Resposta do autor

De André AlvesPrezado Ciro,Antes de tudo, gostaria de dizer que, assim como você, também sou da região Amazônica. Moro em Cuiabá (MT) há 25 anos. É mais fácil comprar um trator, mas considero perigoso à sociedade não atender às exigências da DRT. O termo "erradicação do trabalho escravo" é uma proposta do Ministério do Trabalho, dos Ministérios Públicos do Trabalho e das DRTs, além de ser foco de diversas entidades que lidam com os direitos humanos.Também tem definição jurídica, não sendo, creio eu, pelo menos neste caso, um problema do jornalismo.Concordo com você que é preciso "regular adequadamente o trabalho rural", e este ponto de vista está contemplado na fala do secretário de desenvolvimento rural de Mato Grosso. Mas não é uma solução fechar os olhos à questão do trabalho compulsório ou degradante, se você preferir estes termos. As DRTs estão fazendo um corajoso trabalho frente às condições subumanas que em muitos casos os trabalhadores são submetidos.Também quero deixar bem claro (se é que não está suficientemente claro na matéria) que ninguém aqui está contra o trabalho braçal, muito pelo contrário. Está apontando um problema que precisa ser resolvido, assim como outros em Mato Grosso (queimadas e desmatamento).E sim, gostaria do contato do DR. Gervásio Castro de Rezende, e gostaria, sim, de ouvir sua opinião sobre o assunto. Minha mente está sempre ABERTA para OUVIR respostas divergentes das minhas e dos meus entrevistados, desde que tenham fundamentações.E por fim, em relação às vendas de roçadeiras e pulverizadores de herbicidas, eu espero que essas práticas sejam abandonadas, sendo valorizadas a agricultura familiar com enfase em sistemas agroflorestais e produção orgânica. Pelo bem da nossa Amazônia.

Por Lorenzo Aldé
18 de outubro de 2004

Mato Grosso

De Ciro Fernando SiqueiraCaro André Alves,O que tu consideras mais fácil, atender as exigências das DRT's ou comprar um trator?? Gostaria de chamar atenção para o tratamento que a mídia está dando ao que se convencionou chamar de "erradicação do trabalho escravo". Quando a sociedade joga sobre os proprietários rurais a pecha de "escravagistas" e brada pela "erradicação do trabalho escravo", a reação dos proprietários é simples: eles substituem mão-de-obra braçal por máquinas e herbicidas (aumentando escala de produção com a conseqüente concentração da propriedade da terra), resultando em redução dos postos de trabalho no campo, redução da renda rural, êxodo, urbanização, favela, violência urbana, etc., etc. Pensar é sempre bom André. Existe um ditado popular que diz que "de bem intencionados o inferno está cheio". Não é mais do que um reflexo da percepção de que ninguém e capaz de prever todas as conseqüências das atitudes que toma. As favelas de hoje foram cultivadas inconscientemente ontem, assim como as favelas de amanhã são cultivadas inconscientemente hoje. Ninguém favorece êxodo rural e favelização deliberadamente. Tu és capaz de imaginar alguém, por ocasião dos estertores do feudalismo europeu, nos burgos que floresciam, quando as relações de trabalho eram terríveis (por desbalanço entre oferta e demanda de mão-de-obra), bradando pela "erradicação do trabalho"?? Ou durante a revolução industrial ?? Talvez, meu caro André, "regulamentar adequadamente o trabalho rural" não cause tanta comoção social, ou venda tanto jornal, quando "erradicação do trabalho escravo". Esse é um problema inerente à prática do jornalismo, grosso modo, é um problema muito mais de vocês do que meu. Acho desnecessário lembrar que o OECO nasceu com a proposta de trazer uma abordagem das questões ambientais diferente do "denuncismo" trágico corriqueiro na mídia convencional. Se tu quiseres aprender mais sobre a tal "erradicação do trabalho escravo" procura o Dr. Gervásio Castro de Rezende no IPEA do Rio, pergunta a opinião dele sobre o assunto e ABRE a tua mente pra OUVIR (e não apenas escutar) a resposta. Quanto a questão da substituição da não-de-obra braçal por máquinas a percepção que eu descrevo nesse e-mail é, não apenas acadêmica, já que eu estou concluindo pós graduação em economia ambiental, mas também empírica, uma vez que sou de uma região da Amazônia onde nunca se vendeu tanta roçadeira e pulverizador de herbicida do que nos últimos 2 anos. Sinceramente eu duvido que venha a receber uma resposta, mas eu gostaria de ver o resultado do possível exercício de raciocínio que esse e-mail vá desencadear em quem o ler. Em todo caso, o editor tem o meu endereço eletrônico. Forte abraço, Respeitosamente,

Por Redação ((o))eco
16 de outubro de 2004

Adeus, petróleo

De Altino MachadoParabéns pela excelente reportagem "Adeus, petróleo". Obtive respostas para minha curiosidade sobre o tema.

