Expansão portuária…

O projeto de aprofundamento do Canal do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, está gerando conflito em municípios da Baixada Santista. Com o objetivo de propiciar a navegação de navios de maior calado e aumentar a capacidade de movimentação no porto, a obra faz parte dos projetos de infra-estrutura prioritários da cidade. Sua realização é financiada, em partes, pelas verbas do PAC e, se concretizado, o projeto permitirá a ampliação da profundidade, que varia de 12 a 14, para 15 metros, e a largura do canal de navegação de 150 para 220 metros.

Por Gustavo Faleiros
28 de julho de 2008

…a alto custo ambiental

Tudo muito bonito economicamente falando, mas um desastre ambiental para a cidade, segundo moradores e entidades ambientalistas. Na Praia do Góes, por exemplo, os efeitos das dragagens de manutenção do canal começaram a ser sentidos ainda no início da década de 1970 e vêm se agravando com o passar dos anos. Entre eles estão o desaparecimento de espécies de ostras, mariscos e guaiás (caranguejo de costão rochoso), a redução de 50% da faixa de areia da praia e aumento da força das ondas em épocas de ressaca. Os moradores também reclamam que os grandes navios cargueiros estão cada vez mais próximos à praia, o que tem causado danos às embarcações locais quando entram em alta velocidade no canal.

Por Gustavo Faleiros
28 de julho de 2008

Bota fora

Outro problema apontado são os impactos associados à área de despejo do material dragado, conhecido localmente como bota-fora. Segundo entidades ambientalistas, o local escolhido não oferece condições para implementação de medidas que reduzam os impactos ambientais causados, como contaminação e assoreamento de áreas marítimas. Como os processos de tratamento dos resíduos ainda são “economicamente inviáveis”, a proposta das entidades é minimizar os impactos com a escolha de áreas mais adequadas. As sugestões de alteração do projeto de aprofundamento foram apresentadas em audiências públicas realizadas no último mês e ainda passam por avaliação.

Por Gustavo Faleiros
28 de julho de 2008

Aprisionada

De tanto sofrer com o despejo de lixo, invasões de sem teto e com o assédio da especulação imobiliária, a área da nascente do Córrego Olhos d´Água, na Asa Norte de Brasília, acabou cercada (foto) pelo governo do Distrito Federal. Mesmo assim, nesse fim de semana uma família carente foi retirada do local pela Polícia Militar. O pequeno riachinho passa por debaixo do asfalto dentro de grandes tubos, cruza o Parque Olhos d´Água e sob outro trecho pavimentado até desaguar no Lago Paranoá. Clique aqui e confira a pequena área protegida no GoogleMaps.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Fica no Rio

Após agitar a pequenina Cidade de Goiás (GO), o 10º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA) chega esta semana no Rio de Janeiro. Como já é tradição, a Mostra Fica no Rio vai exibir os filmes vencedores do concurso, além de levar especialistas na área ambiental para bater um papo com o público. As palestras deste ano ficam a cargo de Roberto Schaeffer, da Coppe/UFRJ, sobre os desafios do petróleo, e do jornalista André Trigueiro, que vai abordar o tema Consumo Sustentável. Clique aqui para ver a programação completa, que vai de quarta a sexta-feira.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Câmbio carioca

O ministro Carlos Minc convidou Rogério Rocco, superintendente do Ibama no Rio de Janeiro, para assumir a direção do Parque Nacional da Tijuca. Seu cargo seria permutado com o atual chefe da unidade de conservação, Ricardo Calmon. Rocco não aceitou. Mas nenhum convite vem sem motivo. Há diferenças políticas entre ele e Minc, que o vê como certo entrave a algumas iniciativas naquele estado. Na última quinta (24), frente aos protestos do Greenpeace contra a retomada do programa nuclear brasileiro, Rocco comentou que "O espaço é democrático. A sociedade tem que participar e interferir nos processos decisórios. O governo deve aceitar e refletir. Temos que ter a maturidade para receber a critica. Vou encaminhar o projeto para o presidente do Ibama", segundo o JB Online.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Chegando a hora

