Reciclagem na lanterna

Enquanto a reciclagem ganha terreno pelo mundo desenvolvido, uma das maiores cidades dos Estados Unidos não quer saber de sair da lanterninha. Em Houston, do total de lixo gerado pelos moradores, somente 2,6% voltam para o ciclo de produção. Pouquíssimo, comparado com os quase 70% reciclados por São Francisco, Los Angeles e outras. O baixo custo nos depósitos, a pequena mobilização da população e os altos valores que teriam de ser gastos com o combustível dos caminhões de coleta cotribuem um bocado para que a prefeitura continue com as pernas para o ar. Nesse cenário, os que não abrem mão de reciclar seus resíduos pegam o carro e, por conta própria, vão atrás de cooperativas para entregar o material. A notícia é do New York Times.

Por Redação ((o))eco
29 de julho de 2008

Prata da casa

Rômulo Mello é o novo e tão esperado presidente do Instituto Chico Mendes - ICMBio, criado por Marina Silva e João Paulo Capobianco para tirar da barafunda as unidades de conservação federais. Mello já foi presidente do Ibama e atualmente era diretor de Biodiversidade do ICMBio. Entre cinco possíveis nomes, Carlos Minc apostou na prata da casa. Como comentou em artigo o secretário-executivo do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, Fabio Feldmann, “boa sorte ao novo presidente”. Vai precisar, e muita, para deixar em dia as áreas protegidas do país.

Por Redação ((o))eco
29 de julho de 2008

Tornado mato-grossense

Nesta época do ano, as lavouras mato-grossenses que tanto dão orgulho aos produtores rurais revelam o solo nu do estado. Com o término da colheita do milho, a palha que resta no chão é facilmente movimentada pela ação dos fortes ventos que atingem as regiões de planalto. A foto ao lado foi tirada por celular neste domingo no Chapadão do Parecis, no oeste de Mato Grosso. Foi uma entre as centenas de correntes de ar quente que se formam e desaparecem com rapidez, levantando tudo que encontra pela frente e lembrando que sem a vegetação nativa, essa região fica cada vez mais inóspita.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Vazio sanitário

O plantio da soja está proibido em Mato Grosso. Mas isso em nada tem a ver com pressões de desmatamento. O governo resolveu decretar pela primeira vez o “vazio sanitário para a cultura da soja” para tentar controlar uma doença conhecida como ferrugem asiática, que ataca as plantações do grão. A suspensão vale até setembro, mas não deverá impactar os produtores rurais, que tradicionalmente só plantam mesmo depois da primeira chuva.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Prioridade

O governo de Blairo Maggi designou 29 de seus servidores para compor um grupo de trabalho que executará um plano de ações para prevenção a queimadas e combate a incêndios florestais. A ordem é que todas as secretarias de estado deverão atender integralmente as solicitações do grupo para prevenção e combate as queimadas.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Mudo

Mais uma vez o Ibama em Mato Grosso teve os telefones cortados. A má gestão dos parcos recursos públicos destinados à área ambiental atinge a superintendência do órgão no estado e unidades do interior. E se repete todo santo ano.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

ZEE indígena

Acontece entre os dias 29 e 31 de julho em Cuiabá um seminário que pretende discutir com lideranças indígenas de Mato Grosso a proposta de zoneamento sócio-econômico-ecológico do estado. A situação do entorno das terras indígena no novo ordenamento será um dos principais temas, especialmente desmatamento e recursos hídricos nas bacias do Juruena, Teles Pires, Xingu e Araguaia.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Desinformação

O Domingão do Faustão exibiu no domingo um vídeo que explorava o sensacionalismo na cena de uma onça prestes a atacar um bando de capivaras. O apresentador anunciou o envio do vídeo amador por um grupo de turistas que pescavam na “reserva Taiamã”, no pantanal mato-grossense. A propaganda em rede nacional desta atividade pode trazer ainda mais prejuízos à proteção desta área. O local em questão é a Estação Ecológica Taiamã, uma unidade de conservação de proteção integral em que qualquer atividade turística e econômica é proibida.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Pra comemorar?

Nesta terça, o Ministério do Meio Ambiente divulgará a primeira boa notícia desde que o ministro Carlos Minc assumiu a pasta há dois meses. A taxa de desmatamento na Amazônia medida pelo INPE, através de seu sistema Deter (Detecção em Tempo Real), registrou queda de 20% em junho. As razões para isso serão explicadas em coletiva de imprensa com ministro na tarde desta terça. O que parece estar claro até agora é que, mesmo com esta queda, a taxa anual do desmatamento, que fecha neste mês de julho, ainda permanecerá acima do que registrado no ano passado.

Por Gustavo Faleiros
28 de julho de 2008

Pará em chamas

Outra coisa que vai ficar bem evidente nesta terça é que não é só o Mato Grosso que está botando abaixo suas florestas. O Pará, da governadora petista Ana Júlia Carepa, está literalmente pegando fogo. Foi neste estado, é bom não esquecer, que os madeireiros assinaram um acordo com Carlos Minc prometendo apenas madeira certificado. Foi ali também, que o ministro comandou as maiores operações de apreensão de bois piratas.

Por Gustavo Faleiros
28 de julho de 2008

Vagas abertas

No Bloco B da Esplanada dos Ministérios, onde está o Ministério do Meio Ambiente, não é só a notícia de queda de desmatamento que anda circulando. Caem também os burocratas que tentavam conter a devastação na Amazônia. O primeiro a puxar o carro, como noticiou O Eco, foi o diretor de Combate ao Desmatamento, André Lima, que soltou uma carta à la Marina Silva alegando falta de apoio ao seu trabalho. Agora, quem está deixando o governo é Ronaldo Weigand, homem que por anos comandou o programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) e atualmente era do diretor de Articulação de Ações na Amazônia.

Por Gustavo Faleiros
28 de julho de 2008

Novo parque em SP

A Prefeitura de São Paulo pretende construir mais um parque na capital paulista. A área cobiçada fica na região central da cidade, em plena rua Augusta, tem 23,7 mil m², e hoje é usada como estacionamento. A criação do parque já foi aprovada pela Câmara Municipal e é uma antiga reivindicação dos moradores da região de Cerqueira César, que lutam pela revitalização do miolo já tão degradado do bairro. No entanto, a briga ainda promete ir longe. Por ser muito bem avaliada pelo mercado imobiliário, a desapropriação pode chegar a 30 milhões de reais, o que daria pouco mais 43 mil reais para cada uma das 695 árvores remanescentes de Mata Atlântica que existem no local. Para os moradores de uma cidade onde cada área verde faz diferença, o valor não é assim tão cabeludo.

Por Gustavo Faleiros
28 de julho de 2008