Os novos números do não-governamental Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia revelam queda no desmatamento da floresta tropical em julho, mas derrubadas disparam em municípios do Pólo de Carajás e da Terra do Meio, no Pará. Estado já supera o Mato Grosso em desmatamento.
Os dados apontam 276 Km2 derrubados em julho deste ano na Amazônia, contra 961 Km2 em julho de 2007. A redução foi de 71%. Já os índices do governo mostram uma queda de 62,8% no mesmo período, relativos a 323 Km2 que sofreram corte raso ou degradação progressiva. O Imazon observa apenas desmatamento, daí a diferença entre porcentuais.
Em 12 meses também há registro de baixa nas derrubadas. Entre agosto de 2006 e julho de 2007 foram 5.331 Km2, enquanto 5.030 Km2 desapareceram no período recente. No entanto, a época de derrubadas está começando no norte do País.
Das florestas abatidas em julho, a tríade nacional do desmatamento responde por 257 Km2, ou 93%: Pará (75%), Mato Grosso (12%) e Rondônia (6%). O Amazonas acumulou também 6%. Roraima, Tocantins e Acre respondem por 1% da destruição. Se observarmos entre agosto de 2007 e julho deste ano, seguem na liderança do desmatamento amazônico o Pará (42%), o Mato Grosso (41%) e Rondônia (9%).
“O Mato Grosso é mais influenciado pelo agronegócio e sofreu maior repressão governista frente aos índices de desmatamento. O Pará o está superando em desmatamento absoluto”, comenta o pesquisador Adalberto Veríssimo, do Imazon.
Os boletins do Imazon podem ser conferidos na íntegra em www.imazon.org.br.
Leia também
Entrando no Clima #24 – Eleições e a pauta ambiental
((o))eco entrevista Rodrigo Corradi, do ICLEI, sobre a importância das políticas municipais na proteção ambiental. Custos de participação na COP29 podem ser entrave para sul global →
Stephan Harding e seu legado mais que planetário
Harding nos deixou essa semana, mas não sem antes cumprir seu legado de tocar o coração de milhares de alunos de todas as partes do mundo com sua forma de ensinar sobre a vida de nosso planeta →
Capacitação insere açaí do Marajó em novos mercados da bioeconomia
São mudanças simples, mas com impactos enormes, pois permitem que as famílias que vivem da cultura do açaí melhorem sua renda ao mesmo tempo em que cuidam da floresta →