Vida longa

De: Maria Carolina Lyra Jorge      Doutoranda em Ecologia pela USP Gostaria de parabenizar “O Eco” pela iniciativa de colocar na rede artigos tão pertinentes na área de Meio Ambiente.Em especial, gostaria de citar os artigos da Dra. Maria Tereza Jorge Pádua que, tem tocado de forma muito firme (porém elegante) em assuntos tão polêmicos que envolvem nossa política ambiental.É ainda muito reconfortante ler as cartas enviadas pra "O Eco" e perceber tanta gente que apóia iniciativas como esta.Desejo vida longa ao Eco e a seus colunistas.

Por Redação ((o))eco
18 de setembro de 2004

Não mata, mas deixa encalhar

De: Alessandra Agulham CarvalhoEssa mensagem é para o professor Marc J. Dourojeanni.Eu diria que o tema dessa mensagem seria: Para os homens pode, mas se a boa intenção for para um animal não humano, não pode! Recebi o seu texto "Não mata, mas deixa encalhar" por e-mail. A pessoa que me enviou é advogado ambientalista. Eu sou médica veterinária, especialista em biologia da conservação e manejo da vida selvagem. Quando iniciei a leitura do seu texto pensei: é bom saber que estão publicando temas sensatos, e professores de grande influência estão se manifestando contra a grande ignorância que a infeliz escritora deixou transparecer na revista Veja. Imagino que saiba da influência que a sua escrita alcança no leitor. Não é verdade? Assim como a "desafortunada" escritora Lya Luft, como vc descreveu! No parágrafo que você comenta a seguinte informação: "Outra coisa seria se ela tivesse apontado sua caneta contra o absurdo, isso sim, de gastar pequenas fortunas.... em consultórios médicos exclusivos para cachorros e gatos .....Existe, obviamente, muita distância entre salvar as baleias e gastar dinheiro e talento para embelezar ou cuidar de animais domésticos, ou efetuar complexas cirurgias que não existem para a maior parte dos humanos. Mas esse é outro tema. E se a senhora que criticamos tivesse falado disso, em vez de falar de baleias, esta nota não teria sido escrita." Acredito que você foi extremamente infeliz neste comentário. Tão preconceituoso, frio e antropocêntrico quanto a "desafortunada" escritora Luft. Creio de deveria ter repensado esse posicionamento pessoal, quando o motivo seria fazer uma crítica que hoje está retornando a você, exatamente pelo mesmo motivo: preconceito, antropocentrismo e um comentário um tanto egoísta. E por isso eu te pergunto, como médica veterinária: Por que os humanos devem ter acesso as melhor e mais modernas cirurgias e aos cuidados à saúde e bem estar, e os animais de estimação, que estão vivendo em nossas casas por opção dos humanos e não deles próprios, que foram domesticados pelos humanos a milênios (por puro interesse humano), que são usados para auxiliar alguns trabalhos destinados aos humanos (segurança, auxílio policial para encontrar criminosos e drogas, guia de cegos, entre muitos outros), não tenha direito aos cuidados médicos veterinários, em clínicas específicas para preservar e cuidar da sua integridade sanitária e, quando ou se for necessário, serem submetido às cirurgias modernas (porque a medicina veterinária está tão moderna quanto qquer outra ciência médica) para que tenham o sofrimento minimizado e possam viver de forma saudável para que nós humanos possamos desfrutar do seu convívio? Acredito que já deixei bem claro o meu ponto de vista! Assim como vc deixou o seu, a diferença é q o seu será lido por milhares de leitores e vai influenciar várias pessoas que não tem conteúdo próprio, assim como a desafortunada Luft fez.Esse pequeno comentário, que poderia não ter sido feito, detonou com todo o restante do seu texto, que é coerente e com fundamento!Que pena! Desculpe-me a sinceridade! Mas como vc defendeu o seu ponto de vista, eu estou defendendo o meu.

