Análises
4 de agosto de 2004

Adeus à floresta de araucárias

From: "Germano Woehl Jr." To: "Marcos Sá Corrêa" Sent: Saturday, July 31, 2004 7:03 PMSubject: Adeus à floresta de araucáriasMesmo restando (tanto no Paraná como em Santa Catarina) menos de 0,7% do que foi nossa majestosa floresta de araucárias, sua destruição continua ocorrendo de forma impiedosa e em ritmo acelerado, devido às exportações de soja para a China. Nada é capaz de deter a fúria destruidora do homem em busca da riqueza fácil e imediata. Que se danem as gerações futuras! O importante é o lucro fabuloso da venda da soja para a China, por mais um ou dois anos, quem sabe. A árvore araucária deverá ainda fazer parte do planeta por mais algumas décadas, séculos talvez, mas o ecossistema "floresta de araucárias", que abriga uma fabulosa fauna e flora, tem seus dias contados. Daí vocês podem deduzir que plantar algumas mudinhas de araucária tem pouco efeito prático (do ponto de vista da conservação da natureza), talvez ela tenha sido a árvore mais plantada pelo homem até hoje, no Brasil, e cadê a floresta? Como árvore isolada ou em monocultivo, a tendência é desaparecer também, mas vai demorar um pouco mais.Vejam na foto anexada como é triste o cenário de destruição de uma floresta de araucária que foi derrubada recente em Itaiópolis, SC (Distrito de Itaió). Numa floresta dessas, considerando só os animais vertebrados, deveriam existir algumas centenas de rãzinhas (que tiveram morte instantânea, esmagadas pelo trator-de-esteira), répteis, mamíferos e pássaros, como a ameaçadíssima gralha-azul, que depende dos frutos da araucária para sobreviver, o pinhão. Imaginem o que gralha-azul vai sentir quando estiver faminta e procurar por esta e outras araucárias próximas (estudos revelam que os animais mapeiam em seu cérebro as fontes de comida).Germano Woehl Jr.www.ra-bugio.org.brGuaramirim, SC

Por Redação ((o))eco
4 de agosto de 2004
Notícias
4 de agosto de 2004

Não é bem assim

Da caixa postal: Na última a semana de junho a comunidade científica brasileira resolveu comprar briga com um funcionário da Receita Federal no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Alegando que as amostras de arraias africanas trazidas por pesquisador brasileiro para o país não tinham a documentação necessária para entrar no país, jogou todas elas no incinerador. Os cientistas ficaram indignados. Em carta aos ministros da Ciência e Tecnologia, Agricultura, Meio ambiente e Justiça, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência chamou o servidor que decidiu tocar fogo nas amostras de obscurantista e acusou a burocracia federal de querer impedir o desenvolvimento científico no Brasil. Tem gente no entanto achando que os doutores estão exagerando. Dizem que o funcionário apenas cumpriu com seu dever e que as restrições à importação e exportação de material biológico, antes de atrapalharem a pesquisa, ajudam a impedir a biopirataria e o tráfico de espécies. Acusam os medalhões da ciência brasileira de quererem fazer pesquisa no Brasil com material estrangeiro trazido em suas malas.

Por Redação ((o))eco
4 de agosto de 2004
Notícias
4 de agosto de 2004

Adeus às araucárias

Da caixa postal: No dia 28 do mês passado, enquanto o Ibama multava os proprietários de duas áreas no município de Candoi, no Paraná, em R$ 283 mil por terem desmatado irregularmente 145 hectares de terra, a derrubada de árvores corria solta à centenas de quilômetros dali, no município de Itaiópolis, Santa Catarina. O alvo era uma floresta de Araucárias – as mesmas árvores que em sua maioria tombaram em Candoi. Estava sendo arrancada do chão com o auxílio de tratores-esteira. George Wolheim Jr fotografou a área de mato destruída em Santa Catarina e enviou a redação de O Eco mensagem onde diz que o Brasil está prestes à se despedir de um de seus mais importantes ecossistemas: o da floresta de araucárias. Hoje, nos resta apenas 0.7% do que ela foi um dia.  

Por Redação ((o))eco
4 de agosto de 2004
Notícias
4 de agosto de 2004

Conversa

A Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib) está discutindo com técnicos do ministério do Meio Ambiente maneiras de tornar mais rápido o processo de licenciamento ambiental de obras de grande porte no Brasil. Já fez várias propostas. Sugeriu, por exemplo, criar cadastro na Internet com o nome organismos e consultores considerados referência

Por Redação ((o))eco
4 de agosto de 2004
Notícias
4 de agosto de 2004

Use o Eco

Publicações brasileiras que desejarem comprar os direitos de uso de reportagens, colunas, notas ou imagens de O Eco deverão entrar em contato...

Por Redação ((o))eco
4 de agosto de 2004