Questão impertinente

A compensação ambiental continua esquentando o debate na Esplanada dos Ministérios. Após audiências públicas na Câmara e discussões no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), mais uma reunião marcada para esta quinta-feira no Ministério de Minas e Energia vai negociar a metodologia do cálculo do valor das compensações a serem pagas por empreendimentos com alto impacto ambiental.

Por Redação ((o))eco
20 de julho de 2006

Teto

A querela é a mesma de sempre: o limite percentual da compensação. A lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (9.985/2000) apenas cria um piso de 0,5%, mas não há um teto. Nesta quinta-feira, diferentes setores do MME vão apresentar suas propostas. O Ibama tem dito que não há porque estabelecer um teto, mas há informações que o órgão está disposto a discutir algo em torno de 2%. A indústria, no entanto, fez seus próprios cálculos e garante que mais de 1,1% não seria viável.

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20 de julho de 2006

Mexilhão na mira

O Ibama do Rio Grande do Sul e o governo gaúcho têm 90 dias para acabar com a praga dos mexilhões dourados. A espécie de molusco invasora chegou ao Brasil através da água de lastro de um navio chinês. Desde então, tem povoado de forma descontrolada os rios da bacia do Prata. A decisão foi tomada pela Justiça Federal, que determinou multa de mil reais por dia se a medida não for cumprida.

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20 de julho de 2006

Morosidade

A Justiça deu ganho de causa ao Ministério Público Federal, que havia ajuizado uma ação argumentando que se trata de um problema ecológico grave, que as autoridades ambientais não foram capazes de resolver. Há dois anos uma força tarefa foi montada com o objetivo de erradicar a espécie invasora, mas até agora os esforços não renderam resultados. A Justiça exige que seja apresentado um plano de manejo para evitar a proliferação do molusco em 150 dias.

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20 de julho de 2006

Lições naturais

Não chega a ser uma novidade. Mas como nota um slide-show publicado na Slate, o bio-design, que se espelha na natureza para projetar artefatos, atingiu um grau de maturidade e coerência jamais visto. Os designers que mexem com ele procuram se espelhar na fauna e na flora para serem ambientalmente corretos e aumentarem o desempenho e eficiência de suas peças. As pétalas da flor de lotus, por exemplo, serviram de modelo para um tipo de tinta que repele sujeira. A tecnologia da cauda do pavão, que não é colorida, mas absorve determinadas ondas produzidas por cores, é a mesma que está sendo empregada em aparelhos de TV digital. A Mercedes Benz fez um protótipo de carro baseado no formato de um peixe que aumenta em 25% a eficiência do veículo. Orelhas de morcego estão servindo de modelo para projetar as antenas do futuro.

Por Redação ((o))eco
19 de julho de 2006

Lições dos desastres

A gigante mundial de resseguros Swiss Re há mais de 12 anos começou a fatorar o aquecimento global nas suas análises de risco sobre catástrofes naturais. Diz uma reportagem publicada na Ecosystemmarketplace que graças a essa clarividência, a empresa conseguiu antecipar os custos financeiros em seus contratos de seguro de coisas como o tsunami na Ásia e o furacão Katrina. Desde o ano passado, seus colegas na indústria de seguros aderiram à tese do efeito estufa e viram o risco de determinados tipos de seguro ficarem tão altos que simplesmente abandonaram certos mercados. Por exemplo, não estão mais segurando construções em áreas de costa dos Estados Unidos feitas sobre mangues. É boa notícia para o meio ambiente.

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19 de julho de 2006

Madeireiras suspensas

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) suspendeu nesta quarta-feira o cadastro de 47 madeireiras suspeitas de terem sido beneficiadas com a inserção de créditos de forma ilegal no sistema que controla a comercialização e transporte de produtos florestais (Sisflora). As empresas estão proibidas de comprar, vender ou transportar madeira. Os estoques foram embargados. A Sema informou que também não dará mais créditos para as empresas que mantiverem relações com as madeireiras suspeitas. A lista das empresas está disponível no site da secretaria.

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19 de julho de 2006

Servidores envolvidos

O Sisflora foi criado para ser um sistema eletrônico moderno, capaz de administrar o transporte de produtos florestais sem a necessidade do trabalho direto de servidores do estado. A idéia é justamente evitar fraudes. Mas a polícia investiga a participação de funcionários da secretaria de meio ambiente no esquema. Eles já foram identificados, mas ainda não tiveram os nomes revelados.

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19 de julho de 2006

Grandes poluidores

Na reunião do G-8 na Rússia, o presidente russo Vladimir Putin deu estocadas no protocolo de Kyoto, especialmente no que diz respeito à inclusão de alguns países que têm altas emissões de gases que provocam o efeito estufa na categoria de nações em desenvolvimento. “Formalmente, suas economias podem ser consideradas em desenvolvimento, mas eles têm economias imensas e emissões maiores ainda. Vocês sabem que países eu tenho em mente”, disse Putin sem mencionar seus nomes. Eles são China, Índia e Brasil.

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19 de julho de 2006

Para trás

A Funai, no final de junho, publicou uma instrução normativa no Diário Oficial proibindo índios de arrendarem suas terras para o plantio de soja e determinando a apreensão de maquinário agrícola encontrado nessas áreas. Trata-se de uma tremenda marcha-à-ré. Nos últimos dois anos, com a benção da Funai, os Parecis que estão na Terra Indígena Nambikwara assinaram contratos de arrendamento com sojicultores no Mato Grosso.

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19 de julho de 2006

Vingança

A natureza está dando o troco à Usina Hidrelétrica de Barra Grande, no rio Pelotas (SC/RS). A obra, baseada num EIA-Rima fraudulento, afogou um floresta primária de araucárias e fez sumir para sempre do planeta uma espécie de bromélia endêmica da região alagada para constituir seu reservatório. Pois bem, a seca no Sul do país reduziu sensivelmente o fluxo de água no Pelotas e a usina está parada, sem produzir um kilowatt de energia.

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19 de julho de 2006

Placar do fogo

A página do Inpe que informa ao distinto público a situação das queimadas no campo e florestas indica que na terça-feira havia 184 focos de incêndio no país. Mato Grosso, que no domingo tinha 132 focos, ontem estava apenas com 15. A liderança de queimadas no país está agora com Rondônia, que registrou 22 incêndios. Mas quem anda imbatível no ato de atear fogo no mato é nossa vizinha Bolívia. Apesar de ser muito menor que o Brasil, os satélites que servem ao Inpe detectaram 126 focos de queimada no mesmo dia 18 de julho. A maioria se concentra próximo à fronteira brasileira. O placar consolidado pelo Inpe para toda a América do Sul mostra que no dia 19 de julho, o continente tinha 1841 focos de incêndio.

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19 de julho de 2006