Pela hora da morte

Tudo bem, ninguém gosta de falar sobre a morte. Mesmo assim, volta e meia o assunto está na boca do povo. E já que os tempos pedem sustentabilidade, por que não bater as botas deixando o mínimo de rastro possível? É o que sugere o site da Grist, numa listinha de lembretes para que a despedida seja verde como a esperança. Entre as dicas, a primeira é optar pelo forno crematório em vez de enterrar o corpo. Apesar da quentura e das emissões, especialistas garantem que as novas tecnologias dão conta disso. Já a madeira e a matéria orgânica sob o solo... Deixar de herança uma graninha para entidades ambientalistas confiáveis também é uma boa. Mas uma das principais medidas é que a cerimônia seja feita num local central, onde parentes e amigos não tenham que percorrer muitos quilômetros para chegar. E para aqueles conhecidos distantes que teriam de pegar um avião, nada que uma transmissão ao vivo não resolva.

Por Redação ((o))eco
23 de julho de 2008

Festa

A Secretaria Especial da Pesca e da Aquicultura (SEAP), braço da presidência da República que anda fazendo lobby para encorajar a exploração de recursos marinhos sem a devida supervisão ambiental, está conclamando seus aliados, via internet, a comparecerem em peso a um evento no dia 29 de julho, em Salvador, em favor da sua transformação em ministério. O burocrata que assina o e-mail de convocação promete que Lula vai estar presente. O Ibama não aparece entre os convidados.

Por Gustavo Faleiros
23 de julho de 2008

Tucanada

Lula, Carlos Minc e Paulo Octávio, governador do Distrito Federal em exercício, plantaram nesta terça um ipê-roxo na Floresta Nacional de Brasília. Mas a cerimônia não teve só flores. O governador comentou que durante sua visita ao recém inaugurada Centro de Triagem de Animais Silvestres – Cetas daquela área protegida, viu “até tucanos sendo bem tratados”. Seu partido é o DEM, mas coligado com PSDB e PMDB no governo local. Lula não deixou por menos. Disse que vê muitos tucanos aos fins de semana, na Granja do Torto. “São muito bonitos. E que bico grande, hein!?”

Por Redação ((o))eco
22 de julho de 2008

Clima seco

Hoje completa um mês que não chove na Grande São Paulo. As conseqüências do período de estiagem já estão sendo sentidas pelos paulistanos, seja pelo aumento nos índices de poluição ou pelos inúmeros casos de doenças respiratórias. Na semana passada, por exemplo, o Hospital Municipal da Criança, de Guarulhos, informou que em junho já havia sido registrado aumento de 63% no número de atendimentos em salas de inalação, em relação aos meses anteriores. A umidade do ar registrada nesta semana ficou entre 25 e 30%. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMC), umidade entre 20% e 30% indica estado de atenção.

Por Redação ((o))eco
22 de julho de 2008

Silvestres

Com o Cetas inaugurado hoje, em Brasília, o País passa contar com 67 pontos para receber e tratar animais silvestres vítimas de tráfico e outros maus tratos. Desse total, 27 centros são do Ibama e o restante funciona em parceria com zoológicos, prefeituras, estados, universidades e ONGs. O governo quer ampliar para 117 os Cetas no Brasil. Desde 2005, cerca de 45 mil animais foram apreendidos por ano no País. São principalmente aves, seguidas por répteis e mamíferos. Quando se recuperam, voltam à natureza. Se não, terminam a vida em jaulas de zoos ou criadores autorizados.

Por Redação ((o))eco
22 de julho de 2008

Mudança climática?

De acordo com meteorologistas, a época da estiagem típica de inverno começou mais cedo este ano. A causa do fenômeno ainda não pode ser associada ao aquecimento da terra, mas o fato é que ela é mais um sinal da mudança do clima nos últimos anos.

Por Redação ((o))eco
22 de julho de 2008

Pior que o Saara

Na última quarta-feira, a umidade relativa do ar atingiu, às 16h, 13% no Aeroporto de Congonhas, de acordo com medição feita pela Aeronáutica. Nessa ocasião, o clima ficou mais seco do que o do deserto do Saara, que tem umidade média de 15%. Se a chuva não der o ar da graça até o final da semana, São Paulo poderá ter o inverno mais poluído dos últimos dez anos, segundo estimativa da Cetesb.

Por Redação ((o))eco
22 de julho de 2008

Banco de dados

O Instituto Maramar, ONG ambientalista sediada em Santos, no litoral paulista, está pedindo uma mãozinha de pesquisadores e organizações correlatas para criar um banco de dados da macroregião da Baixada Santista. As informações irão subsidiar o projeto de criação de uma Unidade de Conservação no Canal de Bertioga e Manguezais, dos municípios de Guarujá, Santos e Bertioga, que hoje sofrem com poluição e pressão da expansão portuária. Segundo Fabrício Gandini, presidente do Maramar, a proposta já recebeu posição favorável do Ministério do Meio Ambiente. Os dados – sobre fauna, flora, infra-estrutura, questão fundiária, entre outros – podem ser enviados para o e-mail [email protected].

Por Redação ((o))eco
22 de julho de 2008

Minc atômico

Depois de lançar seu pacote de aceleração do licenciamento ambiental, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (22) que a licença prévia para retomada da construção da Usina Nuclear de Angra 3 será concedida amanhã (23) pelo Ibama. Ele garantiu que a licença trará a solução definitiva para o lixo nuclear.

Por Gustavo Faleiros
22 de julho de 2008

Baixa performance

Relatório publicado hoje sobre auditoria feita no Banco Mundial diz que a instituição e suas duas afiliadas – o IFC e MIGA – ainda terão muito trabalho pela frente para garantir que seus financiamentos a governos e grupos privados não causarão impactos negativos no meio ambiente. As conclusões da auditoria, levada a cabo por técnicos do próprio banco, está disponível para download em cinco línguas diferentes. Tem inclusive versão em português.

Por Redação ((o))eco
22 de julho de 2008

O pior são os governos

A auditoria analisou 400 bilhões de dólares de empréstimos realizados entre 1990 e 2007 e concluiu que apesar de melhoras, a importância dada às questões ambientais no processo decisório da instituição ainda é baixa e enfrenta uma série de obstáculos. O principal deles é externo: o desinteresse de empresários em relação ao meio ambiente e a incapacidade institucional de governo em fazer cumprir as cláusulas ambientas de empréstimos obtidos junto ao banco.

Por Redação ((o))eco
22 de julho de 2008

Leitura

Lula e Dilma Roussef, o casal PAC, não têm, portanto, desculpa para deixar de ao menos passar os olhos no texto da auditoria. Lá, poderão ver que o desenvolvimentismo desenfreado é rota certa para o desastre ambiental.

Por Redação ((o))eco
22 de julho de 2008