A última reunião da Cites, como mostrou O Eco, foi um fiasco e não aumentou a proteção a espécies de tubarões vítimas de excessivo comércio internacional de tubarões. Uma alternativa é intensificar ações nacionais para proteger esses predadores essenciais ao equilíbrio ecológico marinho.
Por isso, o instituto Aqualung está mobilizando o maior número possível de brasileiros para evitar o consumo da carne de cação (tubarão) e seus derivados e boicotar os mercados e restaurantes que insistirem em oferecer sua carne. Segundo a entidade, a ação depende dos consumidores deixarem de lado a carne de cação e substituí-la por outros peixes marinhos ou de água, de preferência oriundos de criações sustentáveis, como salmão, truta, tambaqui e tilápia.
De acordo com o Aqualung, há 38 espécies de tubarão ameaçadas pela extinção, como o cação-anjo, a mangona e os tubarões-martelo. Segundo as Nações Unidas, cem milhões de tubarões são capturados anualmente em todos os oceanos. Desse total, de 50% a 70% são mortos só pra virar sopa de barbatana. Em conjunto, a pesca exagerada e a pesca predatória são insustentáveis e estão ameaçando seriamente a sobrevivência das populações detubarões – 43% das espécies de tubarões no litoral brasileiro estão ameaçadas de extinção.
Mais informações sobre a campanha, aqui.
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