Por Lorenzo Aldé
15 de outubro de 2004

Prêmio Rolex

De AndréaComo é que pude não ter lido ainda?Obrigada Marcos, é sempre muito emocionante ler o que você escreve sobre o IPÊ e sobre as pessoas que fazem a instituição. É realmente imperdoável a nossa falha!Um grande abraço,

Por Redação ((o))eco
13 de outubro de 2004

Marcas de um mundo extinto

De: Angélica Beatriz Corrêa Gonçalves      Instituto Natureza do Tocantins      Parque Estadual do JalapãoSou incansável admiradora de Maria Teresa Jorge Pádua, pelo seu histórico de luta em prol da conservação da natureza brasileira. Ao ler o artigo MARCAS DE UM MUNDO EXTINTO sinto-me imensamente reconfortada em saber que finalmente alguém de renome como ela chama a atenção de conservacionistas e governantes para essa relíquia que é o Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins.Obrigada, Maria Teresa, e que suas palavas despertem tão logo o interesse de entidades que possam ajudar o Tocantins a proteger a nossa história.Obs 1: oportunamente informo que foi promulgada a Lei estadual nº 1.179 de 04 de outubro de 2000, criando esta unidade de conservação.Obs 2: Neste mesmo texto foi citado que o Parque Estadual do Jalapão encontra-se no município de "Mineiros", que na verdade está no município de MATEIROS.

Por Redação ((o))eco
11 de outubro de 2004

O Blefe de Barra Grande

De José Roberto AlcantaraCaro Marcos!Lendo a sua coluna onde voce expõe o caso da Fraude de Barra Grande, eu gostaria de lhe informar que o pior ainda esta por acontecer, pois por lei federal toda a madeira extraida de empreendimentos liberados legalmente, deve se dar um destino comercial. E com minha experiencia posso lhe afirmar que com o preço que as empreiteiras pegaram o serviço de desmatamento, elas não vão conseguir atender as exigencias e vão enterrar grande parte das arvores, pois analisando a logistica que se tem que montar para executar os serviços,o tempo para execução do mesmo e as condições de trabalho naquela região, eles REALMENTE, não vão conseguir executar o serviço como deve ser executado:respeitando a fauna e desmatando de forma correta, e retirando a madeira para ser aproveitada (Lei Federal), eles vão destruir e enterrar boa parte da madeira, isto contando com a hipotese que eles vão conseguir executar até o fim o serviço, o que provavelmente vai acontecer é que as empreiteiras vão fingir que estão executando corretamente o serviço e a Baesa vai fingir que está fiscalizando e quando menos se espera já estão enchendo o lago, e mais uma vez a lei será desrespeitada e todos nós sairemos perdendo. Se você tem duvida do que estou lhe dizendo, peça para ver os preços que as empreiteiras pegaram o serviço, me parece que é algo em torno de R$ 4.500,00 por hectare, sendo que o preço normal seria no mínimo R$ 10.000,00 por hectare para executar o serviço como tem de ser executado "dentro das normas legais que consta do escopo dos serviços.". OBS. Não sou concorrente das empresas que vão executar os serviços, mas conheço muito bem o tipo de serviço.Espero que tenha entendido o que eu tentei passar, e daquialguns meses veremos as notícias de mais um BLEFE da BAESA.Grato pela Atenção!

Por Redação ((o))eco
8 de outubro de 2004

Coluna de Marcos Sá Corrêa

De Maria Tereza Jorge PáduaSenhor Editor,Já é chover no molhado dizer que adoro o que Marcos Sá Corrêa escreve. Mas o seu da Economia à Ecologia, nos mostra uma Míriam Leitão incrível. Eu, como milhões de brasileiros, já a admirava muito, mas sabê-la poeta, ainda mais sobre árvores, foi uma delícia.

Por Redação ((o))eco
8 de outubro de 2004

Pesca de aniquilação

O crescimento das atividades pesqueiras é insustentável e vem sendo limitado em todo o mundo. Não no Brasil, onde o governo pretende ampliar a produção

Por Carlos Gabaglia Penna
7 de outubro de 2004

Parabéns

De: Maricéia Barbosa Silva  Caro Editor,Sou Engenheira Florestal, trabalho com recuperação de áreas degradadas em Minas Gerais. Venho acompanhando as publicações no site e os artigos da Dra. Maria Tereza vêm me despertando atenção, no entanto ao ler o artigo sobre as ações desenfreadas na busca do desenvolvimento, muitas vezes intitulado "desenvolvimento sustentável", me senti carregando a bandeira! Não sou contrária ao desenvolvimento do país, contanto que o governo atual assuma a postura de guardião da maior área de floresta tropical do planeta e inicie o desenvolvimento sim, direcionado à: criação de unidades de conservação, de uso indireto, municipais, estaduais e federais, incentivo a exploração do turismo ecologico, programas especiais para pequenos produtores, criação unidades de conservação de uso direto, desenvolvimento científico para o aumento da produtividade (maior produtividade menor área) dentre outras, pois a biodiversidade agrega valor econômico e valor social ao país.A medida que o governo iniciar uma "luta" conservacionista ajudando o Brasil a continuar com o título do país com maior diversidade biológica do planeta, aí sim, estaremos a caminho do "desenvolvimento sustentável".Obrigada a todos os colunistas do site, e espero que através do O Eco mais pessoas despertem para a realidade do país.

Por Redação ((o))eco
4 de outubro de 2004