Newsletter O Eco+ | Edição #185, Fevereiro/2024
25 de fevereiro de 2024
Em apenas nove dias, de 7 a 16 de fevereiro, foram encontrados três bugios mortos na Região Metropolitana de Porto Alegre. Todos eletrocutados. Os números foram registrados pelo Programa Macacos Urbanos, da UFRGS, que acompanha de perto a situação desses primatas na Região Metropolitana de Porto Alegre. O Ministério Público entrou com uma ação para que a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) e a CEEE Equatorial apresentem um plano permanente e preventivo de atuação nas áreas prioritárias, mostra a reportagem de Sílvia Marcuzzo. Para proteger o bugio-ruivo, considerada uma das 25 espécies de primatas mais ameaçadas do mundo, a ação solicita o isolamento dos fios junto aos conectores em postes e transformadores como procedimento padrão em todos os serviços efetuados na rede elétrica.
Na Amazônia, o bloco de carnaval “Pretinhos do Mangue” reúne milhares de foliões no manguezal. Apesar de exaltar a cultura do mangue na festa mais popular da Terra, festejo coincide com o defeso do caranguejo-uçá. Mesmo após a limpeza feita pela equipe da Prefeitura, na manhã seguinte ainda foi possível encontrar vários resíduos no porto que acabam ficando pelo caminho, conforme apresentado na reportagem de Alice Martins Morais. “Já são muitos anos que a concentração é nesse porto do Pretinhos. A meu ver, poderiam variar a rota para deixar aquele local ‘respirar’, se recuperar”, relata Nilson Monteiro, presidente da Associação dos Caranguejeiros da comunidade de Arapurí (em Curuçá).
A oficina de trabalho de critérios e priorização para criação de UCs federais organizada pelo ICMBio reuniu servidores ambientais, universidades, povos tradicionais, ONGs e secretarias estaduais de meio ambiente com uma missão: convocar a sociedade para colaborar e analisar propostas de novas unidades de conservação (UCs) na retomada da agenda de áreas protegidas pelo governo brasileiro. Ao todo, foram analisadas 219 propostas de criação ou ampliação de unidades de conservação em todos os biomas do país.
Boa leitura!
Redação ((o))eco
· Destaques ·
MP entra na Justiça após três bugios morrerem eletrocutados na Região Metropolitana de Porto Alegre
Na Amazônia, bloco de Carnaval reúne milhares de foliões no manguezal
ICMBio convoca sociedade para analisar propostas de novas UCs
· Conservação no Mundo ·
Fauna, flora e… “funga”? A palavra “funga” deve ser usada juntamente com a flora e a fauna quando se discutem questões de conservação, para refletir a importância dos fungos para a saúde dos ecossistemas. É o que afirmam ativistas da Fungi Foundation, alegando que já passou da hora de fungos serem “reconhecidos e protegidos em pé de igualdade com os animais e as plantas nos quadros legais de conservação”. Micologistas, principalmente da América Latina, estabeleceram o termo “funga” há cinco anos. [TheGuardian]
Gravidez misteriosa. Uma notícia tem ocupado a mente de internautas do mundo todo: Charlotte, uma arraia alojada em um aquário da Carolina do Norte (EUA), chocou os cientistas ao engravidar em um aquário com apenas tubarões e nenhum macho de arraia presente. Especialistas dizem que é impossível que um dos tubarões seja o potencial pai, apontando a reprodução assexuada como a causa provável. [Forbes]
· Dicas Culturais ·
• Pra ler •
Anansi | Jefferson Costa e Lucas Benetti
Uma história sobre todas as outras histórias: as que você conhece, as que ainda vai conhecer e as que jamais chegarão ao seu ouvido. Anansi decide comprar o baú de histórias de Nyame, o deus do céu, e para isso deveria trazer Osebo, o leopardo de dentes terríveis; Mmboro, os marimbondos que picam como fogo; e Mmoatia, a fada que nenhum homem jamais viu.
• Pra ouvir •
ANTACANTA | Ana Teresa Camargo
Nesse podcast infantil, a anta, o maior mamífero da América do Sul, conta histórias divertidas sobre a aceitação das diferenças e o respeito ao próximo.
• Pra assistir •
Não Olhe Para Cima | Adam McKay
Dois astrônomos descobrem um cometa mortal vindo em direção à Terra e partem em um tour midiático para alertar a humanidade. Só que ninguém parece dar muita bola.
