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16 de julho de 2007

Terras disponíveis

Em todo o mundo, as comunidades detém 11% das florestas nativas, ou cerca de 300 milhões de hectares. A expectativa da ITTO é de que em 2050, essa parcela chegue a 50%.

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16 de julho de 2007
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16 de julho de 2007

Discurso no Senado

Senado Federal Sessão On-line – Discursos Sessão : Nº 113 - Deliberativa Ordinária - SF em 11/07/2007 às 14:00h 'O SR. GERSON CAMATA (PMDB - ES. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - "Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, (...) Mas quero falar hoje sobre um assunto que tem preocupado a mim e ao Estado do Espírito Santo, que é o problema dos quilombolas. O jornalista Marcos Sá Corrêa escreveu, outro dia, um artigo no Estadão muito interessante. Ele disse o seguinte: "Nenhum brasileiro precisa ir muito longe para encontrar um quilombo nascendo, com selo oficial, praticamente na esquina de casa. Se alguma coisa está acontecendo pela-primeira-vez-na-história-deste-país ou mesmo deste planeta é que, 120 anos depois da Lei Áurea, o Brasil produz quilombolas como nunca". O Presidente da República assinou um decreto, mas o Partido de V. Exª, Senador Marco Maciel, entrou com uma ação no Supremo, porque, pelo que entendem os juristas, o Presidente da República não pode regulamentar um artigo da Constituição. Sua Excelência pode regulamentar uma lei, mas artigo da Constituição só pode ser regulamentado por lei complementar do Congresso Nacional. É o Congresso que pode regulamentar um artigo da Constituição. O Presidente Fernando Henrique incorreu neste erro: regulamentou um artigo da Constituição. O Presidente Lula cancelou a regulamentação do Presidente Fernando Henrique. E o fez bem. Só que aí fez pior: regulamentou um artigo da Constituição também. “Clique aqui para ler esta carta na íntegra”

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16 de julho de 2007
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16 de julho de 2007

Problema em dobro

Um artigo publicado no Financial Times diz que são duas as crises energéticas que afetam o planeta. A primeira diz respeito à disputa pelos recursos naturais entre os países de maior economia, o que gera uma corrida pelo controle cada vez mais maior sobre a produção de petróleo. Já a segunda (que contradição) exige uma cooperação internacional para solucionar o problema da mudança no clima: a redução considerável da dependência dos países em relação aos hidrocarbonetos. A questão, no entanto, parece ter um longo caminho pela frente. Na década de 70, o presidente americano Nixon, alarmado pela crise do “ouro negro”, disse que os EUA teriam 20% de sua demanda energética supridas pelo sol até o ano 2000. Hoje, a energia adquirida do astro maior cuida de menos de 1% das necessidades norte-americanas. O Valor também veiculou a análise.

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16 de julho de 2007
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16 de julho de 2007

Na pele

A população de Tuvalu, uma pequena nação de nove ilhas e atóis no Pacífico Sul, não precisa da confirmação de nenhum relatório científico para acreditar que as mudanças climáticas são realidade. O evidente acréscimo no nível do mar e o desaparecimento de praias está por toda a parte e o país pode desaparecer inteiramente em poucas décadas. É o que diz a reportagem de capa da edição de hoje do jornal inglês The Independent. Quatro mil habitantes das ilhas emigraram até agora devido ao problema e muitos dos 10.500 remanescentes têm vontade de fazer o mesmo. A capital Funafuti, por exemplo, observa um aumento de 5,6 milímetros no nível das águas, o dobro dos números previstos pelo IPCC. A triste situação leva a diretora de uma escola primária, Temu Hauma, a incentivar a mudança de seus alunos para outras terras e gera críticas do secretário de meio ambiente do país, Enate Evi, à Comunidade Internacional. “Eles nunca escutam quando pedimos ajuda”, diz.

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16 de julho de 2007
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16 de julho de 2007

Urgência

Reportagem da Folha de S. Paulo volta ao tema de que pelo menos 25% dos cientistas brasileiros correm o risco de serem presos. Tudo por conta de uma medida provisória que regulamenta o acesso à biodiversidade, e acaba por criminalizar a atividade de coleta de espécies vegetais e animais. O especialista em formigas Carlos Brandão, da USP, diz que a medida os constrange. Certa vez ele não obteve licença de coleta por não ter conseguido provar que os insetos não ficariam estressados em seu laboratório. O problema, que o governo parecia ter resolvido com um sistema informatizado de licenciamento de coletas (o Sisbio), foi pauta da reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Belém. Os cientistas não estão nada satisfeitos. O único representante do governo presente era Roberto Lorena, do Ministério da Agricultura. Segundo ele, será preciso esperar ao menos cinco anos para que Congresso Nacional receba um futuro projeto de lei que ponha um fim à questão.

