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17 de janeiro de 2005

O bicho responde II

De Claudio Cisne CidFaz tempo que não lia algo tão deliciosamente irônico e ao mesmo tempo profundo... era exatamente o que nós chimpanzés precisávamos para refletir a respeito de nossa "supremacia" e a forma com o qual tratamos o planeta que nos abriga. O homem-macaco precisa reinventar-se, buscar em suas raízes aquilo que têm de melhor e curvar-se com humildade perante os avisos que a natureza emite. Como um burro de viseiras, o homem-macaco prefere "reinventar a roda" ao invés de aprender com aqueles que partilham conosco este planeta, lições estas que um dia, nossos ancestrais souberam de cor.

Por Redação ((o))eco
17 de janeiro de 2005
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17 de janeiro de 2005

O bicho responde

De MarisaPessoal,Adorei a coluna de hoje (17.01) da Silvia Pilz. Aliás, tenho observado que ela foi uma excelente aquisição. Seus textos tem um humor e até um sarcasmo que nos tira da acomodação da leitura e nos envia a reflexão. Tenho gostado muito do que ela escreve. Parece que do mundo da publicidade também é possível descobrirmos vida inteligente, que aprofunda temas mesmo em textos curos como os que ela tem escrito. Assim é que se faz!!! Vamos valorizar o que há de bom no mercado. Um abraço,

Por Redação ((o))eco
17 de janeiro de 2005
Fotografia
14 de janeiro de 2005

O Poço

O rio Campo Belo nasce no planalto das Agulhas Negras e atravessa toda a parte baixa do Parque Nacional do Itatiaia, na descida até o Vale do...

14 de janeiro de 2005
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14 de janeiro de 2005

Vias de escalada

De Pedro P. de Lima-e-SilvaEngenheiro Ambiental, PhDServiço de Segurança Radiológica e AmbientalComissão Nacional de Energia NuclearSenhor,Lendo sua coluna atual, encontro um elogio ao sistema de gestão de vias "informal" de escalada. No entanto, há um problema sério envolvendo extamente essa questão, e trata-se exatamente da violação dos próprios alpinstas, incentivados pela própria FEMERJ, de leis e princípios estabelecidos há muito pelos antigos alpinistas precursores do esporte no país.Essa ameaça vem da cabeça de jovens inconseqüentes que se acham os "donos da pedra" e passam a estabelecer regras próprias e efêmeras para todos.Uma conquista não é apenas um feito memorável, é a abertura de um caminho nunca dantes traçado, ou pelo menos registrado, e assim é um feito que faz parte da história, que entra no princípio da proteção de um patrimônio natural e cultural, porque é história que se está fazendo ao conquistar uma nova via. Essa história está sendo degradada e destruída pelos novos escladores em nome de uma modernidade absurda. Imagine que destruamos o teatro Municipal porque achamos agora sua arquitetura "antiga eultrapassada".Imagine que destruamos as escadas do imperador do Pico da Tijuca, porque aquilo é "artificial e não condizendo com os modernos estilos de ecscalada".A FEMERJ e seus escaladores "modernos", por exemplo, detonaram o totem dacaminhada do Costão do Pão-de-Açúcar, aumentando muito seu grau dedificuldade, para reduzir o fluxo de excursionistas subindo a pedra, porqueeles acham que havia muita gente subindo e que isso estava degradando oambiente local. Em vez de procurarem as autoridades e buscarem umaregulação e controle do ambiente do Pão-de-Açúcar, simplesmente atacaramcom pés-de-cabra a área, e inventaram um laudo da Geo-Rio [um deles que éalpinista é também da Geo-Rio] alegando que as pedras "poderiam cair".Pedras podem cair sempre, isso é uma piada de mal gosto. Geógrafos egeólogos podem atestar o que falo, incluindo um engenheiro aqui da CNEN,uma das maiores autoridades do mundo em estruturas sobre rocha. Eu e outrosque passamos por ali toda semana, notamos como as pedras estavam maissólidas do que nunca. Alpinistas "antigos", como eu e muitos de meus amigosficamos estupefactos como pode um grupelho violentar a pedra daquela formaem nome de uma modernidade questionável, infringir leis de defesa dopatrimônio --o Pão-de-Açúcar é protegido pelo IPHAN-- e destruir em nome daproteçao ambiental. Parecem o Bush fazendo a guerra em nome da paz.O Morro da Babilônia está com sua vegetação de encosta praticamente toda destruída, vá escalar lá para ver por si próprio. Só depois de quecompletamente destruído foi que os "ambientalistas escaladores modernos" resolveram criar esse suposto movimento, porque só funciona na teoria já que é uma terra-sem-lei.Infelizmente a realidade das montanhas, e principalmente dos "escaladores modernos" é muito pior do que aquilo que você sugere. Procure a verdade por trás das falácias, e verá que os alpinistas hoje são a mais séria ameaça às nossas montanhas. Eu vi isso na Europa há muitos anos, e pensei que jamais veria isso em toda a minha vida no meu país.Mas a arrogância nos alcançou, também nessa área, que era, de fato, um oásis de bom senso.abs,

