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Acidente aéreo no Pantanal mata o arquiteto chinês das ‘cidades-esponja’

Kongjian Yu, que tinha 54 anos, estava no Brasil para participar da Bienal de Arquitetura de SP. Conceito urbanístico sustentável foi aplicado em 250 cidades

Vinicius Nunes ·
24 de setembro de 2025

A queda de um avião monomotor na cidade de Aquidauana (MS) resultou na morte de quatro pessoas no fim da tarde desta terça-feira (23). Dentre os passageiros, estava a bordo Kongjian Yu – arquiteto e urbanista chinês autor do conceito de “cidades-esponja”.

Professor da Universidade de Beijing e consultor do governo chinês, Yu pregava pela diminuição da dependência de sistemas de drenagem tradicionais, e defendia a importância de uma infraestrutura verde nas grandes metrópoles. Áreas alagáveis, como lagos e parques, ao lado de pavimentos impermeáveis, seriam mais eficientes para os problemas relacionados a sistemas de drenagem de água e controle de grandes enchentes.

O modelo urbanístico conceituado por ele enquanto “cidade-esponja” ganhou destaque após fortes chuvas na cidade de Pequim, em 2012, resultarem na morte de quase 80 pessoas.

Kongjian Yu projetou obras em mais de 70 cidades, e estava no Brasil para participar da Bienal de Arquitetura de São Paulo 2025. De acordo com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/BR), o modelo de cidade-esponja foi aplicado em projetos em 250 cidades chinesas e de outros países, como Rússia, Indonésia e Tailândia.

  • Vinicius Nunes

    Cientista Social pela FGV/CPDOC e estudante de Jornalismo na ESPM-Rio. Entusiasta da pauta ambiental, política e esportes.

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