O grilo
O grilo é um Pycnosarcus atavus, um inseto inofensivo de aparência feroz, que parece feito sob medida para a coluna de Maria Tereza Pádua sobre os... →
O grilo é um Pycnosarcus atavus, um inseto inofensivo de aparência feroz, que parece feito sob medida para a coluna de Maria Tereza Pádua sobre os... →
Consórcio responsável pela Hidrelétrica de Barra Grande manda mensagem a O Eco respondendo às notícias sobre o processo fraudulento de licença ambiental. →
De Germano Woehl Jr. Coordenador de Projetos Instituto Rã-bugio para Conservação da BiodiversidadeAo contrário do que afirma a reportagem, a nova lei da mata Atlântica, se aprovada, será um grande retrocesso; será o golpe de misericórdia nos últimos fragmentos de floresta. Teremos uma extinção em massa do que sobrou da nossa biodiversidade, que ficará para a história. Quando foi aprovada na Câmara, no ano passado, alguns órgãos de imprensa, como o Jornal do Brasil, observaram os aspectos nefastos dessa nova lei. A lei atual é muito mais rigorosa, clara, objetiva e muito simples de fiscalizar. Na nova lei, a proteção dos remanescentes fica condicionada a aspectos completamente subjetivos, que tornará praticamente impossível a punição dos infratores. O cidadão comum estará impossibilitado de encaminhar uma denúncia de desmatamento (como é que ele vai saber que ali vive uma espécie de grilo ameaçado de extinção ou se ali é um “corredor ecológico”?).É uma total insanidade liberar os desmatamentos em propriedades com área menor de 50 hectares para quem a lei define como “pequenos produtores rurais”. Nem é preciso muita criatividade para qualquer proprietário usar essa brecha e desmatar extensas áreas. Abrir uma brecha desse tamanho para conceder um falso benefício a uma minoria da população brasileira não faz o menor sentido. No último senso do IBGE, a população rural do Brasil (que vive da agricultura) é menor do que 10%. No domínio da mata Atlântica, essa população (que vive exclusivamente da agricultura) é bem menor e praticamente já destruiu integralmente a mata Atlântica de suas propriedades, de modo que a nova lei vai beneficiar investidores que vivem nas áreas urbanas, que vão se transformar em NEO-PEQUENOS-AGRICULTORES e aniquilar os últimos bichos que lutam para sobreviver nos minguados fragmentos dos ecossistemas.Outro absurdo é conceder para os estados o poder de autorizar os desmatamentos de florestas em estágio médio de regeneração. Se hoje, podendo decidir sobre o estágio inicial, já fazem essa farra (classificam florestas intactas como capoeira e ignoram totalmente as áreas de preservação permanente), imaginem o que não farão com essa nova lei em vigor (será muito fácil, por exemplo, convencer um juiz de que a definição entre estágio médio e avançado é um tanto confusa e escapar de eventuais punições).Um aspecto muito curioso do texto da nova lei é o fato de entrar em detalhes sobre a comercialização de mudinhas de árvores, como se a mata Atlântica fosse constituída apenas de árvores, ignorando outras milhares de espécies de plantas – e animais. É muito esquisito a lei se ater a esse nível de detalhamento - para um aspecto totalmente irrelevante - e deixar, por exemplo, de se preocupar com as peculiaridades das espécies da fauna e flora que ocupam vários nichos ecológicos dentro dos ecossistemas.Ao permitir a destruição do sub-bosque, para implementação de projetos agro-florestais nos últimos fragmentos de mata Atlântica, a nova lei também condena à extinção mais da metade das espécies de pássaros e a maioria dos pequenos vertebrados, que dependem desse nicho ecológico (“nicho ecológico” não é “lixo ecológico”, como acham os que propuseram esse absurdo na lei).Ter a pretensão de proteger a mata Atlântica com essa nova lei, onde tudo é permitido, é o mesmo que a sociedade liberar os assaltos às residências como medida para reduzir esse tipo de crime. Aliás, no caso da mata Atlântica, a situação é muito mais grave: ela está quase extinta! A sociedade precisa ser conscientizada que as áreas remanescentes já estão muito raras e todo o esforço precisa ser empreendido para que a integridade dessas áreas seja preservada. Estas áreas remanescentes devem ser prioritariamente destinadas a servirem como fonte de vida, para que as gerações futuras tenham condições de recuperar o que destruímos, e não como fonte de renda, para beneficiar poucos e inviabilizar a vida de milhares de organismos, que inclui nossa espécie. →
