De alguns anos para cá, toda vez que metrópoles se defrontaram com o problema do trânsito e da poluição, suas prefeituras apresentaram planos para incentivar e expandir o uso de bicicletas como solução. São Francisco, no Norte da Califórnia, seguiu essa trilha em 2005, com um programa radical de expansão de ciclovias. Rob Anderson, um desempregado de 65 anos que não usa carros e se desloca principalmente à pé, frequentou as audiências públicas sobre o projeto argumentando que ele deveria ser alvo de um estudo de impacto ambiental. Seu raciocínio, segundo reportagem publicada no The Wall Street Journal, era simples. Não há provas que a expansão de ciclovias diminui o número de carros em ruas urbanas. Portanto, expandí-las, ao invés de reduzir, pode aumentar a poluição, diminuindo o espaço para veículos motorizados e, consequentemente, produzindo mais engarrafamentos. As autoridades municipais não lhe deram ouvidos. Mas um juiz o escutou e em 2006, determinou que a cidade só leve adiante os seus planos depois de produzir um relatório de impacto ambiental. São Francisco, desde então, não construiu sequer um quilômetro de ciclovias.
Leia também
Número de portos no Tapajós dobrou em 10 anos sob suspeitas de irregularidades no licenciamento
Estudo realizado pela organização Terra de Direitos revela que, dos 27 portos em operação no Tapajós, apenas cinco possuem a documentação completa do processo de licenciamento ambiental. →
Protocolo estabelece compromissos para criação de gado no Cerrado
Iniciativa já conta com adesão dos três maiores frigoríficos no Brasil, além de gigantes do varejo como Grupo Pão de Açúcar, Carrefour Brasil e McDonalds →
Com quase 50 dias de atraso, Comissão de Meio Ambiente da Câmara volta a funcionar
Colegiado será presidido pelo deputado Rafael Prudente (MDB-DF), escolhido após longa indefinição do MDB; Comissão de Desenvolvimento Urbano também elege presidente →