A cartilha da Baesa

De João Guilherme LacerdaMarcos,Só rindo para não chorar é o mínimo. E nessa linha de raciocínio, penso o mesmo da nova publicidade da Petrobras com um diesel que vai deixar o ar "mais limpo", poderiam ao menos ser sinceros e usar o termo "menos sujo".Abs,

Por Redação ((o))eco
6 de junho de 2005

Cenário de romance e devastação

De J. Bernardo Quantas maravilhas (apesar das degradações) você nos transmitiu através do seu artigo "Cenário de romance e devastação", publicado no O Eco em 29/05/2005.Foi como se eu enveredasse por novas trilhas descobrindo lugares surpreendentes. Quando caminho pela Floresta da Tijuca fico a imaginar o imensurável trabalho e dedicação que foi empreendido para que hoje, no coração do Rio de Janeiro, exista uma floresta com riachos, cascatas e mirantes.v Através do artigo, fui ainda mais longe, chegando ao Central Park em Nova Iorque e ao Bois de Boulogne em Paris. Fico imaginando o que aconteceria se os prefeitos dessas cidades resolvessem abandonar as moscas esses patrimônios, como o que está ocorrendo aqui na nossa Cidade Maravilhosa.Ainda não li o romance Paulo e Virgínia que Bernardin de St. Pierre escreveu inspirado nas maravilhas que vivenciou na Ilha Maurício, mas fiquei louco por encontrá-lo. Ainda mais sabendo que foi inspiração para que o Visconde do Bom Retiro tomasse providências para tornar as áreas urbanas mais naturais. Pena que não poderei me saciar do exemplar que será doado ao Parque, já que não domino o idioma em que foi escrito.Por certo, a Floresta da Tijuca tem histórias sensacionais que poderiam render um belo romance, tanto que tem até uma gruta com o nome Paulo e Virgínia. Minha desinformação não me permitia fazer idéia do verdadeiro motivo do nome. Na próxima passagem pela gruta certamente terá uma outra significação.Mais chocante ainda, foi que além do reflorestamento do Maciço da Tijuca, você descobriu a origem da primeira palmeira plantada por D. João VI no Jardim Botânico. Você é sensacional!!! Não vejo a hora de ler seu próximo livro. Aguardo mais preciosidades como esta. Você merece o cargo de Ministro do Meio Ambiente. Obrigado por mais essa preciosidade que guardo em meus arquivos, na pasta: "Caminhos do Pedro".

Por Redação ((o))eco
3 de junho de 2005

A semana já é do Paraná

Oi Marcos,Muito boa esta matéria. O Requião chutou mesmo o balde. Tomara que ele dê contade implantar tudo isso.Na questão das UCs, ela já tem sido ótimo, Foi o único a dar uma lição de moral diasatrás nos setores que acham que ainda precisam dos últimos 2% da floresta dearaucária para "desenvolver" a região.Um beijo,Miriam.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2005

