O Incra quer assentar cerca de 40 famílias de sem-terra na Fazenda São Luiz, na Serra do Japi, localizada no município de Cajamar (40 km da capital). A propriedade tem 121,81 hectares e é Área de Proteção Ambiental (APA). Parte das terras almejadas pelo órgão pertence à área tombada da Serra do Japi. →
Órgãos das cidades vizinhas estão se manifestando contra o projeto, por se tratar de uma área de preservação. A Câmara de Vereadores de Jundiaí, apoiada pela prefeitura do município, organizou um abaixo-assinado para impedir a ação. A Prefeitura de Cajamar e a Ordem dos Advogados do Brasil pretendem ir à Justiça contra o Incra. →
O vereador de Jundiaí Marcelo Gastaldo (PTB), que encabeça a mobilização pela câmara, defende que as terras em questão são inapropriadas para a agricultura. O solo, segundo ele, é íngreme e de cascalho. Neusa Pinheiro, presidente da SAB Santa Clara e vizinhanças, ecoa essa avaliação. E diz mais: a vocação da região não é para agricultura, e sim para o turismo ecológico. Também promete mobilizar a comunidade para salvar aquilo que se tornou o ícone da cidade de Jundiaí. →
O Incra alega que, no local, será implantando o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS), que possibilita a preservação e o revigoramento do meio ambiente. Também sustenta que a agricultura familiar é compatível com a preservação do meio ambiente em áreas já exploradas pela agricultura. →
Em Apiaí, Vale do Ribeira, o Incra já conseguiu uma área de 7,7 mil hectares para assentar cerca de cem famílias. É a fazenda Vitória, comprada pelo órgão em maio, sob aprovação da Justiça Federal. A imissão na posse será no dia 28 de julho, quando deve começar o processo de criação do assentamento. →
Cientistas chineses acreditam que podem existir muito mais pandas gigantes nas florestas de lá do que se pensava. Um estudo divulgado na última segunda-feira aponta a existência de 67 a 72 indivíduos na Reserva Natural de Wanglang, no oeste do país. O número anterior dava conta de apenas 27. A pesquisa se baseou na coleta de fezes de panda, que depois são analisadas geneticamente para identificar seus donos. Os cientistas acreditam que o número pode estar subestimado em outras partes da China, uma vez que o método anterior – análise de mordidas dos bichos em pedaços de bambu – era bem menos eficiente. A notícia é da revista Science. →
Milhões de barris de óleo negro – um resíduo do refino do petróleo – foram despejados em vales montanhosos próximos ao rio Tigre, norte do Iraque, e depois incendiados. Reportagem do jornal The New York Times diz que os incêndios já pararam, mas as muitas poças de óleo restantes ameaçam o rio e as reservas de água subterrâneas da região e uma fumaça espessa ainda se espalha a mais de 60 km de distância. O complexo de refinarias de Baiji, de onde veio o poluente, produz cerca de 36 mil barris de óleo negro diariamente. O governo iraquiano não sabe o que fazer com o resíduo; o desastre foi causado por uma última tentativa, desesperada, de dar fim ao óleo. →
Espécies de plantas utilizadas pelo homem como alimento serão preservadas em um banco de sementes em Svalbard, na Noruega, para o caso de uma catástrofe global. A instalação, é uma versão vegetal da “arca de Noé”, que pode conter até 3 milhões de sementes do mundo inteiro e será administrada pelo Global Crop Diversity Trust. Segundo o jornal inglês The Guardian, o banco, um túnel de 70 metros cavado numa montanha nas geleiras norueguesas, pode ser útil tanto diante de guerras nucleares quanto de desastres naturais, acidentes e até má gestão de recursos. →
Mesmo com uma série de evidências de prejuízos ambientais, o projeto da construção da hidrelétrica de Belo Monte (PA), ainda sem licença do Ibama, tem muitos adeptos dispostos a brigar por ela. Uma comissão formada por entidades que fazem parte do Comitê Pró-Belo Monte e Desenvolvimento Sustentável da região Transamazônica e do Xingu vai elaborar uma carta de reivindicações a ser entregue a autoridades em Brasilia até o fim da semana. Eles pedem a retomada dos estudos para a construção da usina, ordenamento fundiário e asfaltamento de rodovias como a BR-163 e a BR-230. →
Começou hoje e termina no próximo sábado, em Madagascar, uma conferência organizada pela Conservação Internacional que promete mostrar como a biodiversidade pode ajudar a reduzir a pobreza, combater doenças e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas. O Brasil é representado por uma equipe encarregada de contar o que dá certo por aqui para os demais países participantes. →
