Análises
Os peixes do Pantanal pedem água IV
De Fernando Paciello Junior Delegado de Policia - Assessor de Comunicação e Imprensa Polícia Civil de Mato Grosso do Sul Caro Marcos Sá Corrêa. Realmente, ainda jorra a fonte da prodigalidade brasileira. Ela já teve mais vida nos manguezais, na Mata Atlântica, nos cerrados, na floresta amazônica e em outros sistemas. Agora, com relação ao pantanal, verificamos o “milagre brasileiro da subtração dos peixes”. A pesca de forma irregular praticada por alguns pescadores profissionais, utilizando espinheis, anzol de galho, redes e tarrafas para capturar os peixes, é a marca dessa “economia predatória”. Essa pratica é materializada através das inúmeras apreensões de petrechos proibidos, divulgada frequentemente pela mídia de nossa região. Como se não fosse suficiente, existe o relatório estatístico da Policia Militar Ambiental, apontando o elevado número desses crimes ambientais. Procurando coibir a pratica desses criminosos profissionais, digo, pescadores profissionais que depredam os rios, a nossa Policia Militar Ambiental, durante a piracema, adotou o patrulhamento dos rios monitorando os cardumes, evitando que sejam alvo fácil de uma rede ou tarrafa. É a eficiência do trabalho preventivo. Ocorre, porém, que alguns entendidos pretendem balizar suas teorias através de controles de lacres feitos em postos de fiscalização, o que é irreal, haja vista que boa parte do pescado capturado de forma ilícita e predatória não passa pela fiscalização. As ações só terão sucesso quando o nível de conhecimento, a clareza dos objetivos e a experiência da equipe técnica, trabalhando com levantamento e estudos e monitorando os recursos pesqueiros, for aplicada. A proposta da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul tem essa preocupação. Parabéns pela matéria e pelo “O Eco”.