Cresce a Amazônia preservada

Em breve, o governo do Amazonas deve anunciar a criação de novas áreas protegidas somando 3 milhões de hectares. Com isso, chegará à marca de 7,6 milhões de hectares em unidades de conservação estaduais criadas desde o ano passado. Entre 2003 e 2004, a área preservada no Amazonas terá crescido mais do que durante as últimas décadas. O Acre e o Pará também vêm investindo na criação de novas áreas de proteção estaduais. Em matéria de conservação ambiental, os estados estão mais ágeis que o governo federal.

Por Lorenzo Aldé
7 de outubro de 2004

Biossegurança passa no Senado

O senado aprovou, por 53 votos a 2 e uma abstenção, a nova versão do projeto da lei de Biossegurança (PLC nº 09/2004) redigida pelo senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Essa versão é diferente da aprovada pela Câmara dos Deputados, que tinha recebido o aval do Ministério do Meio Ambiente. O texto libera a plantação de transgênicos e permite pesquisas com células-tronco, dois temas bastante polêmicos. Como o projeto sofreu alterações, ele vai ter que voltar para a Câmara.

Por Redação ((o))eco
6 de outubro de 2004

Alerta vermelho

Se você compra atum – seja no mercado, seja no restaurante japonês – por conta de sua cor avermelhada, reportagem do The New York Times (gratuito, pede cadastro) recomenda mais cuidado. A carne do peixe pode ter sido tratada com monóxido de carbono para manter o brilho de seu rubor. Os órgãos reguladores americanos dizem que essa prática não faz mal à saúde. Autoridades da Europa e do Canadá até concordam, mas a proibiram em seus territórios. Temem que o monóxido seja usado para passar adiante, vermelhinha como se estivesse fresca, carne estragada do peixe.

Por Manoel Francisco Brito
6 de outubro de 2004

Alerta mais vermelho

Os Estados Unidos estão descobrindo o óbvio. Oligopólios podem fazer muito mal à saúde pública. Apenas duas empresa produzem o estoque anual de vacinas anti-gripe consumidas pelos americanos – o que dá quase 100 milhões de doses. Uma delas, de origem inglesa, anunciou ontem que não será capaz de distribuir as 48 milhões de doses que fabricou este ano porque suspeita que estão contaminadas. A notícia está no The Washington Post (gratuito).

Por Manoel Francisco Brito
6 de outubro de 2004

Contaminação

The Washington Post (gratuito, pede cadastro) conta que investigação feita por órgãos reguladores municipais e estaduais nos Estados Unidos mostra que várias cidades fraudaram testes de qualidade de seus serviços de água e esgoto. A razão fundamental foi a de evitar que fossem multadas e obrigadas a fazer investimentos para sanar os problemas. Para perpetrar a fraude, contaram com a ajuda da Agência de Proteção ao Meio Ambiente, departamento do governo federal. O problema da contaminação é maior nas grandes cidades, como Nova Iorque, Chicago e Filadélfia.

Por Carolina Elia
5 de outubro de 2004

Oceanos Barulhentos

O aumento da poluição sonora nos mares está causando sérios problemas a baleias e golfinhos. Os cetáceos estão ficando surdos e perdendo sua capacidade de orientação. O barulho aumenta a dificuldade de mães e filhotes manterem-se agrupados e dificulta a localização de comida. Uma das fontes principais é a exploração de petróleo e gás em águas profundas. O trânsito de navios também contribui diz a reportagem da BBC News (gratuito). O resultado dessas atividades gera ondas de baixa freqüência que atravessam centenas de quilômetros.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Madeira Verde

Como construir com baixo impacto ambiental? Segundo o Science Daily (gratuito), estudo feito por um consórcio de 15 universidades, levando em consideração toda a cadeia produtiva, concluiu que, literalmente, o barato é usar madeira. Em comparação com a madeira, usar estruturas de aço gastava mais 17% de energia, aumentava o impacto no efeito estufa em 26% e agravava em 14% a poluição do ar e 300% a da água. Na comparação com estruturas de concreto, a madeira foi igualmente muito superior. Conclusão, o mais tradicional dos materiais de construção é também o mais ecologicamente correto.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Maquiavéis doces

O Guardian (gratuito) teve acesso a um documento da Organização Mundial de Pesquisa sobre o Açúcar, que tem sede em Londres e é financiada por produtores de açúcar do mundo todo. Trata-se de um plano maquiavélico, pelo qual eles pretendem fazer uma imensa contribuição em dinheiro para a Organização Mundial de Saúde para ganhar desta o selo de organização não-governamental. Nessa condição, conseguiriam ter acesso aos fóruns de discussão internos da OMS, coisa fundamental para tentar influenciar eventuais decisões do organismo. No fundo, a turma do açúcar só quer participar de um debate. Mais precisamente, sobre a campanha mundial que a OMS pretende lançar em breve contra a obesidade. O açúcar será obviamente um alvo prioritário. Seus produtores gostariam de estar presentes para ver se conseguem ao menos tirá-lo da reta. Informada pelo jornal, a OMS se disse chocada com o plano.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Vai explodir

Cientistas americanos que andam medindo os recentes tremores de terra perto do vulcão do monte ST. Helens, no estado de Washington, prevêem que ele está muito próximo a ter uma erupção de proporções catastróficas. Sua última grande erupção, relembra o The Washington Post (gratuito, pede cadastro), aconteceu em 1980 e foi tão forte que reduziu a cascalhos o topo da montanha.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Turismo de sádicos

Cansado de visitar Nova Iorque nas férias? Chateado por ser obrigado a repetir a viagem à Disneyworld com as crianças? Atrás de novas emoções durante seu período mais longo de descanso? Seus problemas acabaram. A Noruega acaba de autorizar operadoras de turismo do país para venderem pacotes a turistas para viajarem até o norte do país para matarem bebês de foca. Pode ser a tiros ou a pauladas. O visitante escolhe. Não é cascata. Algumas operadoras oferecem abertamente a viagem em seus websites. Segundo o Guardian (gratuito), a autorização do governo faz parte de um plano mais amplo para reduzir o estoque de focas no país, acusadas pelos pescadores locais, coitadas, de serem responsáveis pela redução da presença de cardumes de peixes nas águas onde pescam. Claro, a idéia gerou revolta mundial. Tem organização ambientalista propondo pacote turístico cujo ponto alto é matar um norueguês. A tiros ou a pauladas. O turista escolhe.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004