Áreas de preservação permanente

De Clóvis Ricardo Schrappe BorgesDiretor ExecutivoSociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental - SPVSwww.spvs.org.br Prezado Marcos,Ótimos os textos da Maria Tereza, Lorenzo Aldé e do Marc Dourojeanni. Acho que a Maria Tereza está certa. Onde está o movimento ambientalista brasileiro numa hora destas.Me parece que estão embaixo das asas do discurso do "desenvolvimento sustentável" e de iniciativas agroflorestais de comunidades tradicionais e outras situações que podem até representar avanços de geração de renda ou melhoria na vida no curto prazo para algumas comunidades. Mas degradam e pressionam a biodiversidade, paralelamente.Conservação mesmo, como você sabe, está virando agenda de minorias no movimento ambiental. Estamos focados no apoio à criação das UCs de Floresta com Araucária e dos Campos Gerais aqui no sul, o que nos desarmou de certa forma em relação a esta questão das APPs. Vamos divulgar os textos do O Eco por aqui e dar apoio a iniciativas que contestem esta posição do Conama.Um abraço,

Por Redação ((o))eco
24 de maio de 2005

Da Bursite à Cárie III

De Cristina MendesMuseólogaPrecisamos de mais artigos assim. Nossos governantes e representantes políticos precisam de mais artigos assim. Teria eco na nossa economia e teria eco na nossa auto estima. Um povo com tanto a construir poderia tomar este exemplo como um dos primeiros caminhos a seguir. Parabéns pela excelente matéria.

Por Redação ((o))eco
15 de maio de 2005

Diga-me o que comes…

Existem diferenças entre os alimentos light e diet e elas nem sempre ficam claras. Os consumidores precisam estar bem-informados para não errarem na escolha.

Por Jacqueline Louise
13 de maio de 2005

Gestão Compartilhada da Floresta da Tijuca

De Pedro P. de Lima-e-SilvaEngenheiro Ambiental, PhDServiço de Segurança Radiologica e AmbientalComissão Nacional de Energia NuclearCaro EcoIncrível, para dizer o mínimo, a coluna do Pedro Menezes sobre o Parque Nacional da Tijuca. Não fosse uma gestão compartilhada de um parque nacional como a que ele descreve uma experiência quase que isolada no Brasil, se é que há outras semelhantes, pelo menos em termos de conservação estaríamos, nós e o Brasil, muitos anos à frente. Vale a pena guardar esses relatos quase que como um documento histórico. Essa série, que poderia até virar um filme do Andrucha, está sendo até agora imperdível.abs,

Por Redação ((o))eco
13 de maio de 2005

Da bursite à cárie II

De Celia OsórioGostaria de parabenizar O Eco e a estudante de jornalismo Juliana Tinoco pela excelente reportagem "Da bursite à cárie".A divulgação de estudos científicos relacionados à nossa flora regional é muito importante, pois além do conhecimento, alerta para o dever, que é de todos nós, de preservar a nossa abençoada flora.

Por Redação ((o))eco
13 de maio de 2005

Da bursite à cárie

De Fernando Vianna A respeito da reportagem "Da bursite à cárie", de 08.05.2005, valeria destacar que se trata, flagrantemente, de uma iniciativa que deveria passar pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético, órgão colegiado vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. É de espantar que um portal que esperamos informativo e combativo trate de um assunto como esse com viés tão ingênuo e despolitizado. É claro que "os mateiros, principais detentores do saber sobre o poder das plantas, (...) muitas vezes preferem guardar segredo sobre suas propriedades medicinais", que "ainda há muito a ser pesquisado sobre a flora destas regiões" e que "o interesse de outros laboratórios (...) abre portas para novas descobertas". O que cabe perguntar é de que modo este projeto trabalha com a população detentora dos conhecimentos tradicionais: informa a elas o que está sendo feito e quais os possíveis (esperados) desdobramentos da pesquisa? Preocupa-se em obter consentimento dessa gente para realizar a pesquisa? Prevê repartir com a população benefícios decorrentes da pesquisa? Ou se trata, mais uma vez, de apropriação indevida e usurpação dos recursos genéticos da biodiversidade brasileira e dos conhecimentos tradicionais a eles associados?

