Grama do mal

Grama geneticamente modificada que está sendo testada nos Estados Unidos mostra que nem tudo é maravilhoso no mundo dos transgênicos, conforme professam as empresas de biotecnologia. Ela é produzida pela Monsanto e a Scotss e foi desenhada para ser usada em campos de golfe, informa o The New York Times (gratuito, pede cadastro). Pelo menos em teoria, oferece manutenção mais barata porque é resistente aos herbicidas que são usados para matar ervas daninhas e pragas que crescem num gramado. O problema é que os estudos preliminares de seu uso indicam que a grama transgênica tem capacidade de se multiplicar até mesmo para áreas onde não é desejada. Além disso, há o risco de transferir sua resistência aos herbicidas para as ervas daninhas. A coalizão de opositores inclui até autoridades do governo de George Bush, que em geral costuma ser simpático à causa de sementes e plantas genéticamente modificadas.

Por Manoel Francisco Brito
21 de setembro de 2004

Vai piorar

O The Washington Post (gratuito, pede cadastro), que por conta do fuso horário fechou sua ediçãao de hoje mais tarde do que os jornais brasileiros, informa que a tempestade tropical que passou pelo Haiti já matou 622 pessoas. Isso porque ainda há inundações nas cidades mais atingidas, explica o pessoal da Cruz Vermelha local. Quando as águas baixarem, eles esperam encontrar muito mais corpos.

Por Manoel Francisco Brito
21 de setembro de 2004

Contrabando de Marfim

Calcula-se que 4.000 elefantes sejam abatidos ilegalmente todo ano para suprir o mercado de marfim. Estudos recentes surpreenderam ao apontar a África como o principal destino do tráfico. Antes, o marfim era quase todo exportado para a Ásia, onde era transformado em objetos e bijuterias. Agora, países com Nigéria e Sudão estão investindo não apenas na venda de marfim, mas também nos produtos derivados. O comércio internacional de marfim foi banido há quinze anos, mas o contrabando é intenso. A revista New Scientist (gratuita) traz matéria sobre o assunto.

Por Carolina Elia
20 de setembro de 2004

Problemão Chinês

O rápido crescimento da China está levando a práticas agrícolas que deterioram o solo. Uma área equivalente ao tamanho da Inglaterra trocou o tradicional plantio do arroz pela produção de frutas e legumes. Em parte, isso ocorreu porque o governo chinês controla o preço do arroz e outros grãos, estimulando os agricultores locais a migrarem para culturas mais lucrativas. Mas os chineses, aparentemente, estão usando fertilizante demais e isso está acidificando o solo, causando a acumulação de nitratos e epidemias de fungos. É possível ler mais na revista New Scientist (gratuita).

Por Carolina Elia
20 de setembro de 2004

Pau nas farmacêuticas

Essa é surpreendente. Sete das maiores companhias farmacêuticas do mundo vão hoje a um encontro para levar tremenda bronca. Seus diretores ouvirão que precisam fazer um esforço cavalar para baixar o preço de suas drogas e, principalmente, atender as necessidades de saúde dos países pobres e em desenvolvimento. O pito não será passado por nenhuma autoridade de governo, mas por um grupo de investidores institucionais que são acionistas pesados de farmacêuticas. Diz o Guardian (gratuito) que o grupo estudou durante um ano as práticas comercias e de pesquisa das empresas. Concluiu que em relação a sua principal missão, ajudar a curar doenças, elas vêm fazendo não mais do que o suficiente para ter argumentos contra pressão de governos sobre suas práticas no Tereceiro Mundo. O medo dos acionistas é que se os diretores das empresas continuarem a empurrar o problema com a barriga, elas sofrerão sanções regulatórias em seus países de origem que vai mandar o negócio para o vinagre.

Por Manoel Francisco Brito
20 de setembro de 2004

Café novo

A transgenia visceja nos pés de café que estão sendo criados no Instituto Agronômico de Campinas, diz o Valor (gratuito, pede cadastro). Os cientistas estão produzindo plantas híbridas e de menor porte, mas capazes de produzir muito mais que suas “irmãs” de estatura maior, mais natural.

Por Manoel Francisco Brito
20 de setembro de 2004

Exportação de lixo

A indústria de reciclagem de lixo na Inglaterra não está reciclando coisíssima nenhuma, informa o Guardian (gratuito). Boa parte do lixo separado que ela recolhe está sendo exportado para a China. Em 2003, os ingleses enviaram para os chineses 200 mil toneladas de plásticos usados e 500 mil toneladas de papelão. Aparentemente desesperada por matéria-prima para manter sua economia aquecida, a China está usando a sua mão-de-obra barata para separar o material que recebe. O problema, diz estudo do governo inglês, é que isto está sendo feito sem qualquer controle de qualidade. Garrafas de plástico estão sendo reusadas sem terem sido devidamente descontaminadas. Muitas estão voltando ao ocidente sob a forma de produtos de exportação.

Por Manoel Francisco Brito
20 de setembro de 2004

Filtro Natural

Rios com margens desmatadas têm menos volume e água mais poluída. Já se conhecia o papel das florestas em barrar poluentes antes de atingirem as correntes. Mas novas pesquisas mostram que as florestas que guarnecem os rios também limpam as suas águas, ajudando a processar matéria orgânica e nitrogênio. Destruí-las torna ainda mais dramático o crescente problema de garantir água potável, cada vez mais escassa, para a humanidade. Science Daily.

Por Manoel Francisco Brito
20 de setembro de 2004

Robô carnívoro

Cientistas de uma universidade inglesa criaram um robô capaz de digerir moscas e, assim, gerar a própria energia. De acordo com a história da NewScientist (gratuito), o propósito é produzir um robô autônomo para missões em lugares inóspitos. Para atrair as moscas, ele será “perfumado” com dejetos humanos. Seus criadores recomendam evitar ficar a contra-vento da engenhoca.

Por Manoel Francisco Brito
20 de setembro de 2004

Poluição? Tô fora

Não haverá parceria público-privada para quem não tiver um bom projeto ambiental. Os consultores da KPMG, Rubens Teixeira Alves, e da Odebrecht, Vinício Fonseca, contaram para os empresários na Firjan, na sexta-feira, que hoje os três maiores bancos brasileiros já aderiram ao Princípio do Equador, que proíbe financiamento para quem agride o meio ambiente. Disseram também que em outros países, as PPPs são aprovadas apenas para quem tem projeto ambientalmente correto.

Por Redação ((o))eco
20 de setembro de 2004