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Pantaneira que organizava caçadas recebe mais multas

Beatriz Rondon foi autuada mais uma vez por causar dano em unidade de conservação. No total já são R$ 220 mil em multas aplicados pelo Ibama à proprietária.

Fábio Pellegrini ·
25 de maio de 2011 · 14 anos atrás

Crânios de animas silvestres e armamento apreendidos na fazenda Santa Sophia pela Polícia Federal (foto: divulgação/PF)
Crânios de animas silvestres e armamento apreendidos na fazenda Santa Sophia pela Polícia Federal (foto: divulgação/PF)
Campo Grande (MS) – Acusada pela Polícia Federal de organizar pacotes turísticos de caçadas a onças no Pantanal Sul, a proprietária da fazenda Santa Sophia, Beatriz Diacópolus Rondon, recebeu mais uma multa esta semana, aplicada pela Divisão de Proteção Ambiental do Ibama em Brasília, no valor de R$ 115 mil. No total já são R$ 220 mil em multas aplicados pelo Ibama à proprietária da fazenda.

A primeira multa, de R$ 15 mil, foi aplicada de acordo com o artigo 27 do Decreto 6.514 de 22 de julho de 2008 (praticar caça profissional no país – multa de R$ 5 mil, com acréscimo de R$ 500,00 por indivíduo; ou R$ 10 mil por indivíduo de espécie constante de listas oficiais de fauna brasileira ameaçada de extinção, constante ou não da Convenção de Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção – CITES).

A segunda multa, no valor de R$ 100 mil, foi aplicada com base no artigo 91 (causar dano direto ou indireto a unidade de conservação – multa de R$ 200,00 a R$ 100 mil), já que na área da fazenda há a Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Pata de Onça, com 7.387 hectares dos 30 mil hectares da fazenda.

Beatriz já havia sido multada inicialmente em R$ 105 mil por caça ilegal e abate de animais ameaçados de extinção, no dia 5 de maio. Na operação o Ibama e a Polícia Federal apreenderam na sede da fazenda Santa Sophia dois crânios de onças, 16 galhadas de cervos-do-pantanal e uma pele de sucuri de 3,5 metros. Laudos da Embrapa Pantanal comprovam que as onças foram abatidas recentemente, dada a presença de vestígios de material orgânico nos crânios.

De acordo com o delegado da Polícia Federal de Coumbá (MS), responsável pelo inquérito, somente após a chegada dos laudos e identificação das pessoas que aparecem nos vídeos é que terão início as oitivas dos suspeitos e de testemunhas e feitos os respectivos indiciamentos.

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