Por Redação ((o))eco
14 de janeiro de 2005
Notícias
5 de janeiro de 2005

Barra Grande na BBC

O impasse sobre a construção da hidrelétrica de Barra Grande, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, foi parar na imprensa internacional. A BBC News publicou uma matéria que enfatiza a briga judicial travada entre ambientalistas e a empresa responsável pela obra, a BAESA, sobre o direito de desmatar mais de 40 km2 de Mata Atlântica intacta. No relatório de impacto ambiental da Barragem, a vegetação da região foi descrita como de arvoredos esparsos e capoeiras. Um erro que soou como fraude e levou o caso para a justiça. No dia 22 de dezembro, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que impedia a derrubada, assinou um acordo com a BAESA e abriu o caminho para as motosserras em troca de indenização.

Por Redação ((o))eco
5 de janeiro de 2005
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3 de janeiro de 2005

Resposta: BAESA

De Carlos Alberto Bezerra de MirandaBAESA – Energética Barra Grande S.A. - Diretor SuperintendenteA construção da hidrelétrica Barra Grande: apelo ao bom sensoA participação de investidores da iniciativa privada em empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país é uma das atuais preocupações do governo brasileiro. A própria preocupação em viabilizar as Parcerias Público Privadas é uma prova disso. No setor energético, a atuação da iniciativa privada é fundamental, uma vez que o país conta com estes investimentos para a garantia do abastecimento de energia elétrica nos próximos anos.A BAESA, concessionária responsável pelo aproveitamento hidrelétrico de Barra Grande, tem conduzido a construção de uma usina hidrelétrica situada entre os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul com muita seriedade e responsabilidade. A empresa está comprometida com ações nos âmbitos social e ambiental que vão além de suas reais obrigações junto à comunidade local, sempre primando pelo desenvolvimento dos municípios atingidos. Os fatos comprovam que o trabalho realizado em Barra Grande vai muito além da atuação de empreiteiros, termo usado por este site para classificar a BAESA em matéria publicada no dia 23.12.2004, assinada por Lorenzo Aldé. Na mesma matéria é dito que eu, Carlos Miranda, Diretor Superintendente da BAESA, havia afirmado possuir estudos de viabilidade técnica sobre o enchimento parcial do reservatório. Quero esclarecer que, em momento nenhum, reconheci a existência de estudos nossos sobre o enchimento parcial do reservatório. O que afirmei desde o início, e também durante toda a reunião tentativa de conciliação promovida pelo Exmo Sr. Desembargador Wladimir Freitas, Presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, é que uma usina hidrelétrica é inteiramente projetada para operar com um determinado volume de água no reservatório, numa determinada altura de queda d’agua. As obras da barragem, no estágio em que se encontram, não possibilitam adaptações de forma a operar em cotas inferiores ao projeto de engenharia. Na verdade, a vegetação que se pretende preservar ocorre desde a cota do leito natural do rio até cotas bastante acima do nível final do reservatório.Se a operação da usina fosse realizada em uma cota inferior à projetada para o reservatório seria necessária a substituição total das máquinas de geração de energia elétrica, bem como o redimensionamento dos túneis de adução às máquinas, o que, do ponto de vista técnico é atualmente impossível. Operar com níveis inferiores ao projeto causaria problemas de operação nas turbinas, e enorme redução da produção da energia elétrica, inviabilizando