Por Redação ((o))eco
17 de setembro de 2004

Reserva

De: Vitor O. Becker (amigo do Bráulio e Cilúlia).      Reseva Serra Bonita - Camacan, BAPrezada Maria Tereza.Uma amiga nossa enviou teu (excelente!), artigo sobre as RPPNs.Por que não vens aqui nos visitar e escrever algo parecido sobre nosso projeto?O Complexo Reservas Serra Bonita, na Serra do mesmo nome, já conta com 4 RPPNs, num total de cerca de 1.800 ha, um Centro de Pesquisas, com 6 salas para visitantes, 2 salas de coleções (uma delas onde está a Coleção Becker de Lepidoptera), sala de preparação e auditório. Estamos construindo uma pousada, com 8 apartamentos, para alojar os pesquisadores (e, quando não ocupada por estes, estará aberta para ecoturismo). Tudo financiado por nós mesmos!Serás bem-vinda!Um abraço.

Por Redação ((o))eco
16 de setembro de 2004

Rio São Francisco

De Rodrigo NerySou leitor eventual do site e gostaria de ler um artigo, entrevista ou reportagem sobre o projeto de transposição de águas do Rio São Francisco (não me lembro de ter lido sobre isso no site, corrijam-me se estiver errado). Lula voltou a falar desse assunto hoje, com sua habitual falta de argumentos, com comentários do tipo "quem é contra esse projeto não bebeu água suja, como eu, quando era criança". Quer dizer, quem mora na bacia do São Francisco pode beber? Este rio não está seriamente ameaçado pelo assoreamento provocado pelo desmatamento de suas margens para a pecuária? O semi-árido não é, em grande parte, uma paisagem antropomorfizada, criada pelo desmatamento não apenas do interior, mas também do litoral? Sendo assim, não seria mais inteligente reflorestar as margens do rio São Francisco, o litoral do Nordeste e o próprio semi-árido, na medida do possível? Se puderem me esclarecer estas dúvidas, obrigado. De resto, parabéns pelo excelente site. Só falta usar mais fotografias, para ficar perfeito.

Por Lorenzo Aldé
15 de setembro de 2004

Lixo e estética

De: Karin PeyParabenizo Silvia Pilz por sua coluna intitulada "O que vale é a estética". Sua análise sobre o lixo e a estética é perfeita. Nos dias de hoje, o que vale é o que se aparenta, e não o que se é. Nunca diga que não gosta do novo CD da desafinada, e ultra "deci-bélica", Banda Super X. Compre, do contrário descobrirá o que é viver numa ilha deserta. Sua identidade não é composta pelo que conclui, de tudo que leu, viu ou sentiu. Sua identidade é fabricada no marketing do lucro desenfreado. Tudo é válido para que você não seja você, mas apenas a lixeira dos inúmeros produtos inúteis, ignorantes e danosos que consome. O lixão que frequentamos nas praias, bate ponto em muitos outros locais. Conheço uma geladeira, que habitou uma rua de Copacabana por meses. Na cidade de São Paulo, distraía-me, nos engarrafamentos das marginais, adivinhando qual seria o próximo utilitário doméstico que encontraria alguns metros adiante. Muitas vezes, me surpreendia com o bom estado dos objetos. Quando penso que vivemos numa sociedade onde se é um completo "babaca" por não se consumir o novo, o super novo e o extra novo, sinto saudades da infância. Sou do tempo, não tão distante assim, onde ainda não havia "know-how" suficiente para transformar o indivíduo, através da chantagem, num ser ignorante que se endivida, até a alma, de modo a sentir-se consatantemente amado e respeitado pela sociedade. O lanche, embrulhado em guardanapo de pano, viajava até à escola em duráveis merendeiras de couro. Hoje, há todo tipo de saco brilhante contendo uma pseudo nutrição colorida e com sabor próximo ao do isopor. A estética da embalagem, é um fator importante para o consumo do conteúdo. A "estética" do estômago só é percebida, quando os pais, e não os super heróis estampados nestes produtos, levam a criança aos médicos. A embalagem, poderá até ser jogada na lixeira da escola por um feliz pequeno consumidor da moda, mas terá como destino final algum lixão da prefeitura. Viverá, por mais algumas centenas de anos, infernizando o meio ambiente com uma persistente gastrite incurável. Quanto ao guardanapo de pano, que volta da escola ainda cheirando a pão com queijo... Coisa mais careta, não merece respeito.