Por Redação ((o))eco
10 de maio de 2005

Risco país

De Dener GiovaniniCoordenador Geral - RENCTASCarolina,Como sempre O ECO dá um banho de informação!!! Estava fazendo falta um site como o de vocês.Parabéns pela belíssima matéria e obrigadíssimo pelo espaço!Estamos sempre à disposição de vocês.Abraços,

Por Redação ((o))eco
6 de maio de 2005

Sufoco na Serra…

De Roney Perez dos Santos Centro Excursionista Universitário Um fenômeno curioso está ocorrendo no Brasil, toda atividade ao ar livre (ecoqualquercoisa) tem que ser acompanhada por um "guia experiente". Primeiro: guia é um termo seqüestrado pelo pessoal do turismo e só pode ser utilizado por aqueles que passaram por um curso reconhecido pela EMBRATUR e hoje pelo Ministério do Turismo, mesmo sem nenhum conhecimento do que é guiar em ambientes naturais. É uma profissão regulamentada. Segundo: expediente é uma palavra forte considerando a média. A maioria sabe muito pouco alem do caminho. A vivência em um ambiente natural exige algum conhecimento e bom senso e perder-se faz parte dos riscos assumidos nestes ambientes. Ainda mais nas trilhas brasileiras que carecem de marcações corretas, mapas e descrições detalhadas. Em parques a questão é mais séria, pois a culpa das trilhas não sinalizadas, ausência de qualquer informação e uma fiscalização frouxa é do cidadão e não da administração. Quando alguém se perde logo surge esta conversa: Eles deveriam contratar um guia! Deveriam?Nas minhas caminhadas prefiro algumas indicações, uma carta topográfica e uma bússola (uso GPS por diversão) e perder-se faz parte da da atividade. Este mito do guia é reforçado pelo discurso sociambientalista que impõe o guia (chamado de monitor ou condutor de visitantes para não afrontar os guias de profissão) como a solução mágica para o ecoturismo. As populações locais migram das culturas de subsistência para o turismo ambientalmente responsável. Na teoria é perfeito, na prática nem tanto. As associações criam lobies para obrigar a contratação de serviços, mesmo que os turistas não queiram ou para trilhas desnecessárias. As justificativas vão da pobreza a um serviço de polícia, vigiando o visitante para não cometer danos ao ambiente. Tudo facilmente questionável. Não é difícil pensar que é uma estratégia de privatização velada de áreas públicas colocando todos os visitantes como débeis e criminosos.A imprensa brasileira, famosa por repetir coisas sem questiona-las, colocou a morte do dentista brasileiro, no Aconcagua, como a falta de guias. Absoluta idiotice. É um esporte em que o risco é indissociável. Eles arriscaram e perderam. No mesmo período mais dois grupos -com guias- estavam em dificuldades, mas somente um site de notícias entrou nestes detalhes. O livro "no ar rarefeito" mostra bem a situação que pode levar a mercantilização de algumas atividades esportivas e de natureza.Na Europa, EUA e tantos outros países a contratação de serviços de guia s é totalmente opcional e não é por falta de riscos. Nos parques americanos existem ursos, sempre ávidos por comida. Não é motivo para não fazer as trilhas, mesmo só. A administração o informa dos cuidados e lhe deseja boa sorte.O caso das senhoras poderia não ter acontecido se a trilha fosse minimamente sinalizada, ou que existisse um mapinha indicando as bifurcações. Curioso também que quando alguém bate o carro, as pessoas não comentam algo como: - Deveria ter contratado um motorista...Atenciosamente;

