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Ceará e a degradação à beira-mar

Até 1996, um passeio pelas dunas do Cumbe, vila no município de Aracati (CE), servia para admirar os manguezais da região. Hoje, o que se vê são fazendas de camarão abandonadas ao longo do litoral.

Redação ((o))eco ·
17 de setembro de 2008 · 17 anos atrás
Visão aérea de outra fazenda de camarão abandonada no Cumbe. Diferente das outras, ela foi aberta longe do mangue, o que exigiu uma drenagem das águas do rio Jaguaribe. (Foto: Felipe Lobo)
Visão aérea de outra fazenda de camarão abandonada no Cumbe. Diferente das outras, ela foi aberta longe do mangue, o que exigiu uma drenagem das águas do rio Jaguaribe. (Foto: Felipe Lobo)
Por mais que o impacto seja muito aparente, os empreendimentos também sabem ser invisíveis. Eles chegam, usam terrenos e recursos públicos e depois vão embora impunemente. Algumas de suas técnicas já são conhecidas, mas ainda não coibidas. “Desde 1997, os produtores fazem um esquema: bloqueiam o curso dos afluentes dos rios a partir do trecho que desejavam usar. Assim, sem a mistura de água salgada com doce, o mangue morria. Bastava eles dizerem que o ecossistema já estava acabado antes de eles chegarem e pronto, tinham o aval para colocar seus tanques”, finaliza João do Cumbe.

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