A bancada anti-araucária

De Dornelis BenatoPrezado Sr. Marcos Sá CorrêaRecebi um texto com sua assinatura de 06.05.2005 sobre “A bancada anti-araucária” e gostaria de fazer alguns comentários pertinentes e necessários.Primeiro: Penso que esteja faltando algumas informações históricas de sua parte quanto à extração da madeira de araucária. Quem incentivou a extração foi o próprio Governo e não simplesmente alguns madeireiros gananciosos e não foi para fazer caixotes. O Brasil se beneficiou nos impostos da madeira exportada e com beneplácito do próprio Governo. Isto desde quando o Rei Dom João veio para o Brasil. Foi o Governo que incentivou a vinda dos imigrantes para colonizar o Sul. Eles, os imigrantes, tinham de derrubar os pinheiros para construírem as próprias casas e cortando as tábuas no braço, pois na época não havia serrarias e o Governo não oferecia as mínimas condições. As araucárias construíram muitas casas dos novos colonizadores, e essas casas não são caixotes. A tua afirmação: “quando os madeireiros decidiram que sua madeira dava excelentes caixotes”, soa pejorativa e desperta ira. Mas ninguém é obrigado a conhecer tudo, bem como não somos obrigados a nos calar quando somos ofendidos. E não sou madeireiro e nunca fui e não tenho parentes na área, mas vivi muitos anos em casa de madeira. Conclusão: as araucárias foram cortadas para exportar as tábuas para os países que tinham falta delas e para construir as casas e com os refugos se construía também caixotes. Contudo, sei de uma grande empresa que ainda tem licença para cortar uma certa reserva de araucárias para fazer palitos de dentes. Isto também me indigna e me desperta ira. Não posso fazer nada, pois acima de mim há muitos outros com autoridade e eu tenho de me calar.Segundo: Quem está sustentando esta ONG internacional, The Nature Conservancy? É inglesa ou americana? É fácil exigir que os outros conservem as matas quando eles já destruíram totalmente a deles. Por que não consertam a deles? Isso me leva a pensar que o Governo Brasileiro está a serviço de “outros” interesses. Principalmente por querer fazer reserva em cima do aqüífero Guarani. Sabemos de empresas internacionais que compraram grandes extensões nestas referidas áreas. Se for proteger para o benefício da Humanidade, tudo bem, se for para o benefício de multinacionais, é humilhante e odioso. Pior ainda: utilizando-se de organismos e pessoas brasileiras.Terceiro: o teu relatório tem uma grande falha quanto aos comentários sobre a pesquisa. Quais foram as pessoas pesquisadas? De que região do Paraná e de Sta. Catarina? Eram urbanos ou rurais? Quantas pessoas foram perguntas? Isso é muito importante, pois as médias e as porcentagens podem ser ótimos indicadores e também falsificadores. Do jeito que as informações estão colocadas ficam soltas e não podemos tirar qualquer conclusão.Quarto: neste item quero englobar vários aspectos. Não discordo que se tenha de preservar as araucárias e a floresta nativa, pelo contrário luto para isto com muito interesse. Mas há que se pensar como fazer esta preservação. Impor não é a solução, quem impõe é a ditadura militar. É necessário educar a população para isto, e isto é um trabalho a longo ou a médio prazo para se ter a colaboração da população. O Governo está na contramão dele mesmo, pois nem os próprios membros estão engajados na preservação. O que os deputados fizeram em Abelardo Luz é um reflexo da ação do Governo e pelos próprios membros do Governo. Ou seja, falta um trabalho de educação. MST e Governo, tudo faz parte do PT. A Teresa Urban que já apanhou na ditadura e devia saber como se deve agir. Impor é uma violência ditatorial e gera violência.Isso está mexendo no bolso deles sim e é muito lógico que vai gerar um processo de defender-se. Se mexessem no teu bolso ou na tua poupança ou em teus bens como você reagiria? Não acredito que você distribui o teu salário aos menos necessitados, assim como é natural que os madeireiros vão reagir na medida que tirarem os seus lucros. Abelardo Luz foi “agraciada” apenas do ponto de vista daqueles que têm a missão de fazerem o Parque das Araucárias e é uma “desgraça” do ponto de vista de quem investiu seu capital e seu trabalho naquela região e na exploração da madeira. Até muito pouco tempo era um negócio bem visto e o Governo recebia os impostos, porque concordava com isto e agora é malvisto? Você vai me dizer que mudou de enfoque. Concordo: então vamos preparar educando, principalmente os membros do próprio governo, e incentivando as pessoas para isto. Vamos fazer uma passagem gradativa. Por um conhecimento e experiência profissional na área humana, sei que toda unilateralidade vai constelar no pólo oposto uma energia igual e contrária. Para que não aconteça isto é necessário que se pense nos dois pólos: as pessoas têm de continuar na sua sobrevivência e tem de se resolver a preservação das matas. Nas tuas palavras: a “indústria local da motossera” exacerbou-se por causa de uma postura unilateral e presunçosa por parte do Governo. Não há dúvida que o Governo vai vencer, e deve vencer para o benefício de todos nós, mas poderá evitar desgraças. Este Governo sabe o que é ser oposição, então já deveria saber como administrar conflitos.Marcos, não jogue pedras nos outros, repense a maneira como agiram, pode ser que a estratégia esteja equivocada.Sugestão: Você sabe como é um problema o aumento do número de fiscais para o Ibama, os que têm já não dão conta do trabalho de fiscalizar o que já existe. Se fizerem um Parque das Araucárias em Sta. Catarina, e penso que não será diferente nos outros estados, será impossível uma fiscalização, pela extensão. Quem é mal intencionado vai controlar a passagem do fiscal e em seguida ataca, como acontece no Paraná com a reserva para preservar o corte do Palmito. Minha sugestão é fazer uma Área de Preservação Ambiental mantendo os proprietários no local e cada propriedade terá de deixar uma reserva numa porcentagem estipulada em lei e dar um incentivo a cada proprietário daquela área (em redução de ITR, por exemplo) para o plantio de araucárias. Cada um deles se transforma num fiscal do Governo para não permitir a depredação da mata nativa e das araucárias. Isso tudo além da reserva do não cultivo próximo aos rios e fontes, banhados, etc. Poderia ser feito um incentivo com outros benefícios para aqueles que fizerem um plantio maior de araucárias daquilo que é por lei. Quem tiver terra mais acidentada, não tratorável, terá interesse em recuperar a floresta. A APA poderá ser ampliada para uma área maior do que aquela estipulada.Agora, se o objetivo do Parque tem “outros interesses”, não divulgável, vai acontecer o que os portugueses fizeram em 1500. Será que nós teríamos de assistir a isso de braços cruzados como fizeram os índios? Penso que não.Estou te colocando esta sugestão e não sei qual tua participação neste projeto em nível de decisão. Fiz minha parte.Apenas como informação: moro no Rio Grande do Sul, numa chácara em Farroupilha e tenho assistido um desmando e depredação da natureza que eu pensei que não seria possível e com a conivência do Ibama, Fepam, Patam e Ministério Público, até agora nada fez. Foram desmatadas duas áreas de 48 hectares cada. Numa área foram “abatidas” mais ou menos 600 araucárias nativas, e o Ibama, ou o fiscal do Ibama, ensinou que as toras deveriam sair à noite para não ser pego por fiscais ou policiais. Depois era para ser enterrados os tocos dos pinheiros e galhos e plantar aveia para disfarçar. Com isso aterraram banhados, nascentes, que segundo os moradores mais antigos, nunca secou. Foi fotografado e denunciado até no ministério público e nada aconteceu. Na outra área foi derrubada uma mata nativa com árvores imensas, inclusive araucárias, e até hoje estão retirando a madeira para lenha, que também é distribuída à noite. Então, se o senhor pretende denunciar, teria de se dedicar a outros aspectos, porque salvar o Parque das Araucárias, não é salvar as araucárias. Esta preocupação tem de ser mais extensa e com participação de toda a população, inclusive dos órgãos que devem fiscalizar. Se “a indústria da motosserra” é perigosa, as outras indústrias são mais ainda, pois têm o produto da propina e a imunização... No final, eu penso que pouco resolve definir um Parque ou APA e continuar estes desmandos até em quem teria o dever de agir o contrário. Acontece que nós vivemos numa democracia onde alguns são mais iguais dos que os outros, apenas porque tem um cargo no Governo seja municipal ou federal.Saudações