Por Redação ((o))eco
3 de maio de 2005

Sem rodeios

De Sérgio Abranches Silvia, Gostei do longa. Aprecio a ironia. É que estou aproveitando o fato de não ser lido para escrever textos longos e completar um livro mais rapidamente.Falando sério, eu sabia que a sua coluna ia dar o que falar. E deu. Estive na festa dos 40 anos da Globo e fiquei basicamente com o pessoal do jornalismo, entre os quais há vários ambientalistas. A maioria concordava com a sua posição, embora também não gostem de rodeios. Eu idem. No caso do rodeio, já andei tentando tirar uma conclusão a respeito da questão da quantidade de desconforto/sofrimento a que os animais são submetidos. Fui a vários - inclusive o de Barretos, a coisa mais machista que já vi - conversei com criadores e peões e ouvi de parte que é uma coisa cruel, de outra parte que não é. Saí dessa busca sem conclusão definitiva, mas com a suspeita de que o lado que acha cruel está certo. Os outros me mostraram os animais, todos muito saudáveis, e defenderam a tese de que é apenas condicionamento e que a tira "informa" o animal quando está valendo o jogo e quando não está. Em compensação, estou 100% convencido de que o ambiente de rodeio é machista demais para ser saudável. Os garotos azaram as garotas laçando-as - literalmente - pelo pescoço. Os homens ficam em massa na porta do banheiro feminino, pensei que era um bando de ciumentos esperando as respectivas, o que já seria machismo demais. Mas não, era só para ver as moças saindo do banheiro. As trovinhas são inacreditáveis olha só:Eu fui narrar rodeio e disse na arena: Perdi a chave, minha mulher desapareceuO delegado daqui é corno, o macho daqui sou euO delegado escutou, entrou na arena, segurou a minha camisa e disse:Repete se for homemAi eu repeti:Achei a chave de casaminha mulher apareceuO delegado daqui é machoO corno daqui sou eu!ôôô morena do cabelo compridomaior que teu cabelosó o chifre do teu maridoSe beijo desse sapinhominha boca era uma lagoanão perdôo a mocinhamuito menos a coroaA semana tem sete diaseu tenho catorze garotassete são solteiras e sete são casadassete são prá de diae sete prá de madrugada.Existem três coisas no mundo que homem não come de colherrapadura, melância e perereca de mulher(essa é campeã de audiência, é falada pelos narradores em praticamente todo rodeio, no Brasil inteiro).Da galinha eu tiro a penado peixe tiro a escamada morena eu tiro a roupae levo ela prá camaSapateia mulher feiaporque as bonitas não dão descansose tu casar comigote dou uma D20 um papagaio e um gansose a D20 não andar e o papagaio não falardeixa que te afogo o ganso.Meu quarto de milha é pretomeu manga larga é baioquando entro no rodeiodificilmente eu saiodinheiro ganho bastante trago dentro do balaiotenho loira de namoradae morena de quebra gaio.Carne eu corto com facafarinha em como com colhermenina de quinzes anoseu faço virar mulherCom essa cultura, é difícil acreditar que rodeio não faça mal. mas chega a ser tão chato quanto ambientalista xiita.Bjs.

Por Redação ((o))eco
3 de maio de 2005

Sinal vermelho

De Germano Woehl Jr.Instituto Rã-Bugio Sobre a reportagem de 01/05/05, gostaria de informar que em Santa Catarina, o projeto de duplicação da BR-280 (trecho entre Jaraguá do Sul e porto de São Francisco do Sul) também terá medidas para evitar o atropelamento de animais silvestres. Foi uma reivindicação do Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade (com intervenção do Ministério Público Federal), que apresentou ao DNIT resultados do monitoramento dos animais atropelados num pequeno trecho, próximo à ponte sobre o rio Piraí, numa área de restinga de interior, um dos ecossistemas mais ameaçados em Santa Catarina. O monitoramento foi feito com recursos próprios (particular) e muita disposição da Elza Nishimura Woehl que arriscou a vida (como os animais que atravessam a rodovia) percorrendo o trecho de bicicleta, inclusive aos domingos de manhã, com carros passando a alguns centímetros dela a mais de 140 km/h.Dos mamíferos atropelados no período de monitoramento foram encontrados dois da lista oficial dos animais em extinção, uma lontra (Lutra longicaudis) e um puma (Puma concolor). Em nosso site Instituto Rã-Bugio há dezenas de fotos de animais atropelados na BR-280, na divisa entre os municípios de Guaramirim e Joinville. No caso do puma, levamos o caso a toda a imprensa do Estado de Santa Catarina (jornais e TV) e o assunto deu grande repercussão. Seguem anexados os ofícios que o Instituto Rã-bugio enviou para o DNIT e para o Ministério Público Federal, no ano passado, e uma reportagem de jornal onde é mencionado que o projeto prevê medidas para evitar o atropelamento de animais (na verdade, nossa sugestão foi o controle eletrônico de velocidade nos trechos mais críticos). Portanto, não está correta a informação da matéria de que foi a primeira vez que uma ong conseguiu medidas de proteção para a fauna em projetos de duplicação de rodovias, além do nosso há também outros casos mais antigos.Atenciosamente,N.E.: A informação já foi corrigida.

Por Redação ((o))eco
2 de maio de 2005