O Centro Internacional para Pesquisas sobre Florestas (CIFOR) lançou novas análises indicando que as políticas nacionais para pagamento por desmatamento evitado nos países em desenvolvimento podem de fato mudar o destino das florestas. Quase 60 pesquisadores de 19 países estão por trás desse estudo, já considerado a mais atualizada contribuição sobre REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação). Esta é a segunda grande publicação do CIFOR sobre o tema, e desta vez ela pontua que mudanças amplas nas políticas internas dos países são essenciais para a implementação de um mecanismo global para remunerar países que reduzirem suas emissões decorrentes da devastação das áreas tropicais. Encontrar esse mecanismo, com as devidas garantias de investimento, é um dos pontos-chave das negociações em Copenhague.
Fala-se hoje na necessidade de um investimento de 15 a 25 bilhões de dólares por ano dos países ricos para implementar essa estratégia, o que demanda uma contrapartida dos países tropicais reformas nas áreas de monitoramento florestal e governança. Além de levar tempo, esse mecanismo precisa deixar claro a quem os recursos serão pagos, como monitorar os estoques de carbono nas florestas e como distribuir os benefícios.
Para fazer o download do estudo, clique aqui.
Leia também

A biodiversidade merece mais destaque na COP 30 de clima, dizem especialistas
Afinal, conter o desmate e restaurar ambientes naturais reduz emissões de gases de efeito estufa e retira carbono da atmosfera →

O papel da sociedade civil nas negociações internacionais sobre o clima
Podcast Planeta A traz temas como convenções climáticas internacionais, tratados de clima e importância social neste debate →

“A Resposta Somos nós”, dizem povos indígenas sobre crise climática
Acampamento Terra Livre deve reunir em Brasília representantes de cerca de 200 povos indígenas de todo o país. Entre 6 e 8 mil pessoas são esperadas →