técnica e economicamente o empreendimento . Em resumo, a Mata Atlântica de grande valor ambiental (araucárias inclusive), está em uma cota de alagamento tal que, para preservá-las, seria necessário demolir a usina já quase pronta e ali fazer uma PCH – Pequena Central Hidrelétrica, 30 vezes menor, em seu lugar. Essa opinião foi dada por engenheiros projetistas altamente especializados, consultados pela BAESA. Com base nesta informação, afirmei na citada reunião não ser necessário o dispêndio de tempo e recursos para a contratação de estudos que cheguem a essa conclusão. A BAESA assumiu uma série de compromissos para compensar o impacto que será causado ao meio ambiente. São ações de grande relevância, que contribuirão para melhorar ainda mais a preservação da Mata Atlântica existente no país. Tanto é verdade que, na própria citada reunião, consultados pelo Desembargador Wladimir Freitas, os ambientalistas presentes nada tiveram a acrescentar, ou a alterar, nas compensações ambientais já definidas pelo IBAMA e pelo MMA.Reconhecemos o valor da floresta que será alagada. Estamos conscientes do dano ambiental que será causado, embora menor que o alardeado pelos ambientalistas. As ONGs que entraram com ação civil contra Barra Grande parecem não ter compreendido plenamente as informações disponíveis sobre o real impacto ambiental causado pelo empreendimento. Sobrevoaram a região que dará origem ao lago da usina e concluíram que toda a vegetação do local será alagada, o que não é verdade. Não consideram nas fotografias e filmes mostrados a linha d’agua do rio Pelotas após o enchimento, induzindo ao erro de que tudo o que aparece será alagado.A Mata Atlântica de grande valor ambiental existe principalmente em apenas 5 (cinco) das 702 (setecentas e duas) propriedades adquiridas para formação do lago e área de preservação permanente. Todos na região sabem disso, assim como também sabem, desde o ano de 1988, que uma usina seria construída no local. O que nos causa estranheza é só agora terem as ONGs ambientalistas se manifestado a respeito, e não nas audiências públicas convocadas especificamente para tal fim.Estão acusando a BAESA indevidamente de fraude e nós não aceitamos essa hipótese.A BAESA venceu o leilão de concessão de Barra Grande após a conclusão do EIA/ RIMA realizado por terceiros, e solicitado pela ANEEL, e a licença ambiental prévia concedida. As araucárias, bem como a vegetação primária presente no local a ser alagado, foram descobertas somente quando a BAESA fez os estudos de mapeamento do uso e ocupação do solo, bem como o inventário florestal da região a ser desmatada. Este documento foi entregue ao IBAMA, que definiu uma série de ações compensatórias para a realização do corte de árvores. Todas as ações apresentadas foram assumidas pelas BAESA. Por conta da descoberta tardia de araucárias e mata primária na região, que reiteramos, nós informamos ao IBAMA, diversos e significativos ônus foram acrescentados ao empreendimento. É necessária uma análise ponderada deste assunto, para que não se corra o risco de que novos investimentos neste setor possam ser inibidos.Neste momento o dano passa a ser inevitável. O que precisa ser decidido é qual dano será causado. Ou é causado um prejuízo à parte das matas da região, ou não se finaliza o empreendimento. Se a usina não for terminada, será gerado um grande prejuízo aos empreendedores, dedutível do Imposto de Renda, que trará conseqüências à União e ao Brasil. Para preservar esta vegetação de grande valor ambiental a União terá um custo de, no mínimo, R$ 1 bilhão. Como estamos no país do FOME ZERO, retornemos todos ao bom senso.