De Lilian Zamboni - BrasíliaSenhor Editor:Já ficou demodê falar das crianças da cidade que não conhecem um pedaço de terra, uma plantação, uma criação de animal... E se assustam quando vêem aquele animal de dois pés, cheio de penas, a bicar o chão... Mas não é nem um pouco fora de moda falar do medo do mato, tanto tratando-se de adultos quanto de crianças... Preocupa-me principalmente quando isso ocorre junto a crianças e jovens, que, a permanecer a toada, vão crescer sem a chance de conhecerem o que é que o mato tem. E, quiçá, sem a consciência ecológica que deveriam adquirir desde cedo. A coluna da Maria Tereza desta semana trata, portanto, de um tema que deveria estar presente em todo planejamento escolar sério e compromissado com a educação ambiental. Bom seria se a coluna pudesse ser lida em toda escola e divulgada junto ao maior número possível de professores e agentes de educação! Parabéns à Maria Tereza por ter trazido à baila, de forma tão cativante, tema que serve ao mesmo tempo de alerta e de orientação para muitos pais e professores. →
Entre os dias 22 e 25 de novembro , cerca de 10 mil agricultores participarão em Brasília da Conferência Nacional de Terra e Água, organizada pela CNBB. Leonardo Boff estará presente no primeiro dia falando sobre “Sonhos e lutas para a construção de uma sociedade pluri-étnica, justa e sustentável”, e a maioria das demais palestras contará com a presença de integrantes de diferentes ministérios. Entre eles o do Desenvolvimento Agrário, do Meio Ambiente, das Minas e Energia e da Casa Civil. →
A prefeitura de Guaramirim, município localizado a 35km de Joinville, autorizou o corte de árvores centenárias em uma área de Mata Atlântica primária. O desmatamento está acontecendo dentro de uma propriedade particular, mas por lei não poderia. Segundo o físico Germano Woehl Jr.,que comanda a Ong Rã-Bugio para Conservação da Biodiversidade a prefeitura tem direito de emitir licenças para a exploração de terras de vegetação rasteira, mas não de mata nativa. Normalmente esse direito é concedido a agricultores, mas neste caso as árvores estão sendo derrubadas para alimentarem uma madeireira local. Os moradores afirmam que uma estrada foi aberta em plena mata com uso de trator-de-esteira, causando dano à floresta. Sexta-feira, dia 5, moradores denunciaram o desmatamento à Polícia Ambiental de Joinville, mas o proprietário impediu qualquer ação ao mostrar a autorização da prefeitura para o abate. O caso foi denunciado então para o Ministério Público Federal. →
A Fundação SOS Mata Atlântica fez um levantamento inédito de projetos de leis e outros instrumentos do legislativo relacionados ao meio ambiente e levará a compilação ao Congresso Nacional na terça-feira, dia 9 de novembro. A finalidade desse material, batizado de Observatório Parlamentar Mata Atlântica, é servir como ferramenta de fiscalização para a sociedade. Um dos exemplos mais marcantes é o projeto de lei da Mata Atlântica. Apresentado em 1992, o documento possui mais de 30 propostas de modificação no Senado. A íntegra do levantamento estará disponível no site da fundação a partir de terça-feira, 9 de novembro. →
Os alpinistas do Rio vão se reunir no dia 10 de novembro para comemorar os 50 anos da conquista da Chaminé Galloti, a 4ª via de acesso ao cume do Pão de Açúcar. O caminho é um dos mais famosos da cidade, principalmente pela história macabra que o cerca. Durante a tentativa de se chegar ao cume, um grupo de excursionistas encontrou o corpo de um homem mumificado preso às pedras. Até hoje não se descobriu a identidade do cadáver, que ficou conhecido como a múmia da Gallotti. O aniversário da via será comemorado com palestras dos conquistadores e com a exibição do material usado na excursão. Haverá também uma sessão do filme Cinqüentona Gallotti, vencedor do I Festival de Filmes de Montanha do Rio. A festa será às 19h no Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB, que fica na Rua do Pinheiro, número 10, Largo do Machado. →
Em São Paulo, acontecerá no dia 19 de novembro um debate público sobre Mudanças Climáticas. Os assuntos vão variar desde mercado de carbono a uma proposta de Política Nacional de Mudança do Clima. Foram convidados acadêmicos, representantes do setor privado, do governo e de organizações da sociedade civil. O encontro está marcado para as 9h no auditório da FGV – EAESP (Av. 9 de Julho, 2029). →
De Marcia SeixasPrezados Todos, Meu nome é Marcia Seixas, bióloga, e fiquei muito feliz ao tomar conhecimento deste site através do Boletim mensal dos Amigos do Jardim Botânico. Realmente adorei, e desejo a todos muita prosperidade em todas as abordagens e desafios. Parabéns. →