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16 de julho de 2007
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16 de julho de 2007

Coleguismo

O mesmo jornal noticia que a SBPC estuda ajudar oficialmente o especialista em macacos Marc von Roosmalen, preso em Manaus acusado de manter macacos em cativeiro sem autorização e desviar do dinheiro público. Ennio Candotti, ex-presidente da SBPC, diz que o cientista é “uma pessoa excêntrica” e “um pouco avessa às normas burocráticas”. "Mas até aí, ele ser preso e ter que pagar uma multa é um exagero muito grande", disse.

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16 de julho de 2007
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Limitação

Em notícia do Estado de S. Paulo, o coordenador de licenciamento de projetos de produção de petróleo do Ibama, Guilherme Carvalho, critica a legislação ambiental por considerar apenas os impactos locais dos empreendimentos petrolíferos e não olhar para impactos globais, como o efeito estufa. Estudos do GGFR, programa para a Redução Global de Queima de Gás do Banco Mundial, estimam que o volume de emissões de CO2 pela queima ou venteio de gás seja maior do que a possível redução de emissões provocada pelos projetos em andamento no âmbito do Protocolo de Kyoto. Rússia, Nigéria e Angola são os países que mais preocupam. A Petrobrás garantiu ao jornal que cumpre a maior parte das normas do programa.

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16 de julho de 2007
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16 de julho de 2007

Futuro

A queima de gás natural durante a extração do petróleo é alvo de críticas desde que a questão do aquecimento global tomou fôlego. O National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), um órgão do governo norte-americano, estima que 168 bilhões de metros cúbicos de gás tenham sido queimados desta forma só em 2006 – o equivalente a 27% do consumo total de gás nos Estados Unidos. Segundo reportagem da New Scientist o aumento de preços do gás pode fazer com que a prática diminua em pouco tempo.

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16 de julho de 2007
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16 de julho de 2007

De roupa nova

A página do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que traz informações sobre queimadas no Brasil não é mais a mesma. Está passando por aperfeiçoamentos que a deixam mais atrativa para internautas e jornalistas, responsáveis pelo maior número de cliques no site. De acordo com o Inpe, nenhum serviço novo foi incluído. A diferença é que a página está mais bonita e fácil de ser compreendida.

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16 de julho de 2007
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Em defesa do quilombo de Santo Antônio do Guaporé

De Pe. Josep Iborra Plans, zezinho Missionário Claretiano. Pastoral Fluvial da Diocese de Guajará Mirim. Membro da Coordenação Colegiada da CPT-RO. Lamentável a publicação dos artigos no site de O Eco de Andréia Fanzeres: "Quilombo até embaixo d´água", e de Marcos Sá Corrêa: "Nem a escravidão fez tanto quilombolo". vindo a juntar-se a outros ataques orquestrados no país contra a demarcação de territórios quilombolas, e contra o louvável esforço de parte do governo para fazer cumprir o direito constitucional desta minoria Especialmente estou muito sentido e dolorido pelo ataque de forma injusta ao pequeno grupo de famílias de Santo Antônio do Guaporé, que atendo pelo serviço pastoral da Diocese de Guajará Mirim, durante anos perseguido e injustiçado pela criação da Reserva Biológica (Rebio) do Guaporé dentro do seu território tradicional. Se o Sr. Marcos Sá Corrêa é historiador, ele deveria se informar melhor das raízes, documentadas historicamente, da ocupação quilombola do Vale do Guaporé, começando pelas minas de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso, pela construção do Forte Príncipe da Beira, passando pelo Quilombo do Piolho, atacado diversas vezes pelos portugueses, e pelo posterior abandono da região pelo homem branco. Tudo isso faz dos indígenas e quilombolas do Vale do Guaporé os mais antigos e legítimos moradores da região. “Clique aqui para ler esta carta na íntegra” Nota da Redação: A reportagem “Quilombo até embaixo d´água” ,de Andreia Fanzeres, e a coluna de Marcos Sá Correa “Nem a escravidão fez tanto quilombo” não questionam a autenticidade histórica do quilombo de Guaporé e, sim, discutem a lógica de conceder às 17 famílias que lá vivem 86 mil hectares de terras públicas bem conservadas.

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16 de julho de 2007