Desde que comecei a me interessar por conservação ambiental, sempre fui da corrente que defende as unidades de proteção integral como o principal instrumento de política pública para o resguardo da biodiversidade. Nesse contexto, tenho concentrado meus estudos e visitas técnicas em Parques Nacionais, Reservas Biológicas e outras categorias afins. Recentemente, contudo, a paixão pelo mergulho levou-me a Arraial do Cabo (Rio de Janeiro), onde, desde 1996, existe uma Reserva Extrativista Marinha. Gostei do que vi e do que ouvi. Em dois mergulhos nas águas da Reserva nadei em meio a variada fauna marinha. Não fui fundo. Nas submersões no Oratório e na Escadinha do Costão não cheguei a passar dos 14 metros. Bastou. Se Arraial não é Bonaire (vide minha coluna O abc do desenvolvimento sustentável publicada aqui em OECO em 12/02/2009) , ainda assim há grande riqueza faunísitica. Arraias, moréias, baiacus, budiões e polvos são corriqueiros. Já as tartarugas são tantas, mas tantas, que depois de alguns minutos deixam de ser objeto de excitação dos mergulhadores.
Leia também
Transespinhaço: a trilha que está nascendo na única cordilheira do Brasil
Durante 50 dias e 740 quilômetros a pé, testei os caminhos da Transespinhaço em Minas Gerais, de olho nos desafios e oportunidades para esta jovem trilha de longo curso →
Indústria da carne age para distrair, atrasar e inviabilizar ação climática, diz relatório
Trabalho de organização europeia analisou 22 das maiores empresas de carne e laticínios em quatro continentes →
Amazônia é mais destruída pelo consumo nacional do que pelas exportações
Consumo e economias das grandes cidades do centro-sul são o principal acelerador do desmatamento da floresta equatorial →