Consultor e professor emérito da Universidade Nacional Agrária de Lima, Peru. Foi chefe da Divisão Ambiental do Banco Interamericano de Desenvolvimento e fundador da ProNaturaleza.
Nos trópicos não há nações tão desenvolvidas como as que estão nas regiões temperadas. Não reconhecer isso, ajudou a criar por aqui uma agricultura altamente destrutiva. →
O erro dos governos é crer que quedas no desmatamento são grandes “obras” suas. Não faltam medidas e anúncios mirabolantes, mas a destruição das florestas tropicais continua. →
A injustiça na distribuição de prêmios na área ambiental é elevada. Os ambientalistas mais famosos, independentemente de seus méritos, são os que ocuparam postos políticos. →
Tentativa de explorar petróleo no parque Bahuaja-Sonene, no Peru, causa abalo no governo de Alan Garcia e pode prejudicar idéia de criar área protegida na divisa com o Brasil. →
É possível manter diversidade biológica até em monoculturas quando se usam medidas simples e baratas. Um exemplo é controle de pragas feito com falcões nas videiras do Peru. →
No Peru existem maravilhas por todas as partes. Mas poucos conhecem o esplendor das lomas costeiras, uma mancha que concentra umidade e diversas espécies em um ambiente seco. →
Não adianta apostar na sustentabilidade em tudo que se produz ou diz. Sem mudança na educação e no valor político, essa palavra não garantirá recursos naturais daqui a 50 anos. →
Em Jurere Internacional, o bairro mais chique da Ilha de Florianópolis, instalado em área de preservação permanente, amontoam-se casas e irregularidades. Faltam áreas verdes. →
Muitas das violações mais palpáveis da legislação são, na teoria, concessões aos mais pobres. Esse fato explica porque a questão ambiental anda tão mal na América Latina. →
Caso recente de peruanos que cortaram ilegalmente madeira do Brasil e a venderam até com selo verde mostra que legislação florestal é letra morta e planos de manejo utopia. →
