Imobilismo e catástrofe

Muita gente ainda se assusta com o custo de medidas propostas para combater a mudança climática. Um relatório que será divulgado pelo governo britânico na semana que vem mostra que os custos de não fazer nada serão muito maiores, segundo o Guardian. Sir Nicholas Stern, autor da obra, adiantou que a mudança climática global pode levar a uma depressão econômica com poucos precedentes. Mudar a matriz energética do planeta fica bem mais barato. Difícil mesmo é formar o necessário consenso político global.

Por Redação ((o))eco
27 de outubro de 2006

Termômetros enlouquecidos

As mudanças climáticas não devem se contentar com a elevação do mercúrio nos termômetros alheios. Alguns lugares também podem sofrer com temperaturas mais baixas. É o caso de parte da costa setentrional européia, cujo clima frio é suavizado em mais ou menos 10ºC pela Corrente do Golfo. O aquecimento global pode fazer com que o fenômeno pare. Segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, cientistas já descobriram evidências de um dramático enfraquecimento na corrente. Em novembro de 2004, dizem os pesquisadores, parte dela chegou a parar temporariamente.

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27 de outubro de 2006

Protesto

Quase uma centena de ambientalistas e estudantes gaúchos bloquearam hoje a BR-116, entre São Leopoldo e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Os alvos do protesto eram órgãos ambientais e governos que há décadas nada fazem de concreto para salvar o moribundo Rio dos Sinos. Em outubro, 86 toneladas de peixes morreram em suas águas saturadas de esgotos cloacais e industriais. Empresas como Gelita South America, Ultresa e Três Portos foram autuadas em R$ 1,2 milhão. Outros nomes estão acobertados por liminares. Durante a manifestação, peixes mortos boiavam no rio, em plena piracema. Mais importante do que a caça às bruxas de ocasião, é atacar as raízes da tragédia histórica. Nas 32 cidades da bacia, 95% dos esgotos domésticos não são tratados e dezenas de empresas vomitam seus dejetos nas águas que abastecem a população. Informações sobre a campanha Rio dos Sinos Vivo no site.

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27 de outubro de 2006

Absurdo

O vice-governador eleito de Mato Grosso e até então presidente da Assembléia Legislativa, Silval Barbosa, sugeriu uma emenda ao projeto de lei que visa redefinir os limites do Parque Estadual do Cristalino. Veja uma parte de sua proposta: “as terras e benfeitorias localizadas dentro dos limites descritos desta lei ficam sujeitos á desapropriação, criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural ou cessão de uso para desenvolvimento do ecoturismo, observadas a boa fé e momento da ocupação”.

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27 de outubro de 2006

Metendo a mão

Seu colega, deputado Pedro Satélite, acrescentou outra emenda à idéia de Barbosa. Quer que a área do parque seja de 140 mil hectares, ou seja, 40 mil a menos do que a proposta técnica da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), de 180 mil hectares. Como se não bastasse, quer destinar 22 mil hectares do que hoje é parque para assentamento de pequenos produtores, sendo que o entorno da unidade de conservação está cheio desses assentamentos, ainda sem qualquer regularização e controle.

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27 de outubro de 2006

Dor de cabeça

E o Cristalino agora tem mais uma ameaça: um projeto de pequena central hidrelétrica no rio Nhandu, no entorno do parque estadual. Assim que souberam da notícia, técnicos da Sema solicitaram ao empreendedor o processo de licenciamento para análises quanto a riscos à unidade de conservação.

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27 de outubro de 2006

Dinheiro estrangeiro

O Distrito Florestal criado pelo Ministério do Meio Ambiente na região da BR-163 (Cuiabá-Santarém) vai ser implementado com recursos da União Européia. Serão seis milhões de euros dos países membros do bloco, que aprovaram nesta quinta-feira, por unanimidade, a liberação do dinheiro.

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27 de outubro de 2006

Resposta

O diretor do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Tasso Azevedo, publicou um artigo onde explica que a Lei de Gestão de Florestas Públicas não facilita a privatização da Amazônia. Em resposta às críticas de que o PT, apesar de abominar tanto as privatizações, fez o mesmo com a floresta. Azevedo defende que a lei põe fim ao uso desordenado das terras públicas, pois antes dela não havia qualquer regulação para atividades nas áreas da União. O diretor do SFB aconselha a leitura da lei para quem quiser saber mais detalhes. Sua carta pode ser lida na íntegra clicando aqui.

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27 de outubro de 2006

Reaproveitamento

O destino do coco consumido pelos freqüentadores do parque Ibirapuera, em São Paulo, não será mais as latas de lixo. Acordo entre a Secretaria do Verde e o Instituto de Desenvolvimento, Educação, Análise e Legislação (Ideal) vai garantir coleta, transporte e reciclagem dos resíduos do coco verde semanalmente. Eles serão utilizados como matéria-prima de produtos como isolantes acústicos e térmicos, capachos, tapetes, estofados e substratos agrícolas.

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27 de outubro de 2006

Bom negócio

O tempo de decomposição dos resíduos do coco verde é superior a oito anos. Além disso, para cada 250 ml de água de coco é produzido 1 kg de lixo.

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27 de outubro de 2006

Campanha

A Islândia, país que adora arpoar cetáceos, anunciou que vai retomar a caça comercial de baleias das espécies fin e minke. Desde 1986, quando a caça a esses animais foi proibida, os islandeses têm mantido seus abates para fins de “pesquisa científica”. Mas agora parece que o país nórdico quer mesmo reaquecer a economia baleeira. Circulam notícias de instalação de novas fábricas e contratação de empregados para esse mercado. Quem achar isso absurdo e quiser bombardear o governo islandês com críticas, basta escrever para [email protected], email da embaixada do país nos Estados Unidos. O Brasil não tem representação diplomática por lá.

Por Redação ((o))eco
27 de outubro de 2006