Alerta mais vermelho

Os Estados Unidos estão descobrindo o óbvio. Oligopólios podem fazer muito mal à saúde pública. Apenas duas empresa produzem o estoque anual de vacinas anti-gripe consumidas pelos americanos – o que dá quase 100 milhões de doses. Uma delas, de origem inglesa, anunciou ontem que não será capaz de distribuir as 48 milhões de doses que fabricou este ano porque suspeita que estão contaminadas. A notícia está no The Washington Post (gratuito).

Por Manoel Francisco Brito
6 de outubro de 2004

Contaminação

The Washington Post (gratuito, pede cadastro) conta que investigação feita por órgãos reguladores municipais e estaduais nos Estados Unidos mostra que várias cidades fraudaram testes de qualidade de seus serviços de água e esgoto. A razão fundamental foi a de evitar que fossem multadas e obrigadas a fazer investimentos para sanar os problemas. Para perpetrar a fraude, contaram com a ajuda da Agência de Proteção ao Meio Ambiente, departamento do governo federal. O problema da contaminação é maior nas grandes cidades, como Nova Iorque, Chicago e Filadélfia.

Por Carolina Elia
5 de outubro de 2004

Oceanos Barulhentos

O aumento da poluição sonora nos mares está causando sérios problemas a baleias e golfinhos. Os cetáceos estão ficando surdos e perdendo sua capacidade de orientação. O barulho aumenta a dificuldade de mães e filhotes manterem-se agrupados e dificulta a localização de comida. Uma das fontes principais é a exploração de petróleo e gás em águas profundas. O trânsito de navios também contribui diz a reportagem da BBC News (gratuito). O resultado dessas atividades gera ondas de baixa freqüência que atravessam centenas de quilômetros.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Madeira Verde

Como construir com baixo impacto ambiental? Segundo o Science Daily (gratuito), estudo feito por um consórcio de 15 universidades, levando em consideração toda a cadeia produtiva, concluiu que, literalmente, o barato é usar madeira. Em comparação com a madeira, usar estruturas de aço gastava mais 17% de energia, aumentava o impacto no efeito estufa em 26% e agravava em 14% a poluição do ar e 300% a da água. Na comparação com estruturas de concreto, a madeira foi igualmente muito superior. Conclusão, o mais tradicional dos materiais de construção é também o mais ecologicamente correto.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Maquiavéis doces

O Guardian (gratuito) teve acesso a um documento da Organização Mundial de Pesquisa sobre o Açúcar, que tem sede em Londres e é financiada por produtores de açúcar do mundo todo. Trata-se de um plano maquiavélico, pelo qual eles pretendem fazer uma imensa contribuição em dinheiro para a Organização Mundial de Saúde para ganhar desta o selo de organização não-governamental. Nessa condição, conseguiriam ter acesso aos fóruns de discussão internos da OMS, coisa fundamental para tentar influenciar eventuais decisões do organismo. No fundo, a turma do açúcar só quer participar de um debate. Mais precisamente, sobre a campanha mundial que a OMS pretende lançar em breve contra a obesidade. O açúcar será obviamente um alvo prioritário. Seus produtores gostariam de estar presentes para ver se conseguem ao menos tirá-lo da reta. Informada pelo jornal, a OMS se disse chocada com o plano.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Vai explodir

Cientistas americanos que andam medindo os recentes tremores de terra perto do vulcão do monte ST. Helens, no estado de Washington, prevêem que ele está muito próximo a ter uma erupção de proporções catastróficas. Sua última grande erupção, relembra o The Washington Post (gratuito, pede cadastro), aconteceu em 1980 e foi tão forte que reduziu a cascalhos o topo da montanha.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Turismo de sádicos

Cansado de visitar Nova Iorque nas férias? Chateado por ser obrigado a repetir a viagem à Disneyworld com as crianças? Atrás de novas emoções durante seu período mais longo de descanso? Seus problemas acabaram. A Noruega acaba de autorizar operadoras de turismo do país para venderem pacotes a turistas para viajarem até o norte do país para matarem bebês de foca. Pode ser a tiros ou a pauladas. O visitante escolhe. Não é cascata. Algumas operadoras oferecem abertamente a viagem em seus websites. Segundo o Guardian (gratuito), a autorização do governo faz parte de um plano mais amplo para reduzir o estoque de focas no país, acusadas pelos pescadores locais, coitadas, de serem responsáveis pela redução da presença de cardumes de peixes nas águas onde pescam. Claro, a idéia gerou revolta mundial. Tem organização ambientalista propondo pacote turístico cujo ponto alto é matar um norueguês. A tiros ou a pauladas. O turista escolhe.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Nem os esquilos escapam

Falando em matança de animais no mínimo simpáticos, o The New York Times (gratuito, pede cadastro), foi até o interior da Louisiana, terra dos descendentes do cajuns, como ficaram conhecidos os colonizadores originais dessa região, todos franceses, testemunhar o início de um ritual antiquíssimo: a caçada de esquilos. É uma tradição que político nenhum conseguiu impedir. O animal é considerado uma iguaria na culinária cajun, especialmente o seu cérebro. A coisa é tão importante nessa região que as autoridades decretam em homenagem a ela um feriado mais longo que o do natal.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Liberou geral

A prefeitura de São Paulo dispensou a apresentação de exames médicos – atestando que seus portadores não têm doenças de pele transmissíveis – para entrada nas piscinas públicas da cidade. A secretaria municipal de Saúde justificou a medida, tomada em 31 de agosto, dizendo que não há qualquer perigo de transmissão de moléstias de pele se a água estiver tratada com cloro. Segundo a Folha de S. Paulo (só para assinantes), a questão é polêmica. Há muito médico que não concorda com ela.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Para quem gosta de conservação

No fim de outubro, o Centro Brasileiro de Biologia da Conservação (CBBC), do IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, vai oferecer curso com duração de um mês para interessados em pesquisa para conservação. As aulas serão dadas na sede do IPÊ e em reservas ambientais. Uma delas acontecerá no Parque Estadual Morro do Diabo, uma valiosa reserva de Mata Atlântica mantida no interior de São Paulo. As inscrições estão abertas até o dia 8 de outubro, e os dados para contato são: (11) 4597-1327 / (11) 9634-3574 ou [email protected].

Por Redação ((o))eco
1 de outubro de 2004