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2005

No fogo para se queimar

De Francisco Anselmo BarrosParabéns por seu artigo, continue. A Marina foi uma mentira assim como foi o Lula. Ambos tinham compromisso assinado com os ambientalistas, contra transgênicos, desmatamento etc. Um abraço.

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2005

Faltou diálogo

Para responder às críticas sobre o desmatamento, Governo cria às pressas Reserva Biológica na beira de BR-163, atropelando processo de consultas populares.

Por Sérgio Guimarães
25 de maio de 2005

Entre infernos e paraísos

De Angela OliveiraSó posso lamentar a terrivel visão que você teve da minha cidade, Sinop, em seu artigo, Entre infernos e paraísos. Lamentável...realmente lamentável...que você não tenha caído do avião.

Por Redação ((o))eco
24 de maio de 2005

Áreas de preservação permanente

De Clóvis Ricardo Schrappe BorgesDiretor ExecutivoSociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental - SPVSwww.spvs.org.br Prezado Marcos,Ótimos os textos da Maria Tereza, Lorenzo Aldé e do Marc Dourojeanni. Acho que a Maria Tereza está certa. Onde está o movimento ambientalista brasileiro numa hora destas.Me parece que estão embaixo das asas do discurso do "desenvolvimento sustentável" e de iniciativas agroflorestais de comunidades tradicionais e outras situações que podem até representar avanços de geração de renda ou melhoria na vida no curto prazo para algumas comunidades. Mas degradam e pressionam a biodiversidade, paralelamente.Conservação mesmo, como você sabe, está virando agenda de minorias no movimento ambiental. Estamos focados no apoio à criação das UCs de Floresta com Araucária e dos Campos Gerais aqui no sul, o que nos desarmou de certa forma em relação a esta questão das APPs. Vamos divulgar os textos do O Eco por aqui e dar apoio a iniciativas que contestem esta posição do Conama.Um abraço,

Por Redação ((o))eco
24 de maio de 2005

Da Bursite à Cárie III

De Cristina MendesMuseólogaPrecisamos de mais artigos assim. Nossos governantes e representantes políticos precisam de mais artigos assim. Teria eco na nossa economia e teria eco na nossa auto estima. Um povo com tanto a construir poderia tomar este exemplo como um dos primeiros caminhos a seguir. Parabéns pela excelente matéria.

Por Redação ((o))eco
15 de maio de 2005

Diga-me o que comes…

Existem diferenças entre os alimentos light e diet e elas nem sempre ficam claras. Os consumidores precisam estar bem-informados para não errarem na escolha.

Por Jacqueline Louise
13 de maio de 2005