O melhor de 2004
A redação olhou para os cinco meses de vida de O Eco neste final de ano e selecionou as melhores reportagens e colunas publicadas. Vale à pena ler de novo. →
A redação olhou para os cinco meses de vida de O Eco neste final de ano e selecionou as melhores reportagens e colunas publicadas. Vale à pena ler de novo. →
No iníco de outubro, decidindo sobre ação iniciada pelo Ministério Público para retirar cerca de 400 famílias que ocuparam irregularmente as margens do Rio Piabanha, em Petrópolis, Estado do Rio, o juiz Ronald Pietre decidiu que seria cruel a retirada dos invasores. Não se sensibilizou nem com os argumentos de que a medida visava protegê-los, já que moram em área de altíssimo risco. Agora foi a vez da natureza dar a sua sentença. As recentes chuvas que caíram sobre a cidade deixaram as casas construídas irregularmente debaixo d’água. Definitivamente, ela preferia que os invasores não estivessem nas margens do Piabanha. →
Depois da audiência pública que apresentou à população de Altamira, no Pará, os planos para a criação de unidades de conservação na Terra do Meio, zona do estado que está sendo devastada pelo desmatamento e pela grilagem de terras, representantes de pecuaristas procuraram o pessoal do Ibama. Disseram-se descontentes com a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Verde para Sempre, criada pelo governo federal em novembro. Pediram que a medida fosse revista. →
De Germano Woehl Jr.Instituto Rã-bugioGuaramirim, SCNa carta dirigida ao jornalista Marcos Sá Correa da Associação “O ECO” (publicada abaixo), o eng. Ney Emilio Clivati fornece evidências de que vão realmente secar a cachoeira da Bruaca (a única maneira de viabilizar o investimento de R$ 27 milhões).O eng. Ney Clivati comete um “pequeno engano” ao apresentar os números da vazão mínima (vazão em período de estiagem) e média, é um erro pequeno, que eu estimo ser por um fator de 10 a 15 vezes, só isso. Claro que no suposto pedido de licenciamento para a ANEEL foram fornecidos os dados corretos (da vazão do rio Bruacas), o que nos tranqüiliza, uma vez que o órgão só pode autorizar o empreendimento se for desviado no máximo 20% da vazão de estiagem (vazão mínima) do rio – e tão pouca água torna inviável um investimento de R$ 27 milhões. Em anexo está a planilha publicada em 1997, na pág. 79 do Atlas da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SDM), intitulado “Bacias Hidrográficas do Estado de Santa Catarina – Diagnóstico Geral”. Neste Atlas consta que para o rio Itapocu, em Corupá, a vazão de estiagem é de 3,05 m3/seg (metros cúbicos por segundo). Ora, o rio Bruacas é apenas um dos afluentes do Itapocu contribuindo com 10% a 20%, no máximo, do seu volume, e o eng. Ney Clivati diz que a vazão de estiagem do rio Bruaca é 2,5 m3/seg (acima da cachoeira)! Ou seja, ele quer que a comunidade acredite que o rio Bruacas contribui com 82% da água do Itapocu! Quem já passeou pela área rural de Corupá e observou os vários rios cortados pelas estradas deve facilmente perceber que o número informado não bate.Uma vazão (ou fluxo) de 3 m3/seg, significa uma coluna de água medindo 3x1x1 metros se deslocando num tempo de um segundo, que pode também ser imaginado como o volume (de água) contido em 3 caixas d´água de 1 mil litros cada, dispostas lado a lado, sendo derramadas em 1 segundo, num picar de olhos.Em Jaraguá do Sul, de acordo com o atlas da SDM, a vazão em período de estiagem do Itapocu é de 17,56 m3/seg, isso após receber a contribuição rio Ano Bom, Humbolt, Pedra D’Amolar, dentre outros. Vazão esta que representa a água contida em dezessete caixas e meia de 1000 litros derramadas em 1 segundo. É muita água, não é mesmo? Pois é, o sr. Ney Clivati afirma que a vazão MÉDIA (mensal) do rio Bruacas é de 19,26 m3/seg! Um outro exemplo: supondo uma piscina medindo 6x4x1,5 m, com capacidade para conter 30 m3 (30 mil litros) de água; agora, imaginem essa água sendo despejada durante um segundo, num piscar de olhos! Isso deve dar idéia do que significa a vazão MÉDIA (MENSAL!), de 19,26 m3/seg que eles estimaram para o rio Bruacas. É muita água para o rio Bruacas! Eu conheço bem o rio Bruacas e posso garantir que ele não tem essa vazão média - e nem a vazão mínima de 2,5 m3/seg -, de jeito nenhum, e não precisa ser especialista para verificar isso. →
De Margaret Klug HahnQuero parabenizá-los pela reportagem que li no Jornal Absoluto - Edição 14/12/04 em defesa da nossa cachoeira que há tantos anos faz parte do Cartão Postal da cidade de Corupá e também sempre que me chama a atenção quando entro na cidade. Estou muito sensibilizada e desde ontem venho tentando achar um meio de evitar este desastre ecológico que ronda a nossa querida cachoeira Broaca.Gostaría de oferecer no que for possível a minha ajuda para que isto não aconteça. Sou defensora da natureza e estou muito triste que pessoas só pensam em tirar proveito do progresso destruíndo o que há de mais bonito.Atenciosamente, →
Morto há 8 anos, o escritor Carmo Bernardes ainda é pouco conhecido fora de Goiás. Sua obra fala de um Brasil que está sendo varrido do mapa: o do Cerrado →
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, às vésperas de sua partida para Buenos Aires, ainda consultava gente ligada à área ambiental tentando descobrir o que iria dizer na Conferência. →
A decisão final sobre o mosaico de Unidades de Conservação do Sul do Amazonas sai antes do Natal. A reunião da última segunda-feira em Manaus entre o Ibama e o Governo do Amazonas selou acordo sobre os limites das Unidades que comporão o mosaico. O Parque de Juruena cresceu. A Floresta Estadual diminuiu. Falta definir se o Parque terá controle estadual ou federal. É coisa para a próxima semana. →