Nesta quinta (31) acaba o prazo para que todas os parques nacionais e outras áreas protegidas federais tenham seu próprio gestor. A promessa é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Cumprida a jura, resta saber se as chefias ficarão abrigadas em escritórios ou dentro das unidades de conservação. A maioria não têm infra-estrutura para tanto.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Semana curta

Com o preço dos combustíveis nas alturas, algumas cidades do interior dos Estados Unidos já retomam uma medida da década de 70, quando crise e petróleo eram palavras que andavam juntas. Cerca de 100 escolas tiraram do calendário um dia da semana e passaram a ter aulas por apenas quatro dias. A princípio, a idéia era simplesmente amenizar as contas com transporte no fim do mês, mas ao constatarem que os custos com energia também despencaram, um bocado de cidadelas já se candidatam a entrar na dança. A notícia é da Reuters.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Novas regras no mar

O governo da Califórnia acaba de aprovar normas mais rigorosas para conter a poluição gerada pelos navios que circulam por sua costa. Pelas novas regras, que entram em vigor em 2009, os navios seriam obrigados a usar óleo diesel com um limite de enxofre de 0,5% somente na sua primeira fase, o que reduzirá em 83% a emissões de fuligem e em 95% das de óxidos de enxofre, por exemplo. Quem não adaptar seus tanques para o novo combustível ou infringir as regras, pagará severas multas para continuar circulando. A luta pela redução de poluentes emitidos pelos navios já dura algumas décadas e encontra resistência de conglomerados de transporte marítimo e até do governo Bush, que reluta em assumir metas nacionais. A nova regulamentação terá efeito global, segundo notícia do Los Angeles Times, já que 43% de das mercadorias importadas pelos EUA passam pelos portos de Los Angeles e Long Beach.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Motosserras grátis

Em pleno domingo, o superintendente do Ibama em Rondônia, Oswaldo Luiz Pittaluga, foi afastado do cargo por determinação do ministro Carlos Minc. É que uma auditoria interna do órgão revelou que o servidor doara de forma irregular 36 motosserras, tratores e duas serrarias para camponeses da região ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST). Conforme noticiou o jornal O Globo, os beneficiados são membros do Movimento Camponês Corumbiara (MCC), braço do MST instalado num assentamento florestal. Pittaluga afirma que foi vítima de um processo de doação mau conduzido, e garante que os novos donos das motosserras não vão fazer bobagens, pois têm cursos de manejo florestal.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Ladrões de bicicleta

Conhecido por suas pedaladas, o líder conservador britânico, David Cameron, teve sua bicicleta furtada na última semana, enquanto fazia compras em Londres. A imprensa noticiou a perda da “velha companheira”, e o jornal The Independent aproveitou para repercutir, dando dicas aos ciclistas de como não dar bobeira com a magrela. Dentre as observações (algumas óbvias demais para os brasileiros) estão acorrentar a dita cuja e evitar prendê-las sempre no mesmo local. Algumas dicas, porém, não são muito a cara da nossa gente: tirar fotos do pedal, rodas e outros componentes da bicicleta e correr atrás da polícia para que a perda seja recuperada tão logo.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008

Alívio do céu

Mesmo depois de centenas de fábricas encerrarem suas atividades e mais de um milhão de veículos pararem de rodar, Pequim não chegou às 100 mg/m³ de partículas em suspensão no ar, como determina as normas nacionais. Pelo contrário, nesta segunda-feira, a quantidade de partículas chegou a 113 mg/m³, mais do dobro da meta fixada pela Organização Mundial de Saúde, que é de 50 mg/m³, o que fez com que uma nuvem espessa de poluição pairasse sobre a cidade sede das Olimpíadas. Preocupados com o fracasso das medidas adotadas até então, os organizadores dos jogos estão planejando um novo conjunto de ações de emergência para tentar afastar a poluição. Se nem isso der certo, a esperança é que o alívio venha dos céus, com a chuva anunciada para os próximos dias, diz notícia do jornal inglês The Guardian.

Por Redação ((o))eco
28 de julho de 2008