Em segredo

O governo francês, diz o Le Figaro, decidiu que a empresa de energia estatal não precisa divulgar informações detalhadas sobre seu mais novo reator nuclear, que em princípio será usado para gerar eletricidade. Diz que o assunto recai sob a jurisdição da lei que protege segredos de segurança nacional. A decisão esvazia as audiências públicas que estavam sendo realizadas para discutir o projeto. Se ninguém pode realmente saber do que se trata, não há razão nenhuma para alguém aparecer nelas.

Por Redação ((o))eco
17 de outubro de 2005

Menos poluição, menos imposto

Belo exemplo da ex-metrópole para esta nossa ex-colônia. Em Portugal, a partir do ano que vem, o IPVA vai levar em conta o nível de emissões de carros na hora de calcular o valor a ser pago pelo seu proprietário. Quanto menos o automóvel poluir o ar, mais barato será o imposto. A notícia está em O Público.

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17 de outubro de 2005

Apocalypse, now

Os furacões e terremotos dos meses recentes reacenderam em círculos religiosos conservadores a sensação de que o apocalipse está próximo. Reportagem no The New York Times diz que o tema, junto com o combate ao aborto e ao divórcio, está tomando conta das discussões entre, por exemplo, evangélicos na internet. O tom é fatalista, como se houvesse uma revolta ambiental guiada por Deus que os homens não conseguirão contornar.

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17 de outubro de 2005

Águas explosivas

Talvez os religiosos estejam certos. Uma notícia no Le Monde diz que há vários lagos na África com gás carbônico e metano diluídos em suas águas. O fenômeno deve-se à natureza, em alguns lugares, e à ação do homem em outros. Pouco importa a fonte, o fato é que de vez em quando os lagos emitem quantidades suficientes de poluentes para matar homens e animais que vivem ao seu redor, como aconteceu nos anos 80 em Camarões. Um desses lagos, em Ruanda, está sentado sobre uma falha para onde um dia está previsto um imenso terremoto com direito a tudo que uma grande catástrofe pode ter, inclusive erupção vulcânica. Num lago cheio de metano e gás carbônico, dá para imaginar o grau do desastre que vai acontecer. Segundo o jornal, cientistas franceses estão propondo método para tirar de lá as duas substâncias e convertê-las para uso industrial. O governo de Ruanda ficou interessado. Entre matar os dois milhões de pessoas que vivem em torno do tal lago de uma vez, num grande terremoto, ou lentamente, pela gradual poluição doar, prefere a segunda hipótese. Quando o desastre vier, provavelmente os burocratas que tomaram a decisão nem mais vivos estarão.

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17 de outubro de 2005

Quilo perfeito

Ninguém compreende exatamente o que os cientistas no Instituto Nacional de Padrões dos Estados Unidos estão fazendo. Nem mesmo o repórter do The New York Times que foi lá para contar tudo aos seus leitores. Mas é algo grande. Ou melhor, pesado. Estão tentando definir um padrão de força necessária para gerar um campo eletromagnético capaz de contrabalançar a gravidade que faz um kilograma tombar. Em linguagem de leigo, estão criando um kilograma eletrônico para ser usado como padrão pelos físicos. É complicado, mas interessante.

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17 de outubro de 2005

Incontroverso

Nada como uma cienciazinha para resolver aspectos ético-idiotas religiosos. Para fugir da ira dos cristãos fundamentalistas americanos, que efetivamente conseguiram paralisar pesquisas com células-tronco nos Estados Unidos alegando que elas são uma maneira de destruir a vida que existe em embriões, cientistas desenvolveram método para criá-las sem precisar deles. Há uma outra maneira de fugir também da ira religiosa. Usar células-tronco geradas a partir de células de pele tratadas para serem nada mais do que embriões. Também é assunto complicado de entender. Mas aparentemente, os evangélicos e católicos radicais aceitam ambas as técnicas. A notícia está no The New York Times.

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17 de outubro de 2005

Novo conflito

As disputas entre árabes e israelenses se moveram para o campo ambiental. Este ano, o Egito, principal exportador de folhas de palmas para Israel, reduziu drasticamente o corte porque ele impede que a árvore produza tâmaras, importante componente da dieta da população no país. Os israelenses só se deram conta agora que não vão ter folhas suficientes nas mãos para fazer sua Celebração dos Tabernáculos, festa religiosa que leva uma semana e que começou hoje, segunda feira, dia 17 de outubro. O governo transformou o assunto numa questão diplomática. Está pedindo o apoio de congressistas americanos e do departamento de Estado para pressionar os egípcios a cortarem folhas de palma em caráter de urgência e mandá-las para Israel. Acusam o Cairo de ter tomado decisão unilateral que tem impacto negativo na cultura e religião do país. A notícia está no The Washington Post.

Por Redação ((o))eco
17 de outubro de 2005

Anti-Cappios

Não tem nada a ver com meio ambiente, mas a notícia do Le Monde deve ser lida por todos os que criticaram Dom Luis Cappio, o padre que fez greve de fome contra a transposição do São Francisco. Em Guantánamo, base americana em Cuba, os soldados que cuidam dos prisioneiros Talibãs trancafiados por lá desenvolveram método para acabar com suas greves de fome de protesto. Alimentam a turma à força, como gansos. Empurram alimento goela abaixo dos prisioneiros.

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17 de outubro de 2005

Pavor

Os americanos insistem que não há nada de mortal sobre ela. Cientistas brasileiros entrevistados domingo à noite no Fantástico também se mostraram despreocupados. Mas na Europa, a chegada da gripe do frango nas suas fronteiras está deixando todo mundo apavorado. O Guardian diz que médicos de toda a Grã-Bretanha foram avisados em caráter de emergência que o vírus é mortal se contraído por humanos e que devem se preparar para ministrar um mínimo de 14 milhões de vacinas em pacientes.

Por Redação ((o))eco
17 de outubro de 2005

A imunização não tem preço

A The Economist traz reportagem sobre o trabalho de dois pesquisadores que tentaram traduzir os benefícios econômicos da vacinação em massa. São imensos. O estudo está sendo usado para justificar programa de vacinação em 75 países pobres que vai durar 15 anos e custará pelo menos 13 bilhões de dólares.

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17 de outubro de 2005

Mamãe-natureza

Na Slate, reportagem historia a adoção da fralda para bebês nas sociedades ocidentais – é coisa do século XIX – para esculhambar grupo americano que semana passada, em nome do meio ambiente, saiu-se com a idéia de liberar os infantes de seu uso. Pode ser bom para a natureza, mas será péssimo para as mulheres, conclui o texto.

Por Redação ((o))eco
17 de outubro de 2005

Horror

O The New York Times deu reportagem dizendo que o corte de madeira continua correndo solto na Amazônia e que em valores, ele gera números muito próximos aos do ano passado, quando o país exportou cerca de um bilhão de dólares, metade vem de produtos obtidos ilegalmente. O texto vai contra a corrente em todos os sentidos. Imaginava-se que 100% de nossas exportações fossem legais. E o período de cortes na região já deveria ter se encerrado. A seca atinge Amazonas e Acre. Mas no Pará, onde o repórter do jornal esteve, chove normalmente, coisa que impede a entrada dos madeireiros na floresta. Se estão cortando ainda, é porque a situação está realmente horrorosa.

Por Redação ((o))eco
17 de outubro de 2005