Por Redação ((o))eco
15 de setembro de 2004

Empalhador

De Vladimir Martins Mendes      Geógrafo e Análista AmbientalPrezado Sérgio,Meu nome é Vladimir Martins, conversamos outro dia na casa do Fred (BH -Geógrafo). Entrei no site, achei muito legal e li uma entrevista sobre um empalhador húngaro que montou um museu em Goiânia. Gostaria de falar que no Vale do Jaquitinhonha, na cidade onde nasci, Itaobim, tem o Museu do Canjira, que é um taxidermista que abriga em seu museu várias espécies do Cerrado Brasileiro. O museu não é tombado, e não recebe nenhum incentivo financeiro. O Sr. Canjira ou mestre Canjira como ele gosta de ser chamado vive de serviços no campo (venda de queijo, leite, remédios naturais, etc.), e o museu vive de doações de estudantes que passam lá para conhecer. Existe uma caxinha para doações em dinheiro. Para vc ter idéia da importância parece que alunos da USP já andaram fazendo algumas pesquisas por aquelas bandas.Mais informações façam contato comigo e por favor me cadastrem para eu receber noticias do "OECO".Saudações.

Por Redação ((o))eco
15 de setembro de 2004

Sílvia Pilz

De Olivia O’NeillAo Editor,Navegando pela internet, tive a sorte de me deparar com o site de vocês, e lí, a princípio como quem não quer nada, a crônica de Sílvia Pilz que me deixou bastante entusiasmada e reparei que podia ir mais adiante com as setinhas e comecei a ler as crônicas restantes com o

Por Redação ((o))eco
14 de setembro de 2004

Pantanal

De Maria Tereza Jorge PáduaSenhor Editor,Maravilhosa a matéria de Marcos Sá Corrêa sobre o Pantanal e RPPNs da Ecotrópica. Que sortudo: ver e fotografar uma onça nadando. Um reparo: o Parque Nacional do Pantanal não foi estabelecido sem estudos e não pegou só terras debaixo da água, por ignorância. Os estudos da criação deste Parque Nacional foram feitos por professores da Universidade de Viçosa, sob a batuta do professor Griffth e por especialistas famosos como o Dr. José Manoel Carvalho de Vasconcelos, que teve cargos importantes na área ambiental, tanto no Brasil como em Portugal e até na Comunidade Econômica Européia. Destes estudos participaram também o Dr. Gary Wetterberg e quem escreve esta.A idéia sempre foi de se criar um Parque Nacional pegando todo o perfil do Pantanal, ou seja, terras mais altas, as mais inundáveis ou as mais baixas e a Serra do Amolar, na outra margem do rio. Assim, desde o começo se pretendeu englobar as fazendas Acurizal, Doroché, Penha e Boabaide. As negociações para a compra pelo IBDF da fazenda Acurizal feitas com o então proprietário, Horácio Coimbra, dono do Café Pelé, não progrediram e foi impossível à época comprar-se as demais. Felizmente a TNC comprou e doou para a Ecotrópica as fazendas acima mencionadas, com exceção da antiga Boabaide, que foram reconhecidas como Reservas Particulares do Patrimônio Natural. Esta iniciativa e luta da Ecotrópica resolveu o problema da efetividade do Parque Nacional em uma demonstração clara que o setor privado pode contribuir em muito com a conservação da biodiversidade e todos saímos ganhando.

Por Lorenzo Aldé
13 de setembro de 2004

Cães e gatos

De Paulo NogueiraPor isso prefiro os gatos, são independentes, não se vendem, retribuem afeto de maneira sutil.A jornalista Sílvia, que escreveu tão bem sobre cães, teria uma agradável surpresa se entrevistasse "gateiros", para poder escrever sobre eles.

Por Lorenzo Aldé
13 de setembro de 2004