Fogo zero

A seca na Amazônia e as queimadas no Acre reduziram a cinzas um dos programas mais caros à ministra Marina Silva: ensinar às populações rurais como limpar seus terrenos fazendo incêndios controlados. Ano que vem, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) vai no caminho contrário. Planeja endurecer o combate às queimadas. Ainda não se sabe o que fazer. Mas decidiu-se criar um grupo interministerial para que o governo, em 2006, entre o ano com uma política definida para reduzir, se possível nem deixar acontecer, queimadas na região. A questão virou ponto de honra e vai ganhar importância igual a que é dada à luta contra o desmatamento.

Por Redação ((o))eco
14 de outubro de 2005

Descontrole

O que aconteceu no Acre ensinou que em floresta seca, ao contrário do que propõe a cartilha que o Ibama andou distribuindo no ano passado às populações rurais com o título “Fogo Bom é Fogo Controlado”, é impossível controlar incêndios. Até mesmo para bombeiros. Técnicos do governo do Acre dizem que as cartilhas animaram os produtores rurais a tacarem fogo nas suas roças este ano. Ele acabou incendiando as florestas.

Por Redação ((o))eco
14 de outubro de 2005

Chefes

O grupo interministerial anti-queimadas será liderado pelo Ministério do Meio Ambiente e o da Saúde, que como ninguém sabe os males que a fumaceira trouxe para a saúde pública no Acre.

Por Redação ((o))eco
14 de outubro de 2005

Início de conversa

A possibilidade de a seca na Amazônia ter alguma variável ligada ao aquecimento global, junto com o furacão Katrina e o relatório da ONU avisando ao mundo para se preparar para mais catástrofes ambientais, animou a cúpula do Ministério do Meio Ambiente (MMA) a abrir conversa sobre o problema dentro do governo. Acham que o Brasil precisa se preparar para prevenir, e eventualmente se adaptar, a problemas de grande impacto que possam ser gerados por distúrbios no clima provocados pela intervenção humana.

Por Redação ((o))eco
14 de outubro de 2005

Futuro

No governo Lula, de forte viés desenvolvimentista, é possível que essa conversa encontre ouvidos surdos. Mas no final do ano, os técnicos do MMA terão nas mãos um instrumento importante para pelo menos chamar a atenção dos manda-chuvas de Brasília. Trata-se de um estudo de dois anos encomendado em 2003 sobre os prováveis impactos do aquecimento global sobre os ecossistemas brasileiros. Ele vai detalhar como analisar se diante do efeito-estufa, as Unidades de Conservação que vem sendo criadas têm condições de proteger a nossa biodiversidade.

Por Redação ((o))eco
14 de outubro de 2005

Mapa brasileiro

Junto com esta análise, o governo vai receber o primeiro mapeamento definitivo dos ecossistemas brasileiros. Por enquanto, só dois têm isso, a Mata Atlântica e a Amazônia. Assim mesmo, são incompletos. O da Amazônia, por exemplo, registra desmatamentos, mas não floresta regenerada. Tampouco informa quanto de floresta o país já perdeu.

Por Carolina Elia
14 de outubro de 2005

Energia portátil

Para quem não dispensa os aparatos tecnológicos, a Universidade da Pensilvânia desenvolveu uma mochila com bateria portátil, que serve para...

Por Redação ((o))eco
14 de outubro de 2005

Unânimidade científica

O The Seattle Times publica uma reportagem que releva uma questão interessante no debate sobre o aquecimento global. Depois de anos, o fenômeno está deixando de ser controverso. A convergência de opiniões sobre sua existência é impressionante. Pesquisa feita sobre estudos realizados sobre o efeito-estufa entre 1993 e 2003 não encontrou um que não propagasse a certeza de que a interferência humana passou a ser uma variável fundamental do clima no mundo. As divergências ficam por conta de sua severidade, nossa capacidade de consertar o problema e o tempo em que o efeito-estufa se tornará coisa irreversível. O mesmo jornal deixou que seus leitores enviassem perguntas a renomado cientista americano sobre o efeito-estufa. As dúvidas e suas respostas, em inglês, podem ser encontradas aqui.

Por Redação ((o))eco
14 de outubro de 2005

Boa para a saúde

Pesquisa feita no Canadá diz que, ao contrário do que ouvimos de nossos pais e dizemos aos nossos filhos, maconha faz muito bem ao cérebro. Principalmente se a droga consumida tiver altíssima potência. Uma variante de alto impacto da Cannabis foi injetada durante três meses em ratos e o resultado é que eles tiveram células de seus hipocampos regeneradas. O hipocampo é a região do cérebro responsável pelo aprendizado e pela memória. Pois é, a memória, coisa que todo maconheiro sempre imaginou ser a primeira grande vítima de seu hábito. O segredo para mantê-la viva à base de maconha é não só tragar a substância mais potente que houver, mas fazê-lo em doses regulares. A reportagem é do Toronto Globe & Mail.

Por Redação ((o))eco
14 de outubro de 2005