Estudo divulgado hoje (15) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Universidade de Campinas (Unicamp) pela primeira vez revela a extensão das vulnerabilidades de São Paulo frente às mudanças climáticas. Nos últimos anos, vários pesquisadores vêm alertando para o aumento da ocorrência de enchentes e deslizamentos na metrópole paulistana. O trabalho do Inpe e Unicamp exemplifica como será isso: a previsão é de que 20% do que a capital paulista crescer até 2030 será suscetível a acidentes naturais provocados pela chuva e aproximadamente 11,17% dessas ocupações poderão ser afetadas por deslizamentos. O documento também revela que a poluição e as mudanças climáticas são responsáveis por cerca de 70% das internações por doenças respiratórias.
Pelas projeções do estudo, a mancha urbana da metrópole paulistana será o dobro da atual em 20 anos. O aumento deverá ocorrer “principalmente na periferia, em loteamentos e construções irregulares, e em áreas frágeis, como várzeas e terrenos instáveis, com grande pressão sobre os recursos naturais”, diz o trabalho. Com esse crescimento, a região metropolitana de São Paulo pode ficar vulnerável a outros riscos, como a escassez de água, devido à destruição dos mananciais e impossibilidade de recarga dos lençóis freáticos com a impermeabilização do solo.
Leia também
As trilhas que irão conectar as Américas
Primeiro Congresso Pan-americano de Trilhas acontecerá em 2025, em Foz do Iguaçu (PR). Anúncio foi feito no 3° Congresso Brasileiro de Trilhas →
Entrando no Clima#39 – Lobistas da carne marcam presença na COP29
Diplomatas brasileiros se empenham em destravar as negociações e a presença de lobistas da indústria da carne nos últimos dias da COP 29. →
Pelo 2º ano, Brasil é o país com maior número de lobistas da carne na COP
Dados obtidos por ((o))eco sobre levantamento da DesMog mostram que 17,5% dos lobistas do agro presentes na COP29 são brasileiros →