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O ar que a floresta respira

Parcerias viabilizarão instalação de torres de observação para pesquisas atmosféricas na Amazônia.

Redação ((o))eco ·
24 de setembro de 2010 · 15 anos atrás

Uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Instituto Max Planck, da Alemanha, resultará na construção de novas torres de observação que deverão monitorar uma área superior a mil quilômetros quadrados no Amazonas.

A maior delas, conhecida como ATTO, terá 320 metros de altura (o equivalente a um prédio de 100 andares), será instalada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, em São Sebastião do Uatumã, e terá como missão analisar ininterruptamente as trocas gasosas da camada atmosférica por um período entre 20 e 30 anos. De acordo com Jochen Schöngart, do Max Planck, graças a ela será possível compreender melhor os serviços ambientais prestados pela floresta e sua interação com a atmosfera. A previsão é que ela seja construída no segundo semestre de 2011.

Ao redor da ATTO, serão instaladas outras quatro torres de 80 metros de altura cada – em uma delas um elevador vai se mover por 24 horas a uma velocidade média de dois a quatro metros por minuto. Elas fornecerão informações sobre gases que atuam na limpeza atmosférica e ajudarão a ciência a compreender melhor os fenômenos climáticos na região.  O custo total do projeto é de 8,4 milhões de euros.

“Em suma, o projeto terá três grandes linhas de pesquisa: Química da Atmosfera, voltada à compreensão das interações da floresta com a atmosfera em termos de trocas gasosas e de aerossóis; Micrometeorologia, com a finalidade de estudar os processos de troca de massa e energia entre a vegetação e a alta atmosfera e Física de Nuvens, cujo objetivo é o estudo dos mecanismos de formação de nuvens e de produção de chuvas na região”, explica Jochen Schöngart.

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