Tempestade

Cinco minutos depois de flagrar a chegada desta tempestade na Serra da Mantiqueira, Marcos Sá Corrêa teve que fugir do granizo que cobriu de branco...

Por Redação ((o))eco
9 de fevereiro de 2007

Destino

A visita de dirigentes do McDonalds Europa à Amazônia esta semana, onde estão sendo ciceroneados pelo Greenpeace, não foi a primeira de pessoal da empresa à região. Dois funcionários de sua área de compras, Ken Kenny e Patrick Thisner, estiveram em Santarém em dezembro. Passaram primeiro na Cargill, que no ano passado teve o dissabor de ver a rede de fast-food suspender a compra de frangos de uma subsidiária sua. A razão? Os bichos eram alimentados com soja produzida em áreas desmatadas na região. Lá, explicaram mais uma vez que só comprarão de fornecedores que possam certificar que seus produtos não contribuem para a devastação da floresta amazônica.

Por Redação ((o))eco
9 de fevereiro de 2007

Tour

A passagem dos dois McDonalds pela Cargill de Santarém incluiu uma palestra feita por gente da The Nature Conservancy (TNC), Ong parceira da multinacional de alimentos num projeto de regularização do passivo ambiental dos produtores de soja do município. Depois, foram visitar produtores de grão na região. Não se sabe se eles gostaram do que ouviram e viram. O McDonalds, até agora, não retomou suas compras de frango da subsidiária da Cargill.

Por Redação ((o))eco
9 de fevereiro de 2007

Apertou

A TNC, que anda metida em vários projetos de adequação de produtores rurais à legislação ambiental Brasil afora, avisou aos produtores de soja de Santarém que o mercado internacional está fechando as portas para produtos que não respeitam o meio ambiente. A maioria deles se comprometeu, em documento, a recuperar áreas de preservação permanente, como margens de rios e nascentes, nas terras que ocupam. A Cargill se negou a financiar a produção de quem ficou fora desse acordo.

Por Redação ((o))eco
9 de fevereiro de 2007

Mais adiante

A questão de recuperação das reservas legais dos sojicultores de Santarém ficou para ser decidida lá na frente. O governo do Pará ainda não decidiu se vai baixar a exigência de reserva, que hoje é de 80%, para 50%. Há brecha legal que permite a diminuição para fins de recuperação.

Por Redação ((o))eco
9 de fevereiro de 2007

Resistência

As principais Ongs que atuam no Cerrado e Amazônia continuam discutindo com os grandes compradores de grãos estabelecidos no país qual será o futuro do comprometimento da Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetal (Abiov) de não aceitar soja proveniente de desmatamentos recentes. O trato tem duração de dois anos. As Ongs querem que as esmagadoras de soja se comprometam a só aceitar grãos de produtores que respeitem o Código Florestal Brasileiro. Seria uma revolução. A Abiov resiste à idéia.

Por Redação ((o))eco
9 de fevereiro de 2007

Biocombustíveis e carbono

A semana está mesmo incrível para os produtores de biocombustíveis. Depois de os EUA terem anunciado que querem se aliar ao Brasil para consolidar o mercado mundial de etanol, o novo chefe de Mecanismos Sustentáveis de Desenvolvimento da ONU, Halldor Thorgeirsson, defendeu que projetos de biocombustíveis possam gerar créditos de carbono, algo até agora não permitido. Em entrevista à Reuters, ele observou que tais medidas poderiam benefiar Brasil e Indonésia, os maiores produtores de etanol e biodiesel, respectivamente.

Por Redação ((o))eco
9 de fevereiro de 2007

Planejar é preciso

A Folha de S. Paulo traz hoje um editorial, reportagens e uma análise sobre o potencial da parceria entre Brasil e Estados Unidos para a expansão do uso de etanol em todo o mundo. A opinião do diário paulista é de que além das oportunidades, o setor de biocombustíveis brasileiro deve planejar cuidadosamente sua expansão. Um dos critérios na ocupação de terras agricultáveis, é a proteção da biodiversidade. O jornal defende que se leve em conta esse “patrimônio estratégico”.

Por Redação ((o))eco
9 de fevereiro de 2007

Exemplo Chinês

Reportagem do Valor diz que a China, terceiro maior produtor de etanol do mundo, vai reflorestar uma área do tamanho do território da Inglaterra com árvores de frutos altamente oleosos para aumentar a produção de biediesel do país. Em contraste, o mesmo jornal conta que nos países vizinhos Malásia e Indonésia desmata-se para plantar palmeiras de dendê, que também servem para produzir combustível.

Por Redação ((o))eco
9 de fevereiro de 2007

Não tão fácil

A Bolívia está dando sinais de que não aceitará as hidrelétricas brasileiras no Rio Madeira com tanta facilidade. Ontem em entrevista à Folha de S. Paulo, o vice-ministro de Eletricidade Energias Alternativas da Bolívia, Hugo Villarroel, afirmou que os estudos para a construção de Santo Antônio e Jirau são insuficientes . Para ele, as análises tem que levar em conta a bacia como um todo e não só o lado brasileiro. Se forem para sair, as usinas devem ser um projeto binacional, disse o boliviano.

Por Redação ((o))eco
9 de fevereiro de 2007

Bem organizados

Por outro lado, os investidores nacionais interessados nas obras no Rio Madeira estão se articulando com notável rapidez. Segundo notícia do Canal Energia, está estipulado que março será a data limite para a formação de um novo consórcio para concorrer ao leilão das usinas hidrelétricas. Além do consórcio entre Furnas e Odebrechet, os responsáveis pelo Estudo de Impacto Ambiental (EIA), grandes empresas brasileiras e estrangeiras, como o grupo chinês CTIC e a multinacional de construção civil Gautama, estão organizadas para concorrer. Há expectativas que pelo menos uma das duas usinas do Madeira entrem em um leilão ainda neste semestre.

Por Redação ((o))eco
9 de fevereiro de 2007

Small is beautiful

Stephan Harding, professor da Escola Schumacher, conhecida por sua defesa da filosofia “o pequeno é belo”, faz uma análise um tanto quanto cética da capacidade humana em lidar com o aquecimento global. Publicado no edição on line da britânica The Ecologist, o texto analisa alguns dos pontos mais preocupantes do último relatório do IPCC e argumenta que apenas modos de vida alternativos poderão nos salvar. Hardin acredita que a vida em pequenas comunidades com soluções locais de energia é o caminho.

Por Redação ((o))eco
9 de fevereiro de 2007