Boa leitura

Vale a pena ler na íntegra a coluna de Maria Cristina Fernandes, no Valor (só para assinantes), sobre a transposição do Rio São Francisco. Ela começa lembrando que a água é um dos temas principais do Fórum Social Mundial e deságua na obra cara e questionável que ameaça desfigurar a bacia do São Francisco. Ela ouviu especialistas no assunto que afirmam que a melhor solução para a seca seria apenas revitalizar o rio, mas para isso não é necessário canteiros de obras, objetos de cobiça do governo.

Por Carolina Elia
31 de janeiro de 2005

A Baía Soterrada

O estado grave de degradação em que se encontra a Baía de Guanabara, um dos principais cartões-postais do Rio, ganhou uma matéria especial de 3 páginas na edição deste domingo de O Globo (gratuito). Estudos mostram que ela já perdeu 15% da sua superfície original graças a assoreamentos provocados por obras estaduais mal feitas, esgoto, lixo e crescimento urbano desordenado. Se continuar nesse ritmo, 2/3 da baía secarão em 200 anos. Pela Internet, é possível ter acesso à matéria, mas não às fotos e gráficos que ilustram a reportagem.Por elas, vale a pena comprar a edição impressa do jornal.

Por Carolina Elia
30 de janeiro de 2005

Moto-serras em ação

Da caixa postal: Germano Woehl, do Instituto Rã-Bugio, avisa pelo e-mail que no município de Itaiópolis, em Santa Catarina, está sendo desmatada, com autorização da Fundação do Meio Ambiente do estado, uma grande área de araucárias e imbuias (fotos). O proprietário é um empresário local, Antenor Duffeck, dono de uma carvoaria.

Por Redação ((o))eco
28 de janeiro de 2005

Bom futuro?

O Ibama começou a tomar providências para acabar com as invasões e o desmatamento na Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia. Foi proposto aos posseiros um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que propõe a retirada da população no médio prazo e seu assentamento em terras a serem indicadas pelo Incra. Em contrapartida, fica proibida a entrada de novos invasores e equipamentos na reserva ambiental, além, é claro, do desmatamento. O TAC também estabelece o replantio da área desmatada. O representante legal dos posseiros deve responder à proposta ainda nesta sexta-feira, dia 28. Um documento final, incorporando as sugestões dos invasores, deve ser divulgado na segunda, dia 31.

Por Lorenzo Aldé
28 de janeiro de 2005

Audiências-Fantasma

Assim como em Belo Horizonte, a audiência pública sobre o projeto de transposição do Rio São Francisco em Salvador, no dia 27 de janeiro, foi aberta e fechada sem que a discussão tenha ocorrido. A reunião na Bahia foi ainda mais rápida. Bastaram 15 minutos para que os manifestantes conseguissem impedir o Ibama de apresentar suas propostas. O Comitê Nacional da Bacia Hidrográfica do São Francisco informa que vai usar a mesma estratégia nas duas audiências que ainda faltam, em Aracaju (31 de janeiro) e Maceió (2 de fevereiro). A Procuradoria e o setor de Licenciamento do Ibama vão esperar a conclusão da série de audiências para decidir se a consideram válida ou não.

Por Redação ((o))eco
28 de janeiro de 2005

Correio

O governo do Pará recebeu carta consulta do governo federal sobre a criação de uma unidade de proteção integral, no caso um Parque Nacional, na Terra do Meio. Do ponto de vista burocrático, é a última etapa a ser cumprida para formalizar o decreto de criação.

Por Redação ((o))eco
28 de janeiro de 2005

A Garça-branca

A garça-branca (Egretta thula) já foi típica dos manguezais e lagoas do Rio de Janeiro. Mas, como os manguezais e lagoas estão deixando de ser...

28 de janeiro de 2005

Davos

A elite mundial não tem dado respostas adequadas aos principais riscos globais do momento. Esta foi a conclusão de uma das mesas do segundo dia do Fórum Econômico Mundial em Davos. No debate foi apresentado o resultado de uma pesquisa da corretora Merril Lynch para o Fórum, com 60 líderes empresariais do mundo, da qual saiu a lista com os dez principais riscos contemporâneos para os negócios e o equilíbrio global: instabilidade no Iraque, terrorismo, crises fiscais, desestabilização da oferta de petróleo, radicalismo islâmico, redução súbita do crescimento na China, epidemias de doenças infecto-contagiosas, mudanças no clima, armas de destruição em massa e tensões resultantes da imigração descontrolada. A boa notícia é que a elite econômica mundial já reconhece as mudanças climáticas como fator relevante de risco econômico e ambiental.John Holden, especialista em meio ambiente que participou desse painel, alertou que estudos recentes mostram que o aquecimento global pode ser ainda mais intenso do que as conclusões já alarmantes até agora conhecidas. Segundo Holden, o aquecimento afetará a agricultura, aumentará a proliferação de germes que causam doenças e a ocorrência e intensidade de enchentes e secas, com riscos imprevisíveis. Ele afirma que as mudanças de atitude das empresas podem ajudar a mudar a posição do governo Bush em relação ao meio ambiente.

Por Sérgio Abranches
27 de janeiro de 2005

Angra III

O presidente Lula vetou o artigo do Orçamento da União de 2005 que deixava de fora investimentos em Angra III e abriu caminho para que a obra seja retomada em breve. O Globo (gratuito) apurou que a obra estava na lista de irregulares por não ter licença ambiental. Segundo fontes do governo, Lula tomou a decisão influenciado pelos apagões que andam acontecendo no país. Ontem, parte do Rio Grande Norte e da Paraíba ficou sem luz.

Por Carolina Elia
27 de janeiro de 2005

Futuro: 11 graus mais quente

Um estudo envolvendo 95 mil pessoas em 150 países constatou que a emissão de gases relacionados ao efeito estufa na atmosfera pode elevar a temperatura da terra em 11 graus Celsius. Essa previsão é extrema, mas um aumento de apenas 5 graus já será capaz de provocar uma perigosa revolução climática. O maior estudo internacional sobre o tema ainda está em andamento, mas os primeiros resultados foram publicados na revista científica Nature e resumidos em português pelo O Globo.

Por Carolina Elia
27 de janeiro de 2005