Azar dos tubarões

A turma que cuida da saúde dos tubarões que nadam pela nossa costa está fula da vida com o Ministério do Meio Ambiente. Tudo por conta das alterações feitas na lista de espécies em extinção. Um tipo de tubarão foi retirado dela. Outros dois tiveram seu status de proteção rebaixado. Como elas tinham entrado na lista em 2004 e todo mundo sabe que num espaço de um ano nem o super-homem consegue reverter a situação de ameaça que paira sobre uma espécie, desconfia-se que a mudança foi feita apenas para livrar a indústria pesqueira de problemas legais.

Por Redação ((o))eco
29 de novembro de 2005

Numa gelada

O jovem escritor Joca Reiners Terron, sedentário paulistano, aceitou convite da revista Trip para acompanhar os últimos dias da Ecomotion Pro,...

Por Lorenzo Aldé
28 de novembro de 2005

Fruto proibido

Longa reportagem no The New York Times aponta Cuba como um dos maiores potenciais turísticos do mundo. Empresas americanas estão loucas para...

Por Lorenzo Aldé
28 de novembro de 2005

Deixa o tio

Esporte radical é sinônimo de juventude, mas convém respeitar os pioneiros. O site Viva Favela encontrou um grupo de skatistas quarentões de Duque...

Por Lorenzo Aldé
28 de novembro de 2005

Grave

Pesquisadores do Inpe e de outras instituições que utilizam imagens dos satélites Landsat e Cbers-2 para fiscalizarem o território nacional, principalmente as florestas, andam preocupados. O Landsat está há 21 anos no espaço e pode morrer a qualquer momento. Já o Cbers é mais novo, 2 anos, mais isso para ele, que funciona no momento com apenas uma bateria, é muito e corre o risco de ser aposentado antes que um substituto seja lançado em 2007. Conclusão: a fiscalização do desmatamento no Brasil pode ficar às escuras.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Estante

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) lança o livro Pecuária na Amazônia: tendências e implicações para a conservação. Trata-se de uma análise feita por especialistas sobre o impacto da presença de 64 milhões de cabeças de gado na floresta e como se pode conciliar esta realidade econômica com a preservação do ecossistema.A publicação está disponível na internet. As primeiras conclusões do estudo, que revelavam que a Amazônia corre o risco de sucumbir à pata do boi, foram publicadas com exclusividade pelo O Eco em fevereiro.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Mau começo

A reunião da ONU esta semana em Montreal, no Canadá, onde será discutido um novo acordo entre países para redução da emissão de poluentes na atmosfera, corre o risco de dar em nada. O governo anfitrião, a cargo do qual estava a missão de liderar as conversas, está em crise e pode cair nesta segunda-feira. O primeiro-ministro canadense, Paul Martin, vai passar por um voto de desconfiança no Parlamento. E nem sua ministra do Meio Ambiente, Stephane Dion, acredita que ele sobreviva. A reportagem do The New York Times explica que o encontro vai começar a definir as metas de produção de gases que provocam o efeito estufa a partir de 2012, quando termina o acordo feito em torno do Protocolo de Kyoto.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Recorde

Pode ser que nada ande esta semana no Canadá, o que seria uma tremenda pena. Nos últimos dias, os óbvios sinais de que estamos mexendo além do tolerável com o clima do planeta ganharam maior evidência. Um estudo publicado na Science e devidamente frangado pela redação de O Eco, mostra que nunca, nos últimos 650 mil anos, a Terra mandou de sua superfície tanto gás carbônico para a atmosfera. A descoberta, de cientistas europeus, foi feita examinando camadas de gelo antigas, retiradas de até 3 quilômetros de profundidade na Antártica . A notícia é da BBC, que lembra também que no mesmo número da Science, divulga-se outra pesquisa apontando que os oceanos estão subindo em velocidade duas vezes maior do que no século passado.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Futuro ruim

No realclimate.org, o super blog de climatologistas escrito em linguagem para leigo nenhum cair no sono, um “posting” dá conta do feito científico da pesquisa realizada pelos europeus que apareceu na Science. Ela confirma teoria que vinha se tornando cada vez mais corrente sobre o aquecimento global e, de um modo geral, permite aos paleoclimatologistas – a turma que tenta entender o que se passou, e passa, com o clima da Terra nos últimos milhares de anos fazendo escavações em camadas de gelo – realizarem estudos cada vez mais perfeitos. No geral, para os leigos, o blog explica que os resultados são péssimos e indicam que o futuro é pior ainda.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Fim

No próximo dia 30, encerra-se oficialmente a temporada de furacões no mundo e o The Washington Post aproveita a data para voltar a um assunto que ficou muito em voga depois que o Katrina reduziu Nova Orleans a ruínas. Na ponta do lápis, está comprovado que desde 1995 a natureza não produz uma torrente de furacões cuja marca é a extrema violência. Também já está se dando de barato que a próxima década vai dar seguimento a esta tendência. Igualmente, ninguém discute também que a força recente dos furacões deve-se a temperaturas de superfície fora do normal na região central do Atlântico. Não se tem certeza, porém, se tudo isso pode ser atribuído ao efeito-estufa. Agora, o que não falta é razão para desconfiar que isso possa ser a mais pura verdade.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Vítimas

E um jornal, o Guardian, e uma revista, a National Geographic, trazem histórias sobre o drama de dois grupos de criaturas que sofrem barbaramente por conta do aquecimento global. Na revista, as estrelas da tragédia são os ursos polares . O derretimento que graça na Antártica está encolhendo seu habitat, formado essencialmente por gelo. No jornal, a história tem como protagonistas os 980 seres humanos que habitavam o atol de Carteret. Há 30 anos, eles batalham contra o aumento do nível de água no Pacífico, causado pelo aquecimento global. Mas esta semana, desistiram. Chegaram à conclusão que seu torrão natal vai mesmo submergir e estão se mudando de mala e cuia para a Papua-Nova Guiné. São os primeiros refugiados humanos do desastre climático que estamos pacientemente construindo há séculos.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Contramão

Ninguém precisa ir cortando os pulsos por conta do pesado noticiário sobre o crescimento do aquecimento global e suas prováveis consequências catastróficas. Pelo menos não ainda. Há muita gente buscando meios de reverter o processo. Como Nova Iorque, nos Estados Unidos. Segundo o The New York Times, seu conselho ambiental, espécie de órgão regulador, divulgou regras para obrigar as montadoras a produzirem carros mais eficientes e menos poluentes. Basicamente, a cidade imita o que fez a Califórnia e a rigor não pede muito. Apenas que as revendedoras distribuam apenas automóveis que já venham com tecnologias chamadas limpas, como os híbridos de eletricidade e gasolina. As montadoras entraram na justiça contra as medidas. Vão perder na cidade. Mas querem evitar que o estado de Nova Iorque adote as mesmas regras de seu maior centro urbano.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005