A rádio-corredor está a todo vapor nos corredores do Planalto enquanto especula-se que o governo federal estuda a criação de um ministério extraordinário da Amazônia para acolher o general Eduardo Pazuello, que perderá o foro privilegiado com sua saída do comando do Ministério da Saúde. A demissão, anunciada há uma semana, até agora não foi oficializada e especula-se que a razão seria o medo de Bolsonaro em deixar seu subordinado “desprotegido”. Pazuello é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por causa da sua atuação durante a pandemia, principalmente frente à crise da falta de abastecimento de oxigênio em Manaus.
Em busca de um novo lugar para abrigá-lo, talvez o Planalto tenha chegado em uma solução que, de quebra, retira poder do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, atual desafeto do presidente: a criação de um Ministério da Amazônia, o que esvaziaria as funções hoje realizadas pelo Conselho da Amazônia, comandado pelo próprio general Mourão.
A movimentação em torno de Pazuello nos bastidores veio à tona através da jornalista Andréia Sadi, da Globo News, em seu blog no site G1. Ainda conforme apurado pela jornalista da Globo News, a outra possibilidade estudada por Bolsonaro seria transformar a Secretaria de Assuntos Estratégicos, atualmente liderada pelo Almirante Rocha, em Ministério. Já a CNN Brasil repercutiu a existência de uma terceira via para manter os privilégios de Pazuello: transformá-lo em assessor especial da Presidência, o que parece ser improvável, já que ele perderia o foro, principal motivo pela qual ainda não saiu do cargo.
Leia também
Deputados apresentam à Marina proposta de parque nacional na região sul
A proposta de criação do Parque Nacional das Serras do Araçatuba e Quiriri, localizado entre os estados do Paraná e Santa Catarina, foi apresentada à ministra neste sábado (16) →
‘Não sobrou nada’: Maceió carrega as cicatrizes ambientais da mineração de sal
Colapso de mina de sal-gema é ponta do iceberg de décadas de negligência ambiental. Uma CPI investiga o caso →
PL aprovado no RS contraria lei federal ambiental e pode agravar a escassez de água
O Projeto de Lei 151/2023, votado no último dia 12, permite intervenções em APPs para a realização de obras de irrigação que atendem atividades particulares de agricultores →
É isso aí, salvar os camaradas. Mesma sacanagem politica.