Por Redação ((o))eco
3 de janeiro de 2005
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31 de dezembro de 2004

Erro no artigo

De Allison IshyJornalista socioambiental - Rede AguapéNo artigo "Promotores Tipo Exportação", de autoria de Rafael Corrêa, o local correto do núcleo das promotorias do Pantanal é "Bacia do Alto Paraguai" (BAP), e não Bacia do Alto Uruguai, um absurdo, já que se trata do Pantanal e a Bacia do Alto Paraguai abrange toda a planície alagável pantaneira (nos Estados de MS e MT), além de regiões de planalto, não alagáveis, inclusive com parte da Bolívia e Paraguai (mas não Uruguai!).Acho ótimo estimular através da mídia iniciativas como esta, que também tem dialogado com os atores da comunicação socioambiental e educação ambiental no Pantanal, além de Ongs, redes, governos e pesquisadores.Abraços,

Por Redação ((o))eco
31 de dezembro de 2004
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27 de dezembro de 2004

Bruaca

De Ney Emilio ClivatiHidreletrica de CorupáFinalmente estamos tornando a discussão sobre a pequena central hidreletrica algo tecnico e paramos com os "chutes" a esmo. A carta do Sr° Germano possibilita que possamos discutir com racionalidade o que a Aneel, o Ministerio da Minas e Energias e a Fatma determinam quanto à vazão de engolimento de uma PCH.A vazão de engolimento medio da PCH Bruaca é de 2,50 m“/s, o que não quer dizer que a usina estará retirando o tempo todo esta vazão. As PCHs se caracterizam por ter uma geração variavel. Podem estar gerando 12 MW em determinado momento como podem ficar paradas o dia inteiro. O que temos que nos conscientizar é que a geração média anual é de 8,50 MW, o que representa um engolimento de 2,50 m“/s. na média.Existe uma vazão minima regulada por lei, que a Aneel analisa, que a Fatma analisa e que a Agencia Nacional das Aguas analisa. Estes dados são para todo o Brasil, ou seja. Qualquer usina hidreletrica estará regulamentada por estas vazões minimas. Não somos da Corupá Energia que determinamos as vazões de engolimento e as vazões minimas sanitarias. Nós apenas cumprimos o que a legislação exige.Quanto ao retorno dos 28 milhões da obra que tanto preocupa o missivista podemos tranquiliza-lo. Se a usina der prejuizo nós que estamos fazendo o empreendimento é que arcaremos com o mesmo. O dinheiro do contribuinte não servirá para cobrir os possiveis rombos. O nosso patrimonio é que garantirá o empreendimento. Quanto à vazão sanitaria o senhor está corrreto. Só podemos retirar do rio 20% da vazão de estiagem. Quando não tivermos estas vazões a usina estará parada, sem geraçao.Quanto ao meu pequeno engano em relação às vazões, tenho a dizer que os dados das vazões são dados oficiais e não estamos enganando a Aneel ou qualquer outro orgão. Estamos usando dados do Governo Federal. Se alguem tem que ser acusado de falsificar ou burlar dados hidrologicos não somos nós. Tambem em nenhum momento eu disse que a vazão de estiagem é de 2,50 m“/s. , o que eu disse é que a vazão de engolimento médio é de 2,50 m“/s. O que é completamente diferente.O nosso levantamento hidrologico está correto. O Senhor Germano em nenhum momento citou as bacias de contribuição a que se refere. Nós temos todas as bacias de contribuição a jusante do nosso inventario. A bacia do Rio Novo, do Rio Correias, Do ribeirão Vermelho e do Bruaca. Com dados tão precisos que a Aneel confirmou o estudo hidrologico. Afirmar que vamos "secar" a cachoeira da Bruaca é agir imtempestivamente motivado pelo sentimento de ser contra. Os dados tecnicos não mentem. A Aneel não mente. A Fatma não mente. A ANA não mente. O Ministério das Minas e Energia não mente.Obrigado.

Por Redação ((o))eco
27 de dezembro de 2004