De Rafic Farah
Diretor conselheiro da Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
Caro Sr. Marcos
Estimar quanto esse novo porto irá incrementar em mão de obra, e impostos, seria fundamental neste instante. E fazermos a velha pergunta: por quê não beneficiamos nós mesmos esse minério?
Muito bem, se vão vencer essa batalha e, de fato construir esse terminal, qual acontrapartida ambiental ? Criar empregos não é contrapartida, afinal, qualquer fábrica precisa de mão de obra. Tão pouco a preservação de alguns hectares de mata. Isto o governo faz e, a sociedade civil pode.
Tudo indica que, o turismo e, eco-turismo, têm qualificado o povo da região. Vertem impostos e, vertem o dinheiro diretamente à mão dos assalariados. E nem de leve, começou. A Bahia ainda está sendo descoberta.
O porto de Santos, emprega 1.200 trabalhadores. Se plenamente automatizado, empregaria menos e baratearia a operação. Então esse porto do ferro, que não passa de um ferro-duto, não irá, como pensam, empregar mais que centena de pessoas. Apenas UM dos hotéis da região, emprega 500 pessoas.
Obrigado pela atenção.
Leia também
COP da Desertificação avança em financiamento, mas não consegue mecanismo contra secas
Reunião não teve acordo por arcabouço global e vinculante de medidas contra secas; participação de indígenas e financiamento bilionário a 80 países vulneráveis a secas foram aprovados →
Refinaria da Petrobras funciona há 40 dias sem licença para operação comercial
Inea diz que usina de processamento de gás natural (UPGN) no antigo Comperj ainda se encontra na fase de pré-operação, diferentemente do que anunciou a empresa →
Trilha que percorre os antigos caminhos dos Incas une história, conservação e arqueologia
Com 30 mil km que ligam seis países, a grande Rota dos Incas, ou Qapac Ñan, rememora um passado que ainda está presente na paisagem e cultura local →