Geladeiras verdes

A Bosch anunciou que começará a produzir no Brasil geladeiras que não utilizam o gás HFC, considerado prejudicial ao meio ambiente. Segundo o Valor (só para assinantes), vai se utilizar de tecnologia desenvolvida pela ONG Greenpeace e parece que o destino primordial dos refrigeradores será o mercado europeu.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004

O salmão de Buda

Cientistas e ricaços americanos amantes da pesca, que querem preservar o salmão siberiano em rios na Mongólia, têm um aliado incomum: Gantulga, um sujeito de 26 anos que se veste com um camisolão cor de laranja por uma razão bastante apropriada. Ele é um monge budista. Gantulga e seus companheiros de mosteiro comprometem-se a fazer pregação moral contra a pesca do salmão e a destruição de seu habitat. Os gringos endinheirados comprometem-se a investir na economia local para criar alternativas de subsistência para a comunidade. A aliança é cheia de complicações. O budismo prega a integração com a natureza. Dela faz parte o código de conduta que impede o homem de maltratar a fauna. E aí reside o problema, segundo o The Wall Street Journal (só para assinantes). Para fazer seu trabalho, os cientistas contratados pelos pescadores precisam “selar” os peixes. E os pescadores querem pescá-los. É difícil, mesmo para gente como Gantulga, explicar estas contradições ao seu rebanho. O processo todo também é criticado pelos ambientalistas. Eles acusam os financiadores de não ter interesse na preservação, mas na privatização dos rios da Mongólia para seu deleite pessoal.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004

Bancos verdes

O Valor (só para assinantes) diz que vai de vento em popa a adesão de bancos brasileiros à principios de proteção do meio ambiente na concessão de créditos. O próximo a implementá-las deve ser o Banco do Brasil, revela a direção do International Finance Corporation, braço do Banco Mundial.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004

Energia ambulante

O Greenpeace decidiu transformar energia renovável em um assunto popular. No dia 5 de outubro, iniciou a Expedição Energia Positiva para o Brasil, que vai passar por 21 estados em 80 dias. A viagem será feita por uma carreta movida a óleo vegetal, sobre a qual foi instalado um quartel-general da energia limpa. Lá dentro serão feitas palestras e demonstrações sobre as diferentes formas de energia. Todas as lâmpadas e equipamentos eletrônicos da expedição usam energia solar. O objetivo do projeto é propagar os benefícios de se substituir combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás e nuclear) por energias renováveis. Quando a carreta passar por Brasília, o pessoal do Greenpeace vai bater na porta do governo federal e entregar um dossiê sobre a capacidade brasileira de desenvolver energias renováveis. O documento foi escrito por especialistas e ressalta o número de empregos e o lucro que esse tipo de investimento pode gerar para o país.

Por Redação ((o))eco
7 de outubro de 2004

Ecologia na moda

A rede Yatchsman, loja de roupas masculinas, criou uma camiseta em apoio à Fundação SOS Mata Atlântica. Parte das vendas do produto será destinada a projetos de preservação e reflorestamento. Comprando a camiseta, o cliente é cadastrado como sócio-colaborador da organização e recebe cartão de descontos para outras lojas e empresas que tenham o selo ecologicamente correto. A iniciativa da loja faz parte da campanha "Verão Consciente", que além da parceria com o SOS Mata Atlântica vai distribuir folhetos incentivando o engajamento da população na luta pela preservação do meio ambiente

Por Redação ((o))eco
7 de outubro de 2004

Estréia na rede

Está no ar o site da Associação de Amigos do Jardim Botânico. Neste endereço, é possível acompanhar o que a Associação vem fazendo (eventos, cursos, atividades, projetos), ver os produtos de sua loja (desde livros a bolsas de couro vegetal da Amazônia) e descobrir as facilidades e os serviços que ela oferece aos visitantes do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, associados ou não. Pouca gente sabe, por exemplo, que pessoas com dificuldade de locomoção podem usar uma cadeira de rodas emprestada pela Associação, ou que todo visitante pode pedir binóculo ou lupa para incrementar a observação das plantas no arboreto. Na página da Internet há também o simpático espaço “Floração do Mês”, com informações e fotos das espécies que estão colorindo o Jardim Botânico em cada período do ano. Neste momento da primavera, estão em flor o ipê-roxo, a trepadeira-jade e o tamanco-holandês, por exemplo.

Por Redação ((o))eco
7 de outubro de 2004

Cresce a Amazônia preservada

Em breve, o governo do Amazonas deve anunciar a criação de novas áreas protegidas somando 3 milhões de hectares. Com isso, chegará à marca de 7,6 milhões de hectares em unidades de conservação estaduais criadas desde o ano passado. Entre 2003 e 2004, a área preservada no Amazonas terá crescido mais do que durante as últimas décadas. O Acre e o Pará também vêm investindo na criação de novas áreas de proteção estaduais. Em matéria de conservação ambiental, os estados estão mais ágeis que o governo federal.

Por Lorenzo Aldé
7 de outubro de 2004

Biossegurança passa no Senado

O senado aprovou, por 53 votos a 2 e uma abstenção, a nova versão do projeto da lei de Biossegurança (PLC nº 09/2004) redigida pelo senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Essa versão é diferente da aprovada pela Câmara dos Deputados, que tinha recebido o aval do Ministério do Meio Ambiente. O texto libera a plantação de transgênicos e permite pesquisas com células-tronco, dois temas bastante polêmicos. Como o projeto sofreu alterações, ele vai ter que voltar para a Câmara.

Por Redação ((o))eco
6 de outubro de 2004

Alerta vermelho

Se você compra atum – seja no mercado, seja no restaurante japonês – por conta de sua cor avermelhada, reportagem do The New York Times (gratuito, pede cadastro) recomenda mais cuidado. A carne do peixe pode ter sido tratada com monóxido de carbono para manter o brilho de seu rubor. Os órgãos reguladores americanos dizem que essa prática não faz mal à saúde. Autoridades da Europa e do Canadá até concordam, mas a proibiram em seus territórios. Temem que o monóxido seja usado para passar adiante, vermelhinha como se estivesse fresca, carne estragada do peixe.

Por Manoel Francisco Brito
6 de outubro de 2004