequena produção para, assim, permitir a devastação das florestas e outras formações.

Por Salada Verde
4 de abril de 2009
Salada Verde
4 de abril de 2009

Minc critica código de SC

Na edição de hoje do jornal O Globo, Carlos Minc critica a aprovação do Código Ambiental de Santa Catarina pela Assembléia Legislativa daquele estado. Diz que o Ministério do Meio Ambiente não reconhecerá a lei, se for aprovada pelo governador Luiz Henrique da Silveira. "O ministério não vai reconhecer uma lei estadual que é menos restritiva do que a lei federal. Esse projeto é um absurdo e não tem sustentação. Já orientei a Advocacia-Geral da União e vamos arguir a inconstitucionalidade dessa lei no Supremo Tribunal Federal", disse ao periódico. A censura é válida, mas um pouco mais de coerência seria interessante. Afinal, o Código Ambiental catarinense é mais um instrumento lapidado por ruralistas na tentativa de se criar massa crítica suficiente para derrubar dispositivos do Código Florestal brasileiro - na mesma linha das manobras conduzidas por parlamentares, pelo ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) e pelo governador Blairo Maggi (Mato Grosso). A essas não se ouvem críticas de Minc.

Por Salada Verde
4 de abril de 2009
Salada Verde
3 de abril de 2009

Três décadas para recuperação

Para regularizar 140 mil proprietários rurais em Mato Grosso, o governo daquele estado deu prazo de até 30 anos para que eles recuperem áreas desmatadas ou degradadas. Essa foi outra das medidas embutidas no termo de cooperação assinado ontem entre governo estadual e Ministério do Meio Ambiente, dando corpo a uma lei mato-grossense criada no ano passado. Além disso, a recuperação não precisará ser feita na própria propriedade: produtores poderão comprar áreas em unidades de conservação criadas pelo Estado, informou O Estado de S. Paulo.   Saiba mais:MT não quer multas para quem desmatou

Por Salada Verde
3 de abril de 2009