Enforcada

Essa pombinha, pendurada pelo pescoço em um poste de luz na Praça XV, uma das mais movimentadas do Rio de Janeiro, balança, morta, ao sabor do vento há meses. Não se sabe exatamente desde quando, nem como ela foi parar ali. Fato é que quase ninguém repara. Uma das hipóteses é que o bicho tenha se enroscado em uma das linhas de pipa que ambulantes costumam vender no local. Tem gente que arrisca dizer, sarcasticamente, que ela resolveu acabar com a própria vida diante do desprezo dos transeuntes. Seja lá o que for, ninguém merece um destino desses.

Por Andreia Fanzeres
1 de junho de 2005

A cara do amor

Amor não tem nada a ver com sexo. É o que dizem cientistas americanas que andaram escaneando imagens de cérebros de rapazes e moças apaixonados. Numa tela de computador, o cérebro inebriado pelo amor profundo fica igualzinho ao que está sofrendo psicoses. É completamente diferente das imagens que se consegue ver de cérebro interessado em levar alguém para a cama. A reportagem é do The New York Times.

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2005

Exemplo

O The New York Times publicou editorial contra o desmatamento na Amazônia. Protege Marina, evita bater em Lula, mas pinta o Brasil como uma republiqueta, onde o governo é incapaz de impor ordem. Não diz nenhuma novidade, mas diz a verdade e pelo menos demonstra ter dado ao assunto a importância que ele merece. É mais do que fez a maior parte da imprensa brasileira.

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2005

Correndo no pé

Reportagem do The Chicago Tribune sobre o novo tênis para corridas da Nike – desenhado para fazer o atleta sentir-se descalço – diz que ele é bom mesmo para ser usado como se fosse chinelo, de preferência dentro de casa. Não que a idéia seja ruim. O treino descalço tem um monte de defensores e o africano Abebe Bikila, desde 1960, quando ganhou na sola do seu pé o ouro da maratona nas Olimpíadas de Roma, mostrou as virtudes da coisa. O problema é que a concepção do tal tênis maravilhoso ignora o fato que as ruas das cidades hoje em dia estão cheias de detritos, contra os quais ele não protege.

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2005

Consumo de inglês

O Guardian tem reportagem mostrando que pelo menos na Grã-Bretanha, não está longe o dia em que o consumidor só vai comprar alimentos orgânicos. O crescimento do mercado é estupendo. No ano passado, cresceu 10%, apesar das vendas no varejo de alimentos ter caído 1%. A reportagem diz que a comunidade científica está dividida sobre os benefícios dessa mudança de comportamento. Há quem diga que entre o alimento orgânico e o que vem cheio de pesticidas, não há qualquer diferença.

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2005

O selo e o evangelho

Na abertura do primeiro Congresso Ibero-Americano sobre Desenvolvimento Sustentável, nesta terça, no Rio, a ministra Marina Silva voltou a dizer que a sociedade civil deve colaborar para a diminuição do desmatamento no país. Os cidadãos podem participar, segundo ela, exigindo produtos que tenham selos de sustentabilidade. Fernando Almeida, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que organiza o evento, concordou. Para ele, se os consumidores pararem de comprar produtos feitos de madeira não-certificada, o mercado vai parar de vendê-los. "Quando foi anunciado que a Nike usava mão-de-obra infantil na sua produção, as pessoas boicotaram e a empresa quase foi à falência", exemplificou. Ao falar das empresas que aderem à preservação ambiental apenas por marketing, Marina Silva citou passagem da Bíblia, em que o apóstolo Paulo diz que o evangelho deve ser pregado "não importa se por vaidade ou amor".

Por Lorenzo Aldé
31 de maio de 2005

Pobres diabos

O diabo da Tasmânia, aquele bicho de cara feroz e alma mansa está sofrendo estranhíssima ameaça que pode muito bem levá-lo à extinção. Segundo o The New York Times, a população adulta está sendo dizimada por tumor facial de origem desconhecida. Não se sabe se os jovens, resgatados por humanos de perto de corpos putrefados de suas mães, terão ou não a doença quando chegarem à idade adulta. Os cientistas agora tentam evitar que a epidemia se espalhe por toda a Tasmânia. Ela tem 100% de mortalidade e tem se movido a distâncias que vão de 12 a 18 quilômetros por ano.

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2005

Montanhas, um fascínio

Recém-lançado pela Editora Objetiva, o livro Montanhas da Mente apresenta o montanhismo sob uma ótica diferente. Em vez de focar em geografia,...

Por Lorenzo Aldé
31 de maio de 2005

O lago está afundando

Como Machu Picchu, tem gente correndo para conhecer um outro patrimônio da humanidade que está afundando. A diferença é que o que está sucumbindo é um lago asiático, um oásis no deserto de Gobi, na China. O nível da água do Lago Crescente já baixou quase oito metros nos últimos 30 anos e ele tem hoje um terço de seu tamanho original. Segundo o NYT, a construção de uma represa e a explosão populacional da cidade de Dunhuang pressionaram o frágil equilíbrio hídrico daquele oásis. Os turistas, é claro, querem conhecer o lugar antes que seja tarde, mesmo que sua presença em massa demande ainda mais água e acelere todo o processo.

Por Redação ((o))eco
30 de maio de 2005

Novela antiga

Que a velocidade e o descontrole urbano de São Paulo foram cruciais para o estado de alagamento constante da cidade, hoje ninguém duvida. Mas para entender o porquê, o caderno Cotidiano da Folha de S. Paulo trouxe uma reportagem quase científica que abordou de que maneira as características geográficas da metrópole a tornam naturalmente alagadiça. Para os especialistas ouvidos, a questão da retificação dos rios é uma das principais causas das enchentes, mas não é tudo. A ocupação das várzeas e a impermeabilização do solo de toda cidade estão entre os maiores vilões.

Por Redação ((o))eco
30 de maio de 2005