A rádio-corredor está a todo vapor nos corredores do Planalto enquanto especula-se que o governo federal estuda a criação de um ministério extraordinário da Amazônia para acolher o general Eduardo Pazuello, que perderá o foro privilegiado com sua saída do comando do Ministério da Saúde. A demissão, anunciada há uma semana, até agora não foi oficializada e especula-se que a razão seria o medo de Bolsonaro em deixar seu subordinado “desprotegido”. Pazuello é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por causa da sua atuação durante a pandemia, principalmente frente à crise da falta de abastecimento de oxigênio em Manaus.
Em busca de um novo lugar para abrigá-lo, talvez o Planalto tenha chegado em uma solução que, de quebra, retira poder do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, atual desafeto do presidente: a criação de um Ministério da Amazônia, o que esvaziaria as funções hoje realizadas pelo Conselho da Amazônia, comandado pelo próprio general Mourão.
A movimentação em torno de Pazuello nos bastidores veio à tona através da jornalista Andréia Sadi, da Globo News, em seu blog no site G1. Ainda conforme apurado pela jornalista da Globo News, a outra possibilidade estudada por Bolsonaro seria transformar a Secretaria de Assuntos Estratégicos, atualmente liderada pelo Almirante Rocha, em Ministério. Já a CNN Brasil repercutiu a existência de uma terceira via para manter os privilégios de Pazuello: transformá-lo em assessor especial da Presidência, o que parece ser improvável, já que ele perderia o foro, principal motivo pela qual ainda não saiu do cargo.
Leia também
Número de portos no Tapajós dobrou em 10 anos sob suspeitas de irregularidades no licenciamento
Estudo realizado pela organização Terra de Direitos revela que, dos 27 portos em operação no Tapajós, apenas cinco possuem a documentação completa do processo de licenciamento ambiental. →
Protocolo estabelece compromissos para criação de gado no Cerrado
Iniciativa já conta com adesão dos três maiores frigoríficos no Brasil, além de gigantes do varejo como Grupo Pão de Açúcar, Carrefour Brasil e McDonalds →
Com quase 50 dias de atraso, Comissão de Meio Ambiente da Câmara volta a funcionar
Colegiado será presidido pelo deputado Rafael Prudente (MDB-DF), escolhido após longa indefinição do MDB; Comissão de Desenvolvimento Urbano também elege presidente →
É isso aí, salvar os camaradas. Mesma sacanagem politica.